sábado, 29 de novembro de 2008

fita cassete imaginária 4

(com licença do zé e a permissão da teca) para Tãnia
vagas idéias

aleatórias - tentar encaixar Steely Dan, Donald Fagen.....
lado a

!. Marc Ronson e Candie Payne - Sunny
2. Judy Garland - Get Happy
3. Elizeth Cardoso - Todo Sentimento
4. Carlos Malta - Intuitiva
5. Yo-yo-Ma e Bobby Mcferrin - Hush little baby
6. Jacqueline du Pré, Barenboim, Zukerman, Perlman - Schubert, The Trout

lado b

1. Aretha Franklin - I say a little prayer
2. Bidu Sayão - Casinha Pequenina
3. Doris Day - Everywhere you go
4. Chicas - O que eu não sou
5. Guilherme Arantes - Cuide-se bem
6. leitura do poema "Estrelas" de Murilo Mendes


Estrelas - Murilo Mendes

Há estrelas brancas, azuis, verdes,
vermelhas
Há estrelas-peixes, estrelas-piano,
estrelas-meninas.
Estrelas-voadoras, estrelas-flores,
Estrelas-sábias
há estrelas, que vêem, que ouvem,
Outras surdas, outras cegas,
há muitos mais estrelas que máquinas,
burgueses e operários;
Quase que só há estrelas.

O dia que não deu para salvar meu amigo

Ela não tinha nome na fala dele. Era "tem uma menina lá !!", "uma garota lá !", expressões que quase sempre terminavam com, "cê precisa ver !". O que demorou um pouco. Mas, quando vi, percebi que não dava para salvar meu amigo. O dia que o exército dela, tomou de vez as tropas combalidas dele, ele ainda se debatia em areia movediça, negando o inegável, era um domingo, meio outono,meio inverno. e "aquela menina lá", mostrou a força do sorriso de quebrar muralhas, e da simpatia, beleza e inteligência, marca de todas, e digo todas, porque são todas mesmo, as mulheres que sempre nos cercam. mexendo em velhos papéis achei uma carta dela com uma letra do legião urbana para mim, num envelope amarelo. tentei achar um texto dedicado a ela, que fala dela e de ellla fitzgerald, das coisas que escrevi na vida, aquele texto é um dos melhores. tânia é o nome que ele demorou para colocar na conversa. entrou pelos flancos como outros que tatuamos na alma ao longo dos anos. para certas pessoas não adianta fosso repletos de jacarés. invadem mesmo. e além do mais ela assistiu o mesmo filme que eu, que tem uma menina chamada "cedo", que mora com avó que fabrica uisque em suas terras. pois é, acho que o meu exercito também sucumbiu. caspite!!!

instruções para o envio

poema num envelope separado/recheado com flores confeccionadas em papel de seda/garrafa de vinho.


Marc Ronson e Candie Payne - Sunny


vale o lembrete. é só uma homenagem, uma lembrança, um carinho, uma brincadeira desse pseudo blogueiro, com gente muito fina que circulam e circularam por minha vida.
ah, parabéns !!!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Culinárias e mais música


Faço umas comidinhas, gosto de cozinhar. Nada muito sério, não me atrevo na nouvelle cuisine (rs). Gosto mais das receitas simples, sem muito atropelos na cozinha e na pia com louças para serem lavadas depois ou o desperdício de ingredientes, fato que me deprime.
Tenho um pé atrás com o mundo da gastronomia, embora assista à muitos programas, tenha comprado alguns livros e leia receitas avulsas. Mas tem algumas coisas que deixam para mim um ar de pedantismo. O mesmo que sinto em relação ao apreciadores de vinho. Parece um universo a parte, um mundo inalcansável, não gosto disso. Também não gosto de receitas, que de repente me pedem um ingrediente, que só aldeões de montanhas próximas ao Himalaia plantam. Aí toca correr atrás de um similar.
Não estou sózinho nessa pequena avaliação. O jornalista do The Guardian, Julian Barnes, descreve as mesmas situações no seu livro, "Um pedante na cozinha"(Ed. Rocco). Descreve também como um prato, fica diferente a cada instante. O gosto nunca é igual. Se formos fazer aquele prato que saboreamos num restaurante, ou até num boteco, o sabor difere. As medidas é outra luta na cozinha. Nem sempre temos ferramentas suficientes, nem sempre nossos talheres tem o formato necessário. Outra briga é a adaptação de nosso prato aos outros. Recentemente, submeti parte de minha família ao meu molho madeira, que diga-se, só ficou pronto depois de uma intervenção final de dona Benê, minha mãe. Mas devia ter perguntado se a turma gosta de vinho em molhos, coisa que nem todos gostam. O molho sobrou mais do que devia, embora tenha havido elogios (mais risos aqui). Sei.
Aí estava de bobeira uma madrugada dessas, quando sintonizei o Canal Brasil, por assinatura Net. e me deparo com o programa "Larica Total". Pondo abaixo todos os dogmas dos programas de culinária. Paulo Tiefenthaler, apresentador, alerta que é um programa para solteiros ou quem está de bobeira em casa e com fome. Ensina uma culinária simples, de arroz, frangos e sanduíches, com pouco ingredientes, encontrados na casa de qualquer mortal. Cheio de humor e descompromissado e com um mote que tem muito com esse blog aqui. "Viva amigo !", "Faça !". "Desencane !". dizem que a preparação de uma comida deve ser feita com prazer, sem contaminações, com a alma descansada. Se assim for, os exemplos citados dão boas dicas.

