sábado, 26 de fevereiro de 2011

Roda de Sábado - Sharon Jones Vem aí

em junho para um Festival de Jazz (?). claro acompanhada dos Dap-Kings, músicos e produtores de "n" bandas da nova safra da soul music, terreno onde Amy Winehouse foi buscar inspiração.

'bora juntar moedinhas. quebrar cofrinhos.vender latas, garrafas e papel velho, fazer carreto na feira. em vez de duas tomar uma só.

e tomara que ela inclua na bagagem o amigo Mr. Lee Fields. Se isso acontecer, Takeo...hein ?








Atualizando: o nome do Festival; BMW Jazz Festival; Sharon Jones se apresentará gratuitamente no Parque do Ibirapuera, em 10 de junho, com horário ainda definido.já me sinto na beira do palco no cercadinho

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pivete Neguinho, a origem






leitora eventual e bissexta do blog perguntou sobre o Pivete Neguinho. Eis.

Nosso professor de Educação Física do colégio em Londrina misturava as classes. Só os meninos do Científico/Clássico, o antigo segundo grau, não queriam se misturar com os meninos de outras séries.
Três caras que os meninos admiravam, o Celso, um que não me lembro o nome e o Zé Carlos, Carlão. Este um negro magro de porte elegante, sempre de cabeça erguida e que parecia com o ator Clarence Williams lll do antigo seriado Mod Squad, que eu gostava.
Em Londrina eu só via os negros, jogadores de futebol, que vinham de outras cidades usando o corte black power. Ele usava. Era filho adotivo de um médico e uma professora do curso Fisk, americanos, que foram dar com os costados no Norte do Paraná. A mãe dele, brasileira, tinha sido empregada deles e quando ela faleceu eles o adotaram. O cara tinha boas notas, todos comentavam. O cara fazia jus. No colégio havia uma tarefa, frequentar por algumas horas/mês, a biblioteca, visita marcada na caderneta. Eu o via por lá. Só que enquanto na minha mesa era eu e meus livros na dele, além dos livros, duas, três garotas enfeitavam a "tarefa" do cara. E na saída o cara ainda dava conselhos:

"É isso aí neguinho, a gente tem que estudar !!".

Esse "a gente" eu só iria enterder mais tarde.

Eu e ele éramos os únicos negros do colégio, cuja entrada dependia de uma prova casca grossa. De 15 em 15 dias ele ia até o correio e saia de lá com uma caixa.
Na aula de Educação Física minha classe não jogava contra a dele. Mas fazia bom papel contra as outras classes. A providência divina tinha reunido cinco caras com repertório de jogadas interessantes na mesma classe. Beto no gol, Marcelo de fixo, Gerson e João Gilberto de alas e eu como pivô. Depois de massacrar outras classes, o professor foi nos testar contra os caras do segundo grau, contra a classe do cara. E seria uma peleja histórica. A coisa estava a nosso favor.
A bola ficou mais dentro da àrea que fora. Para achar um ângulo, tive que driblar o goleiro, ele veio, driblei-o também, mas sem ângulo, tive que fintar o goleiro novamente, o que deu tempo dele chegar e chutar bola e eu para o cercadinho da quadra e com o corpo sobre mim, sem me deixar levantar perguntou.

_ Pivete Neguinho, como é o nome da sua mãe ?
_ Benedita, eu. O nome de minha mãe saiu sufocado.
_ Pois a Dona Benedita te quer inteiro em casa à tarde. Mais uma dessa te quebro. Disse isso, sorriu e me ajudou a levantar.

_ Vai, vamos jogar !

Vale lembrar que ele não me chamava pelo nome. Era só Neguinho. Pivete Neguinho. Foi depois dos dribles contra ele, que passaram a não existir depois daquela ocasião.

_ Tu é um Pivete, Neguinho !

Quando nós, os mais novos chegávamos, ele e os outros dois já estavam sentados em carros em frente ao colégio, e cercados pelas meninas de todas as classes, chamava a atenção. O cara mandava bem e estava sempre bem acompanhado.
E se eu ficasse além do sinal, lá vinha ele como um irmão mais velho.

