segunda-feira, 30 de março de 2009

dinâmica dessa segunda

cinco itens para uma ilha deserta

matutanto lembrando só de quatro, sem muita certeza

uma boa faca


antigamente os almanaques traziam tudo de essencial que se podia aprender, desde falar sobre folhas venenosas, até pequenas construções

um canivete suiço. indispensável

uma bússula. para orientar o desorientado



espero que esses ítens realmente me salvem

Pítacos Esportivos


Perdi a paciência com a Seleção Brasileira na Copa de 90. De lá para cá, vi aos jogos das copas seguintes mais para fazer companhia aos amigos e parentes. Assisto sem interesse algum, sem nenhum sentimento mesmo. E não são todos os jogos que assisto. Contra argentinos, paraguaios e uruguaios, para ficarmos na América do Sul, acho que dão bons jogos.
Mas na lassidão do fim deste domingo, a seleção canarinho, embora de azul, (até jogar com a "amarelinha", não é mais tradicional), entrou como programa em minha vida.
Ainda aviso que muito da minha ojeriza com a Seleção tem muito de pensar o oposto de um certo ufanismo midiático, trazidos pelos Galvões Buenos da vida, passa pela direção da CBF, jogadores metidos que jogam na Europa e desembocam em quem nunca fui com a cara, Dunga. Por isso fiquei surpreso ao ver, que Gilberto Silva, ainda sobrevive no meio campo, ao lado de Felipe Mello e me dei conta da não presença de Hernanes do São Paulo e Ramires do Cruzeiro e ainda vi de relance, Adriano no banco ao lado de Josue. Não desliguei a tv mas, abaixei o som.
E a seleção de "amarelinho" mandou no jogo, só que era o Equador e eu fui me arrependendo, e ficando com mais sono, com mais raiva e o Júlio Cesar, bom goleiro, mas...xá prá lá. Enfim 1 x 1. E a altitude foi uma das desculpas, claro. Não se lembraram que contra o Uruguai passaram sufoco no Morumbi, onde Luis Fabiano achou dois gols. Emblemática frase de Elano, Elano, ele mesmo, reserva do Manchester City, "Eles vivem aqui !". Eles quem perna de pau pálida ? Só o goleiro, o lateral e um dos zagueiros jogam no Equador, o resto, jogam em times europeus e mexicanos, em cidades de menor altitude que Quito. Inclusive, Caicedo, é companheiro de equipe do jogador Elano, ele mesmo, o reserva do City. Eles há quem ele se referiu devem ser os torcedores. Acho que quarta vou vasculhar minha lista de livros não lidos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Eli Reed


Tanzania

Lawrence Fishburne, Ice Cube e o cineasta John Singleton

Eli Reed
O fotógrafo Eli Reed, da Agência Magnum, esteve neste fim de semana participando de uma expedição fotográfica na cidade de São Paulo, no Parque do Ibirapuera.
Vendo o negro alto, simpático e dando atenção até a quem sómente tinha uma máquina fotográfica acoplada ao celular, me veio à cabeça, quantas vezes eu vi um fotógrafo brasileiro de renome, se prontificar a este tipo de atividade. E mais, me lembrei de como muitos bacheréis nos EUA, ajudam as instituições de onde saíram, com doações e outros tipos de ações, assim como uma forma de "pagamento" e gratidão.Só para realçar ainda mais a simpatia de Reed, que fotografou, se deixou fotografar e não se furtou, mesmo sem entender nada de português, de dar lições simples de didática de relações humanas.As fotos tiradas por Reed, farão parte de uma exposição sobre o Parque do Ibirapuera em Nova York.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Eduardo Galeano e Nick Cave


Causos/2

Nos antigamente, dom Verídico semeou casas e gentes em volta do botequim El Resorte, para que o botequim não se sentisse sózinho. Este causo aconteceu, dizem por aí, no povoado por ele nascido.