Só o macarrão salva (chamada)

Bom apetite. Ah, e não pensem que vocês estão livres de um convite para o meu molho madeira. Bom fim de semana e o São Paulo hein ? Laaaaaaaaaaarrrrrgoooooooooooo!!! Mas, merece.

e funk-se quem puder !
Average White Band - Work to do

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sobre um quase monólogo

O parceiro de blogosfera e da vida, Sidnei Brito, deu um segundo nome para o blog dele, linkado ali à direita, o quase tudo, monólogo. O fato de não se saber, se alguém lerá o que se escreve, dá mesmo uma sensação de monólogo, de fala num deserto, numa sala vazia, enfim, palavras ao vento. Pipocam vez em quando, um comentário ou outro, o que dá alento a conversa para essa atividade solitária, de se escrever um blog.
No post anterior, antes de uma retirada forçada, os assuntos encavalados, se digladiavam, sobre e-mails, consciência negra, racismo e educação. Achei que tinha morrido aqui, ali, lá. Pois um outro parceiro na vida, O José Amaral, que como o Sidnei é um dos gurus desse que vos escreve, e que como o Sidnei, atualmente desenvolve carreira acadêmica pegou o post, reviveu uma parceira de anos em texto e o melhorou com mais informações e passou para frente. Como é colunista de economia do Jornal on line, Mundo Lusíada avisou que iria tentar publicar o texto na edição do jornal. Sem não antes passar para uma lista de gente, que reverberou em opiniões e casos e mais informações. Como estou egocêntrico essa semana, resolvi contar ao mundo à partir daqui.
Continuo monologando, mas tem gente no deserto comigo e com meus gurus. Gracias !!!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

A vida não é cor de rosa

"A vida não é cor-de-rosa !", descobriu Carolina Dieckman, que resolveu dividir essa descoberta conosco.

(representantes da "gente de bem" desse país)


Acho a Internet uma invenção interessante. Mas com ressalvas e, sinto muito do preconceito camuflado do cidadão nos muitos e-mails, que chegam à minha caixa de mensagens.


Por mais que seja de uma "gente de bem", em certas ocasiões, o mal gosto e a falta de decoro impera. Mas me parece ser também uma reação da população em sua grande parte, infelizmente. Continuo achando, que o problema desse país é mais de educação do que de governo. Aí tome-se emails contra o Lula, O PT, aliás, os grandes "culpados", das desgraças mundiais, desde o Exôdo bíblico, até a construção da ponte Estaiada na zona sul paulistana. Um dos alvos da vez, é a ex-candidata a prefeita da cidade de São Paulo, Marta Suplicy, "puta", foi uma das alcunhas, que "essa gente preparada e bem resolvida", resolveu dar a moça.


Mas um e-mail que me causou ânsia, foi um atribuído à Yves Granda Martins. Também diga-se, tenho desconfianças da maioria dos textos da internet. Há sempre uma modalidade nova de assalto, golpe, enfim, há sempre uma conspiração corrente, da qual precisamos estar atento.