_ Neguinho sobe ! Senão a Dona Benedita vai saber que você está querendo matar as aulas !

Ele descobriu a banca do meu pai. Toda vez que ia ao correio passava por lá. E me mostrava o conteúdo das caixas que pegava no correio. Livros de Medicina, revistas, jornais americanos e discos muitos discos, que ele me mostrava as capas e perguntava.

_ E aí Pivete, conhece ?

Era uma profusão de nomes de artistas negros, grupos, alguns que eu nem tinha ouvido falar e outros que só mais tarde iria me dar conta.

Um dia me salvou de uma suspenção e falou meu nome pela primeira vez. Meu pai recebeu umas revistas plastificadas importadas. As plastificadas nacionais, por conta da censura, não mostravam os dois seios das modelos, nem pelos pubianos, nus frontais tampouco. Com uma técnica abri uma delas. Um delírio. Só que distraído e extasiado me esqueci do meu pai, que chegou de repente me fazendo jogar a revista na pasta do colégio. Primeira aula, Educação Física, mostro para um amigo a revista. Entusiasmado meu amigo comenta alto as fotos. Alvoroço. Vendo a confusão, Carlão e os outros dois se aproximam, quando vê a revista, manda:

_ Aí hein Pivete Neguinho, sabia que tu era dos bons !

Só que na confusão o professor apareceu, trancou o vestiário masculino e mandou chamar o diretor, o Sr Tarcísio, que chegou, folheou algumas páginas da revista e começou um discurso sobre, nossas mães, irmãs, tias, primas e avós, no que um de lá falou meio choroso:

_ Minha mãe não é assim não ! provocando risadas.

E quando o diretor perguntou de quem era a revista e eu já ia me apresentar, ele que estava ao meu lado me segurou e se apresentou.

_ O Sr. sabe que o pai do Pedrão aqui tem uma banca de jornal, eu pedi para que ele trouxesse essa para mim !

O diretor pediu que ao final da aula ele fosse falar com ele. O esperei na saída sentado nas escadarias. Ele chegou com a revista, sentou ao meu lado.

_ A Dona Benedita iria ficar mais brava que o "Seo" Pedro, e riu, tirando uns trocados do bolso.
_ Coloca no caixa do seu pai ! Pedrão, tu é um Pivete .

Ali sentados, conversando no começo daquela tarde.

_Voce parece o...... - eu.
_ ....o Clarence Williams lll, sei - ele.
-Eles te xingam muito por conta da sua cor ? - ele.
_ Xingam - eu.
_ Não deixa - ele.
_ Eles te xingam por conta do seu olho ?- ele.
_ Xingam - eu.
_ Não deixa ! - ele.
_ E quando você se interessar por uma garota, feche o olho ela vai pensar que você está piscando para ela. Vai dar certo.!

Nisso apareceu uma das amigas dele. A Norma.

_ Norma,Esse aqui é o Pedrão ! Meu irmão adotivo!

Fechei o olho.

_ Oi Pedrão ! Voces estão famosos no colégio hoje. - ela.
_ Culpa desse meu irmão adotivo aqui. Mas vou falar com o Papai Pedro e nossa Mamãe Benedita. Ele vai ficar de castigo. Vai ficar um mês sem assistir o programa da Tia Lucy (*).

Rimos. Me deu um tapa nas costas. E foi se despedindo.

_ Prá casa Pivete, a Dona Benedita te espera. E eu tenho certeza que você é melhor do que esses caras todos aí. Love and Peace, Brother !

E saiu acompanhado da Norma na tarde londrinense, grudando aquela imagem nos meus olhos infantis.
Tenho lembrado bastante dele e daquele "conselho", "a gente tem que estudar". Eu que há muito sei o significado desse " a gente". E penso na festa que ele não faria por onde ando agora.

Love and Peace !



