segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pequenas vitórias de um desajeitado




como eu, ele também gosta de ouvir as histórias. nele é profissão, mas sinto este prazer nele. quer que eu repita quantas danças tivemos, do conselho do poeta vinícius de moraes que segui de ter  minha conta na floricultura, dos meus saltos sem paraquedas. não gostou do título que inventei para a coletânea de nossas histórias, "Pequenas vitórias de um desajeitado", gosta do outro "O Cavaleiro que errava e a Princesa com Dote Prometido" e gostou da visão do jardim no fim do túnel escuro, o fim da hibernação.gosta do modo  como  fomos nos aproximando, os passeios à pé, as conversas sem chances de se repetirem no futuro daquilo. achou audaz  a produção dos textos nos cadernos, jornaizinhos escritos à mão, as fitas cassetes, as palavras nos muros, escrever na tua pele. quer saber quando resolvi escrever sobre você. se é sempre você na fala da minha escrita.esta lâmina com a qual  a memória tortura.


sábado, 20 de julho de 2013

Fita Cassete Imaginária - Amigos e DEUS Comigo

Por motivo óbvio neste 20 de julho


Lado A
Pixinguinha - Os cinco companheiros
http://youtu.be/LFFTrkhvmrg

Eric Clapton - Hello Old Friend
http://youtu.be/5qeQLrz449E

Nana Caymmi - Clube da Esquina 2
http://youtu.be/gjGsOKtcLrw

War - Why can't we be friends
http://youtu.be/5DmYLrxR0Y8

Os Borges - Carona
http://youtu.be/qGLNaxpHnW0


Lado B
Miles Davis - Human Nature
http://youtu.be/qGLNaxpHnW0

Martinho da Vila - Não tenha medo AMIGO
http://youtu.be/z2Kz93uPPso

Simon & Garfunkel - My little town
http://youtu.be/1jg8jf9oTjw

João Bosco - Amigos novos e antigos
http://youtu.be/Raikz5vUK5U

The Beatles - With a little help from my friends, claro.
http://youtu.be/Y39MjhVrf_Y

Paulinho da Viola - Os Cinco Companheiros
http://youtu.be/t_gHExLAii4



Cuidem-se !! NA PAZ.


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Paredão Mazurca perde o lugar