Este texto atribuído ao jurista Yves Gandra, vai nessa linha da "conspiração", da qual precisamos tomar cuidado. E aqui faço uma pausa para explicar o "precisamos". O "precisamos" fala apenas de uma classe, que no momento sem querer, está sendo lesada em seus direitos. Por serem "brancos". Uma gente desfalcada de opções que dá dó.O título do texto é exatamente esse "SE VOCÊ É BRANCO, CUIDE-SE !".


E versa sobre como indígenas, desocupados sem teto, sem terras e negros, tem tomado espaço dos brancos, na sociedade perfeita, que é a sociedade brasileira. Até acho que o texto é mesmo do jurista, pois ele é uns dos signatários do manifesto anti-cotas, que circula no Congresso Nacional, querendo eliminar a questão da "raça", na inclusão universitária, entre outras coisas. É um texto com seus argumentos, diria meu avô.


O interessante, é a posição sempre reclamadora da sociedade e principalmente de gente, que sequer conhece metade das histórias e do drama que é, ser "não branco', numa sociedade, que prefere jogar tudo por debaixo do tapete. Se tem tantos argumentos que a vida anda dura é só dar uma olhada na pesquisa publicada na Folha de S. Paulo (19/11), atestando o já sabido. Que os negros ganham menos, mesmo com a mesma escolaridade que os brancos. A pesquisa diz, "os não brancos". Mas o quinhão é grande e tem muita gente de olho. Qualquer manifestação de melhora de "uns diferentes" deve ser rechaçada. Uma gente que deve tomar "seu lugar".


Sem paternalismo seria melhor. Mas me lembro também, quando caiu o muro de Berlim, e um sociólogo argumentou, que o Brasil, nem sempre experimenta as correntes sociais que regem o mundo. Para ter um Obama como presidente nos Eua, só foi possível muito por conta das tais, "ações afirmativas", que deram para alguns negros a chance para qual se achavam capazes. Aqui nem isso e já há uma grita geral. Como se fosse o fim do mundo, o progresso, a melhoria de vida de outras pessoas. Falta senso de cidadania, coisa que só se consegue mesmo com educação. Pior que argumentos desse tipo no país surgem camuflados em falas quase num chiste. Uma forma perigosa de repressão, uma doença mortal e silenciosa mesmo. Que toma conta quando menos se espera.


Falando nisso este texto me lembrou duas histórias. Uma da minha mãe, recebendo "a visita" de umas "vizinhas", quando nos mudamos para Vila Guilherme. "As senhoras distintas e boa gente", foram mostrar para minha mãe, indefesa e sem saída, como deveríamos nos portar no conjunto habitacional. E outro é do Chico Buarque. Quem teve o prazer de assistir ao documentários em dvds sobre a carreira dele, num certo momento fica triste com ele, se não tem o coração de pedra. Um Chico chorando conta como sua filha Carolina e seu marido Carlinhos Brown, foram expulsos de onde moravam. e pior, uma "gente de bem", escolada, esclarecida, que vive pedindo autógrafo para o cantor.Mas é tudo em nome do "bom andamento do status quo", e é também culpa do Lula, do Pt, da puta da Marta, viu Carolina Dieckman ?



Consciência Negra ? Who cares ? Mas todos adoraram o "feriadão".


No andar de cima


(O samba da consciência negra) - Nei Lopes


Mas pra quê tanto tambor?


Pra quê tanto berimbau?


Não cabe no elevador... Ele é social! (BIS)


A gente precisa ter gente no andar lá de cima


Mas não desse jeito sem jeito que a turma imagina.


A gente tem que ser modelo noutro figurino


As damas no salto e os valetes, no esporte fino

Passando da área de serviço pro meio da sala

Dizendo no pé e na mente, no gesto e na fala

E mesmo se for chamuscado ao por a mão no fogo

A gente precisa aprender toda a regra do jogo.

Mas pra quê tanto tambor?

Pra quê tanto berimbau?

Não cabe no elevador... Ele é social! (BIS)

A gente quer superestar sempre bem colocado

Mas nunca dando de bandeja ou levando recado

Bonito é um povo mostrar a sua resistência

Mas não de chofer ou de armário de S.Excelência.

Bacana é a gente gingar, mas no andar superior

Naquele passo de chefe, magistrado ou senador.

E não é no afrodisíaco rap do logro

Que a gente vai poder botar novas regras no jogo.