(*)A Tia Lucy era uma apresentadora de um programa infantil na Tv Coroados de Londrina.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Própria (pa)Lavra 2

para Ayse e Ainah




desde então



asfalasasfalas


osrisososrisos


sorrisinhossorrisinhos


oschorososchoros


asalegriasasalegrias


osabraçososabraços


osbeijososbeijos


osdesejososdesejos


dede


felicidadesfelicidades


sãosão


emdobro.emdobro.




sábado, 19 de fevereiro de 2011

Roda de Sábado - Regina Casé


foto:Vânia Toledo

1.

Gosto de Regina Casé. Desde que a vi em duas peças do Astrubal Trouxe o Trombone, grupo da qual ela fazia parte e de quem vi Aquela Coisa Toda e Farra da Terra no Sesc Pompéia.
Depois fui acompanhando a carreira dela nas telenovelas, filmes, seriados e programas como Tv Pirata, Brasil Legal, Um pé de quê, Central da Periferia, , este um quadro no Fantástico. Agora ela ganhou, durante o verão, um programa no domimgo da Globo, o Esquenta.
Ela avisou, faz uma homenagem para os antigos, Clube dos Artistas e Almoço com as estrelas, programas da extinta Tv Tupi.
Mas há quem critique os maneirismos cariocas da moça. Eu já a acho com a cara do Brasil. Isto podia ser constatado no Brasil Legal, que o Canal Viva irá reprisar agora. Ela ficava com a cara dos entrevistados, fosse ele um caboclo do norte ou uma dondoca do sul. E quase não houve programa em que lágrimas não rolaram na despedida.
Se a crítica que se faz ao Esquenta se refere às manifestações funkeiras ou do samba de pagode, do chiado do sotaque, oriundas do Rio de Janeiro, Regina abraçou de vez o pagode meloso paulistano, não tem programa sem um grupo de São Paulo, com a platéia toda cantando junto, mostrando que a periferia está mais integrada do que se parece e o Brasil está diferente. E é preciso ouvir o que dizem quem passa por lá. Feito isso se reparará que mesmo Lula e FHC comugam em alguns pontos uma mesma idéia, de que este país está diferente e as pessoas estão mais confiantes.
Com todos os maneirismos continuo com Regina, como sempre tive, desde o começo.


2.

Passada a fase da vitrolinha da Mana, passaram por minha casa outros dois aparelhos de som, um deles resistindo ainda comigo, um 3 em 1.
O encarregado informal de abastecer as agulhas com o pagode que saia do bairro de Ramos do Rio de Janeiro e o funk, soul americano, era meu irmão Ruy. As novidades dessa área chegavam vindo pelas mãos e gosto dele.
Foi assim que num período de tenebrosas nuvens, onde abracei a ortodoxia escorpiniana por completo, ele chegou com um vinil do Almir Guineto em casa. E foi ouvindo o disco e adotando como um mantra a faixa Conselho, que fui abrindo aos poucos a janela e a porta do quarto, indo para a sala e abrindo a porta da rua, para ao menos ver o movimento.
Regina Casé contou uma história parecida. Envolvendo ela e o marido e a música Conselho.
Emocionante.








3.

No mesmo programa Regina fez mais. Uma homenagem para Jovelina Pérola Negra. Que também era daqueles nomes levados pelo meu irmão, para tocar lá casa. E fez Regina uma coisa que já fiz em versos de postais, gravações em fitas cassete. Destacando, grifando o verso:

"Prá nivelar a vida em alto astral."




Merecem, Jovelina e Regina, homenagens.