E dizem por aí que ali havia tesouro, escondido na casa de um velhinho todo mequetrefe.
Uma vez por mês, o velhinho, que estava nas últimas, se levantava da cama e ia receber a pensão.
Aproveitando a ausência, alguns ladrões, vindos de Montevidéu, invadiram a casa.
Os ladrões buscaram e buscaram o tesouro em cada canto. A única coisa que encontraram foi um baú de madeira, coberto de trapos, num canto do porão. O tremendo cadeado que o defendia resistiu, invicto, ao ataque das gazuas.
E assim, levaram o baú. Quando finalmente conseguiram abrí-lo, já longe dali, descobriram que o baú estava cheio de cartas. Eram as cartas de amor que o velhinho tinha recebido ao longo de sua vida.
Os ladrões iam queimar as cartas. Discutiram. Finalmente, decidiram devolvê-las. Uma por uma. Uma por semana.
Desde então, ao meio-dia de cada segunda-feira, o velhinho se sentava na colina. E lá esperava que aparecesse o carteiro no caminho. Mal via o cavalo, gordo de alforges, entre as árvores, o velhinho desandava a correr. O carteiro que já sabia, trazia suas cartas nas mãos.
E até São Pedro escutava as batidas daquele coração enlouquecido de alegria por receber palavras de mulher.
Eduardo Galeano
, escritor uruguaio. Este texto está incluso no "Livro dos abraços", lançado no Brasil pela L&PM
ainda não tive coragem, de mostrar aos interessados, roteiro que adaptei para o texto, pensando num curta metragem..

quinta-feira, 19 de março de 2009

How to save your newspaper


Já algum tempo os jornais e revistas do mundo acoplaram coleções à algumas de suas edições. Além das notícias, cds, dvds, livros, passaram à fazer parte do cardápio do leitor interessado. Isso já de algum tempo. Muito haver com o declínio do interesse por esses veículos, um pouco por interesse por novas mídias, desencanto e só por último, a tal "crise econômica". Mesmo porque, não é raro, proprietários desses veículos estarem sempre em busca de subsídios públicos, ao menos no Brasil agem assim, quase todos eles.Embora em editoriais, costumem ser contra subsídios, para "os desfavorecidos".Muito por conta do convívio com parte dos leitores e por conta de interesses pessoais futuros.E reclamam que o negócio é deficitário, por isso é preciso ajuda outras que não sómente as vendas avulsas, as assinaturas e as muitas páginas de propaganda que tomam parte de muito textos que queríamos publicados. "Negócio deficitário", não vou rir agora.
Na semana passada o Washington Post, comunicou aos seus leitores, que não circulará mais o caderno de economia do jornal, as notícias econômicas estarão no primeiro aderno do jornal, junto com o noticiário geral.
No último dia 16, o Seattle Inteligenncer, circulou pela última vez em edição de banca, agora só a versão eletrônica.
Aqui no Brasil, tendo muito da minha alfabetização, centrada em jornais, nem me importei muito com dois dias seguidos, sem meu jornal, coisa muito rara nos meus muitos anos de vida. Mesmo porque hoje em dia para me informar, embora goste do jornal papel na mão, leio mais blogs e site abertos de jornais por aí.O jornal que tanto gostei ao longo da minha vida tem me decepcionado, tanto na sua entrega, quanto na sua postura.E foi o tempo que eu acorria por bancas de jornais da cidade para comprar jornais de outros estados, que tanto também me ajudaram a manter meu interesse pela leitura. Embora isso tenha muito mais da minha, "crise econômica".
Ah, mas neste fim de semana na banca mais próxima vem outra coleção, interessante num certo sentido, mas mais um chance de boa venda por outras vias que não o do interesse pela informação.

terça-feira, 17 de março de 2009

sábado, 14 de março de 2009

Metaleira do fim de semana

se todo post é pessoal. esse é bem isso mesmo. se minha mãe era responsável pelas canções, daz vozes femininas pela casa, se meu pai elencava os elementos do jazz, minha irmã e suas canções românticas, meu mano ruy sérgio trouxe com força a black music para dentro de casa. enfiando entre os espaços da estante de vinis, grupos, músicos, temas e conceitos, que afirmavam sua negritude e beleza. e soltava pela casa, via um toca disco disputado, todo pimpão o resultado de suas escolhas.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Uma certa Dita

"A você/ que vive as bem-aventuranças/e alimenta em você e nos outros/ a sede de liberdade/ e a fome de justiça."
trecho da dedicatória do livro Cartas da prisão, escrito por Frei Beto.



Manoel Fiel Filho

PUC 1977
PUC 1977
passeata do cem mil
passeata dos cem mil

Vladimir Herzog






"O homem com uma boa memória não relembra nada porque não esquece nada". (Samuel Beckett