Mas pra quê tanto tambor?

Pra quê tanto berimbau?

Não cabe no elevador... Ele é social! (BIS - NA CABEÇA!)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Um jardim à nossa espera





Bill Evans Waltz for Debby


sonhei com a velha casa e seu assoalho de madeira. acordei e fiquei de pés descalços. preparei sopinha de bolachas.remexi velhos desenhos e poemas.não sei em que curva te esqueci, nem sei se aconteceu isso que a minha memória traz. lembro de um graffiti no muro do colégio, da tua voz. mosaicos desconexos, uma dança que não aconteceu.alguém tinha um gato, alguém sabia dançar, alguém preparou doce de sidra, para esperar alguém.o cheiro de almíscar enebria, não te alcanço na estrada que vai dar não sei onde."você é táo triste que vai ficar sózinho". uma voz longe decreta. uma bruxa, uma fada, uma parteira, cada uma com seu decreto. aceno, procuro e não te alcanço na estrada de meu deus. quantas curvas, numa delas te esqueci. hoje você apareceu no meu sonho da casa velha com seu assoalho de madeira.remexi velhos desenhos e poemas, para saber se você existiu.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Paulinho da Viola

Para um amor no Recife (Paulinho da Viola)

A razão porque mando um sorriso
e não corro
é que andei levando a vida
quase morto.
Quero fechar a ferida
quero estanar o sangue
e sepultar bem longe
o que restou da camisa
colorida que cobria minha dor.
Meu amor eu não me esqueço
não se esqueça por favor.
Que voltarei depressa
tão logo a noite acabe
tão logo esse tempo passe
para beijar você.

Paulinho da Viola, Marisa Monte e Raphael Rabello - Para ver as meninas


Num samba curto (Paulinho da Viola)

Meu samba andou parado
até você aparecer
mudando tudo
lançando por terra o escudo
do meu coração
em repouso.
Ontem uma rocha fria
hoje assim exposto
deixando entrar sem medo a vida
aquilo que eu não via.

Só agora reparei
que não vi seu rosto
e que você partiu
sem deixar seu nome
Só me resta seguir
rumo ao futuro
certo do meu coração
mais puro.

Quem quiser que pense um pouco
eu não posso explicar meus encontros
ninguém pode explicar a vida
num samba curto.

curtos e delicados, letras de dois sambas, do mesmo autor, que disparou, " a vida não é só isso que se vê, é um pouco mais", versos, que um professor de filosofia da puc, iniciava suas aulas. paulinho da viola, nas ceu em 12 de novembro. para saborear.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ego inflado

"Não vem com garfo, que hoje é dia de sopa !" (Carlos Imperial)

tenho orgulho de ser filho e irmão de quem sou. moro com a mulher que beijei, sem pedir, no pátio da cruz na puc paulistana. tenho sobrinhas lindinhas oficiais e sobrinhos lindinhos agregados. odeio quem maltrata criança, idoso, árvores e animais.tenho invejo dos meus amigos, e dos conhecidos. mas, eles são meus ídolos, meus heróis, pessoas para quem olho sempre e admiro. olho quando faço as coisas erradas que enchem minha existência, e fico pensando, em como eles, meus ídolos, se sairiam daquela situação.hoje escrevo pouco, já escrevi mais. não acredito em muita coisa. mas, acredito num "Deus", ou seja lá o que for, que nos pôs aqui nesse mundo, meio sem explicação, para depois nos levar de volta. tenho horror à morte, não trabalho bem com doenças. choro muito, em vitória alheia, em derrota idem e até show, chorei com dona ivone lara, por exemplo.já joguei botão, joguei bola, fui razoável volante, gostava mais de atacar,mas sei matar uma bola no peito com jeito, e sei olhar o jogo no todo, que dá uma certa qualidade ao jogador. admiro quem sabe matemática, tem o pensamento lógico e é mais perseverante. admiro as mulheres. fiquei viciado em sudoku em detrimento das palavras cruzadas. já fiz mais poesia. já fui mais corajoso. já viajei mais. ainda trago alguma coisa de londrina em mim. me lembro de muita coisa, o que me dá um ar de saudosista, coisa que eu não queria parecer. me lembro de dialógos inteiros com as pesssoas. namorei menos do que queria. gosto de cantar baixinho, já estudei piano e violão, cantei em corais e fiz backing vocals.gosto de música, qualquer música que me agrade. gosto de artes em geral.leio muito.já gravei fitas para amigos e amigas e pretendidas namoradas. fazia um jornalzinho com as próprias mãos. hoje tenho um blog. fiz jornal com amigos. publiquei um livro, escrevi outros, que engavetei, fiz programas de rádio.danço mal.não gosto do meu andar, do meu olhar. falo baixo com minha voz grave. rio às vezes. bebo moderadamente mas, fico acompanhando, ao lado. mais ouço que falo. não gosto de importunar. não sei me impor, deixo quieto. quase não discuto. mas, tenho uns cinco minutos e aí, ninguém segura. subir em árvore foi aula do meu irmão, o ruy. me lembro da minha mãe cantando pela casa. do meu pai imitando um som de trombone e da irmã falando de galãs italianos. sou escorpião e hoje é meu aniversário de 50. achei que não chegasse aqui. hoje vou fazer silêncio e rezar e ouvir música, muita música. hoje vou rir e chorar, porque sei que vou lembrar de muita gente, por quem tenho muita admiração,e parte de uma gente, para quem eu deva desculpas, por terem de alguma forma acreditado em mim. e quem teimosamente ainda acredita. não tenho nehuma riqueza. minha pequena nobreza é respeitar o ser humano, a vida orgânica do mundo, traçar meu caminho sem querer atropelar o caminho do outro. até queria agradecer quem queria festa, a rosa, a custódia e a duda e a cris. mas quero silêncio, tem sido um ano difícil. deve ter mais coisa. mas sou comum, como muitos dos heróis por quem torço. e por hoje é isso.agradecimento geral