domingo, 13 de fevereiro de 2011

Própria (pa)Lavra


Até o fim do mundo


janeiro 20Justificar


As roupas costuradas com teflon em três camadas, não estão resolvendo mais. O calor é insuportável. Nenhuma sombra, nenhum sinal de conforto. Verão tórrido no mundo todo. Um eterno verão, desde que as tempestades solares, previstas pelos cientistas, se intensificaram. Nos últimos dias as sirenes não cessaram. Ambulâncias, carros de bombeiros, viaturas policiais, transformam tudo num zumbido só. As crianças gritam junto, estão indóceis. Todos estão irritados. O serviço de Saúde Pública não se cansa de recolher corpos nas ruas. Tropeça-se com eles a todo momento que se sai às ruas. Fora os que andam desesperados. As igrejas, os cultos estão cheios. Rezas, gritos, muito choro e pedidos de perdão. Os mais fanáticos preveem um Messias. Aproveitadores prometem reinos celestes. Muitos querem fugir da cidade, as estradas estão cheias. Ir para onde? Outros se conformaram e se preparam para o inevitável. Seo Dagoberto, meu vizinho de porta, pediu para a dona Miriam, do primeiro andar, beijos e noites juntos até o fim. Não há muitos lugares para se ir. Sem a camada de defesa da Terra, objetos caem do céu explodindo no chão a quase todo momento. Os abrigos subterrâneos são um paliativo. Construídos às pressas, quando o Governo Mundial se deu conta do atraso, servem para poucos, para os de sempre, os endinheirados, os comparsas dos Governos Periféricos. Estão lotados. Há brigas ferozes para se entrar neles. Quem tem dinheiro pode ainda conseguir uma vaga ou piratear uma senha de acesso e vendê-la como oficial. Este é o meu ganha pão da temporada. Já roubei carregamento de teflon. O Setor de Segurança já me descobriu.
É por isso que esses dois homens que subornaram meu porteiro alcoólotra, estão subindo atrás de mim. Um pelo elevador, outro pelas escadas. Apesar das transmissões estarem com estática, consegui ver pelo vídeo do interfone. Vou tentar chegar no apartamento da Renia, minha amiga do andar de baixo, com quem pensei em ter o mesmo procedimento do seo Dagoberto com dona Miriam, e que deixou uma cópia da chave, para que eu tivesse o trabalho inútil de cuidar de plantas e peixinhos, enquanto ela fugia para se reconciliar com a mãe. Ao menos dei um enterro digno aos peixes. Sei que não há saída. Nem tenho a pretensão de me reconciliar com ninguém. Minha família nem se lembra de mim. Tive casos fúteis e
amizades desabonadoras, vícios de toda ordem. Não me sinto em condições de pedir perdão. Vendo minha vaga no confessionário para interessados, se eles ainda estiverem vivos.
Ontem no pouco que consegui captar da transmissão do canal de filmes antigos, vi partes de um filme que lembrou minha adolescência. Sorvetes, encontros e risadas. A última nota que vi na internet dava como residência dela, o Quadrante Sul da cidade. Peguei pouca coisa na fuga do meu apartamento. Pirulas de vitaminas, chips de hologramas de disfarces, gps e um aparelho jurássico do século vinte, herança de algum parente, que nunca quis jogar fora, um walkman com algumas fitas-cassete pré gravadas. No apartamento de Renia deve ter algumas outras coisas. Não quero peso. Não faz sentido. E depois, assim que eu despistar esses dois vou tentar chegar por lá. Já que agora na palavra dos cientistas com confirmação das autoridades do Governo Central é oficial. Daqui cinco dias é o fim do mundo. E é o aniversário dela.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Vida Nova, imprimindo novos rumos





Uma história em duas partes



O céu depois da chuva



sonho recorrente


a primeira sensação é boa, gostosa. parece um encontro com essa mulher, cujo rosto não vejo mas, que me perdoou por alguma coisa e aceitou me encontrar. a sensação, gostosa, do encontro, do perdão e de conhecê-la embora ela parece também mudar de rosto e ser tantas que eu conheci. tantos perdões. é um dia claro. parece um piquenique. eu tenho flores para essa mulher. me sento ao lado dela.
conheço a voz, o rosto não vejo mas parece ser de muitos, muitas. a coisa muda quando ela me pergunta.

o que voce está fazendo aqui ?

neste momento entro naquele sonho de direito universal adquirido pela humanidade, estou em pleno ar, caindo sem paraquedas. caindo, caindo. acho que me salvo e depois duvido. me dou conta que é sonho e depois duvido. e duvido mais quando esse outro personagem aparece e me pergunta, eu já sem aquela sensação gostosa do perdão. do encontro.