Tive dois times de botão do Atlético Mineiro e time de botão se pode escalar quem se quer, fazendo uma seleção de todos os tempos, por conta disso  o goleiro dos meus Atléticos era o mesmo, o uruguaio Mazurkievski. Na primeira versão eu o fiz com uma caixa de fósforo Pinheiro, recheada de pedaços de chumbo, areia, pedrinhas, fita isolante preta e o escudo do Galo no centro. Com ele cheguei às semifinais do torneio interno de botão da casa do Beto lá em Londrina, perdendo para um Santos "dopado' de jogadores de tampinhas de relógio, que davam um efeito incrível na bolinha e achavam ângulos impossíveis para transpor o "paredão Mazurca". Mas o goleiro atleticano  impressionava e inspirava. Meu amigo Beto, que jogava com o Santos "dopado", passou a jogar no gol todo vestido de preto.
O segundo time do Atlético me foi presenteado pelo amigo José Amaral. Acho que foi depois de duas incursões nossas pelo universo do Atlético. A primeira foi no campo do Nacional no bairro paulistano da Água Branca numa Taça São Paulo de Juniores em que azucrinamos o goleiro adversário do Galo naquela tarde tentando desestabilizá-lo, coitado, sofreu.
A segunda, e aqui minha memória falha, porque não sei se aconteceu lá no Comendador Souza, campo do Nacional ou se foi no Pacaembu, cujo adversário do Atlético não me lembro, e também nem sei se quem estava comigo era o José Amaral. Só sei que ao avistarmos a charanga do Atlético nos esquecemos do jogo, e por isso que eu acho que foi o Amaral o acompanhante, porque ninguém, ninguém mesmo, e só loucos por música desistiriam de um jogo e sairiam entrevistando os velhinhos da charanga sobre suas influências musicais. E mais, passar parte do jogo, discutindo onde podia se pontuar o acento de bandas de coreto ou o dos Hot Five de Louis Armstrong na charanga do Galo, por isso acho que era o Zé Amaral. O certo é que aprendemos o hino do Atlético, cantamos as marchinhas e saímos do estádio até o ônibus com eles e quase embarcamos para Belo Horizonte. Depois disso o José Amaral apareceu em casa com aquele time de botão, achando que eu gostava muito do Galo. Ledo engano, acho que foi ai que expliquei, que se tratava de uma paixão circunstancial e  falei para ele que gostava do Cruzeiro, pela camisa azul, pelas estrelinhas no escudo e por uma história linda vivida com Tostão, ídolo cruzeirense, apesar do Cruzeiro ser menos negro que o Atlético.
Aquele time de botão presenteado ressuscitou o "paredão Mazurca", mas o perdi e recentemente acho que foi durante uma aula de futebol de mesa para o filho de uma amiga.
Os goleiros atualmente dispensam o uniforme todo preto. Coloridos não percebem que são alvos fáceis de bons atacantes cheios de más intenções contra eles. O atual goleiro do Galo,Vitor, joga de cinza. Ouvindo os jogos do Atlético na Libertadores achei que Renato, Ortiz, argentino, João Leite, Taffarel e claro Mazurkievski, se incorporaram nele. Mazurkievski se foi há uns dois anos se tanto, mas estava ao  lado de Vitor.
Ouvindo a torcida do Atlético não se percebe o som da charanga, aquela charanga, alguns integrantes devem ter tido o destino de Mazurkievski, espero que não, mas se for o caso, que tenham paz. Não penso em comprar um novo time do Atlético, nem percebo movimento de um presente chegando. Mas se acontecer, perdão "paredão Mazurca" o goleiro será o Vitor.


P.S. Não sou Torcedor do Atlético Mineiro, mas Parabéns Galo !

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A humildade de alguns Reis




 Não entendo nada de MMA, UFC, que seja. Tanto que na espera pela luta de Anderson Silva, madrugada de domingo, torci por ele durante uma luta que era gravada no Sportv, mico. A sorte é que estava só na sala.
Mas adoro boxe ainda. Durante outras madrugadas não estive só na sala de casa, via com meu pai muitas lutas. A lembrança daquelas madrugadas se deu pela patacuada de Anderson. O Velho costumava dizer que o único "boxeur", ele falava, que podia fazer gracinhas era Muhammad Ali.
Depois de ver a "luta certa" de Anderson, corri para rever o documentário, "When we were kings" - Quando éramos reis, disponível no Youtube. Trata da luta de Ali contra George Foreman no Zaire em 1974. A luta foi um grande evento. Maputu, o ditador de plantão foi convencido e recebeu a luta e um show que entre outros levou para selva, B.B. KING. JAMES BROWN, THE SPINNERS, BILL WHITTERS. Ali foi tratado como um DEUS, andou e treinou no meio do povo.
ALI entrou em casa pela porta da frente também, usurpando um lugar que podia ter sido de Pelé. Só que Pelé nunca gozou de bons comentários, nem de meu pai, nem de minha mãe, não representava em nada, os negros brasileiros, nem sequer os citava em entrevista, ou pareceu  se importar com a situação da maioria deles. Ali sim, tinha desistido da guerra, lutava pelos direitos dos negros americanos, se achava bonito, enfrentou o estado, virou muçulmano e dizia que a luta contra os vietcongs não era dele. Pelé, definitivamente, tinha perdido espaço, até o ator Milton  Gonçalvez, o Brás da novela Irmãos Coragem ganhava dele.
A luta histórica no Zaire  rendeu um documentário e um bom livro de Norman Mailer, "A luta". Anderson deveria tentar ver ou rever o documenta´rio. HUMILDADE, comprometimento fazem parte de nossas lutas diárias, lição de vida e de caráter.