algumas das 50 para sacolejar o corpo hoje

Wilson simonal - Não vem que não tem


Gilberto Gil - touche pas a mom pote


Jorge Ben - Balança Pema


Tokyo Ska Paradise Orchestra - Walk between the raindrops

Marvin Gaye e Tammi Terrel - Ain´t no mountain high enough


Wynton Marsalis - Happy birthday

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama é pop

Madelyn Payne Dunham (1922-2008), avó materna, que o criou,ela faleceu na segunda-feira


Sarah Obama, avó paterna, no Quênia hoje é feriado



com a esposa Michelle e as filhas, Malia e Sasha

no comício de segunda-feira

mundo ideal não existe. democratas e republicanos, não são tão diferentes assim. mas é emblemática a eleição de Barack Obama. pelo que teve de inédito e de esperança. nunca o americano se interessou em ir às urnas. jovens, velhos, não se incomodaram com as longas filas. os jovens, por sinal, foram ao lado, das minorias étnicas, fator decisório na eleição do democrata, desbancando, os "caipiras", do meio oeste e do sul, uma gente mais centrada em si mesma. e cheia de rancores. no mundo ideal há menos rancores.

Yes We Can



Obama é pop


a moça na estação vila madalena do metrô paulistano, veste uma camiseta com a estampa do Obama, um item que virou sucesso, há até um site com mais de uma centena de estampas do democrata e artistas e aficcionados desfilam com maior orgulho com as camisetas, como se ele fosse um astro pop mesmo. fui puxando pela memória, ainda reparando na camiseta da moça na estação, quando que um presidente americano teve este status. me lembrei até do clinton na mangueira, com pelé e jamelão, feliz da vida mas, era pontual. só parei nos anos 60. quando a juventude dava frescor ao mundo, querendo quebrar tabus e kennedy apareceu para dar mais esperança para aquela causa. vale lembrar que as guerras que os estados unidos se enfurnaram sem saída, foi uma decisão de governo democrata e mesmo invadir o iraque teve aval do partido. há um quê de frescor aqui também. cansado do velho jeito de fazer política dos representantes dos "red necks", eleitores mais instruídos foram à luta. um exemplo que o rio de janeiro já podia ter dado. uma derrota por 50 mil votos, com um milhão de abstenções, é de doer.



só para constar. e para não dizer que não peguei no pé. para toda imprensa mundial, do jornal "destak", que é distribuído gratuitamente em são paulo, ao vetusto "washington post", barack obama é o primeiro presidente negro americano. menos para a globo, que na "poesia" de pedro ial, "não é nem branco, nem negro". mas, nem mesmo eles se entendem, porque para luis fernando silva pinto, barack é negro. durma-se.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Pítacos