o que voce fez com o presente que eu te dei ?

pesadelo agora. sei que gritei. acordo suado. minha morte ?
freud, jung explicam. a terapeuta assinou embaixo. a morte nos sonhos não é sinal de coisa ruim. pode significar, mudanças.

a mulher cujo rosto não indentifico voltou para a vida real. volto para a vida real. e nela mudado, vou precisar marcar encontros para pedir perdão e realizar novos sonhos. mudanças.

acordei de um pesadelo sábado último. quando voltei para o sono. um homem soltava balões coloridos num céu muito claro e azul. uma mão macia me era estendida. mudanças.



Perspectivas para um Pivete Neguinho - Quase epílogo


2.

fim de ano letivo. colégio vazio. as notas estão afixadas na parede. uns textos meus, primários, já frequentaram aquele espaço. olho primeiro as notas da classe dela só para confirmar o que eu já sabia. o ano que vem se eu quiser vê-la passar, devo ir até a porta do padre vieira no bairro de santana ou no salete no mesmo bairro. para o ceca(casimiro de abreu) ela não irá. o rádio da cantina está ligado como sempre na rádio bandeirantes. é onde ouço o fim do programa do ferreira martins quando chego no colégio. na cantina, alice está ajudando a mãe dela a recolher parte do estoque, ela também vai sair do colegio. ainda não dançamos a única música de nossas vidas. reparo, que a menina que me chamava atenção e estudava em outra classe, cuja casa na Vila Paiva, eu conseguia ver dos campinhos de várzea do Carandiru quando a bola ia para a lateral, está num dos bancos, de vestidinho estampado e com as mãos ocupadas com algum papel. não reparo no bedel às minhas costas. você viu quem está ali ? ele reparou que eu reparo nela, outra história. vai lá, se despede ao menos dela. vou. a voz do ferreira martins entra pelo pátio anunciando a próxima música, "Johnny Nash, I can see cleary now "...que começava a reverberar nas paredes e no quase vazio do pátio interno e o transforma num cenário lisérgico. reparo em tudo para guardar no album que criei dela em minha memória. as sandálias, os pés cruzados com as unhas sem esmalte, as pequenas flores do estampado vestido, o papel das mãos, embalagem de um bombom o penteado preso em rabo de cavalo com elástico como ela sempre usava e o rosto levantando aos poucos ao ouvir minha chegada. oi parabéns, voce passou. voce também, parabéns. sorriso matador, balançada de cabeça para a direita e aquele rosto decorado, imprimido para todo sempre na memória. vou para o padre antonio vieira. bacana. to com medo. nao precisa ter medo (hum, quem fala), voce acha ? não. vai em frente.voce é corajoso (hum, minto bem). mais sorriso e mais balançada de cabeça. alice chega. vamos ? vamos, ela. ah parabéns pedro, voce passou, eu vi.obrigado. antes de se levantar, ela arruma alguns fios soltos do penteado atrás da orelha . me dá um abraço. seja feliz. escreva muito. pele macia, lábio macio no meu rosto. tchau. outro beijo de alice. tem bailinho sábado, vai? nós ainda não sabemos que dançaremos a mais improvável música. e que vou sentir aquele corpo e o perfume dela por muito tempo. tchau. felicidades. elas saem. reparo no que não gosto em despedidas, as costas das pessoas. elas encontram o bedel, o cumprimentam e saem. ele vem em minha direção. tenho um nó em minha garganta.e ai? tchau seu romeu, até o ano que vem. pedro e o meu abraço menino ? não dá seu romeu, vou chorar na rua. vem cá menino me dá um abraço. vida nova meu filho.vida nova.










P.S.

no post anterior eu disse que o nome do quadro no programa do luiz carlos saroldi era, as dez músicas que fizeram sua cabeça. não era. o quadro se chamava, as músicas que marcaram minha vida. o título colocado era de um programa da cultura-am em são paulo.