Capturados, por tribos inimigas, por colonizadores, transportados em porões de navios e vendidos para outros colononizadores como escravos, os negros chegaram às Américas, e parte da Europa. Quando chegou a abolição de sua escravatura, tinham muito pouco para continuar sobrevivendo. Se tivessem tido um "senhor", mais "liberal", talvez o negro, teria conseguido, algum dinheiro, algum pedaço de terra. Esse cenário foi mais possível, onde se diz, "o racismo" é maior, nos Estados Unidos. Desapropriados de sua fé e nome, liberto, o negro, ganhou ainda o sobrenome do seu "senhor", para ficar ainda mais cristão. Sem filiação reconhecida o negro vagava pelas cidades, pelos seus becos e periferias juntando-se uns aos outros.

Galvão Bueno, num dos treinos da F1, para mais uma vez, desclassificar Hamilton, saiu com essa, "Aí está a família do Felipe, esse tem " FAMÍLIA !". Nessa última semana, o interessado, que quisesse alguma informação, mais isenta do piloto britânico, teve que recorrer, às edições on-line dos jornais ingleses. A BBC News, por exemplo, tinha ontem um repórter ao vivo, de uma das curvas do autódromo, e depois, mostrou a festa familiar em Londres, com os avós, branquinhos, branquinhos, do piloto, em contrastes com os outros familiares negros, mas todos rindo, chorando e comemorando muito. Uma FAMÍlIA, como muitas. Como as de Galvão e Massa.



Quando começou a escrever a novela, A Próxima Vítima, o novelista Sílvio de Abreu, criou um núcleo familiar negro, um ineditismo na dramaturgia brasileira. Para se inteirar do cotidiano de uma família negra, foi convidado para um evento na casa do ator, Antonio Pitanga. Comeu, bebeu, se refastelou. Saiu encantado de lá e dizendo. "Não sabia que os negros se divertiam tanto!". além da falta de vínculo familiar, os negros podem ser vistos como tristes, ou bagunceiros, quando alegres. Sílvio de Abreu é consultor de autores de novelas na mesma emissora de Galvão. Emissora essa que atestou através de testes, que Neguinho da Beija-Flor e Milton Nascimento, são brancos.



A arquitetura da Sala Adoniran Barbosa, do Centro Cultural São Paulo, não favorece nem o artista e nem o público. Dona Ivone Lara, soube disso nesse fim de semana. Andando com dificuldades e sentando numa poltrona, colocada no palco, em alguns momentos, ela desfilou alguns sucessos num show, errôneamente anunciado como dela, pela produção da casa. Na verdade era uma participação no show do grupo Samba Social Fino, o que frustrou a maior parte do público que lotou a sala, fazendo com que muitos fossem embora, assim que ela encerrou sua participação. Um público muito jovem, branquinho, branquinho, que cantou e dançou a beira do palco. Dona Ivone merecia um show só dela. E o público mais respeito.



Esportivo



Como já dizíamos, olha a pretensão!, os time de Grêmio e Cruzeiro, não são confiáveis. São Paulo e Palmeiras, parecem sempre mais assentados em seus objetivos e com elenco mais encorpado para a competição. Que título parece tricolor paulista, isso parece, mas que o São Paulo, fique esperto, a Lusa, "aniquiladora de favoritos", merecia mais no sábado e fez por onde, faltou capricho em algumas jogadas de contra ataque, a situação ainda é complicada. Mas há esperança.



O capitão William, do Corinthians, foi o entrevistado do programa Bola da Vez, da ESPN Brasil. Jogador diferenciado, largou a faculdade de Ciencias Econômicas no último ano, tem planos de morar na Europa para aprofundar seu inglês, investe em ações e fazendas, se vê como um "ET", em algumas concentrações, nem entende essa coisa do torcedor sentir alegria, pela tristeza do outro. Diz que ler livros de psicologia ainda não lhe deram caminho para essa compreensão. Escrito isso, afirmo. Alegrias particulares, pode ser, pequenas, insignificantes, para os olhos de outros. Ter visto alguns jogos do Corinthians esse ano, na "B", sem vergonha sim, ao lado de quem vi, reafirmo, não teve preço. A vida é muito mais que isso do que torcer para um time de futebol, campeão ou não. Está escrito.