quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Kim Novak e William Holden



Desculpem meninas, os tempos são de bundões. Dos dois lados. Os possuidores e os interessados. Os possuidores, querendo fazer uso para alcançar algo, que durará um tempo. E os apreciadores, que acham que em posse, poderam chegar ao nirvana.
Num mundo desses, não há muita salvação. Por isso se comemorar, no lusgo fusco da insônia, a aparição de Kim Novak e William Holden, por descuido de algum programador de filmes.
Em Férias de amor(Pic nic), os dois, estrelam, um dos três filmes com mais carga de sensualidade que esse blogueiro já viu, nada explícito, que fique claro, era uma outra era, acho até, que foi em outra vida. Fica em segundo lugar, entre Corpos Ardentes (Body Heat), onde Kathleen Turner faz gato e sapato de um William Hurt desesperado e Anatomia de um crime (Anatomy of a murder), onde Lee Remick, só não engana ao promotor do caso e leva ao marido à uma crise de ciúme fatal.
Olhei para William Holden na adolescência. Olhando também para meu pai, meus tios, primos e irmão. Na maneira como eles tiravam as mulheres para dançar. Não havia bundões. Mesmo se tomassem um "bolo", a tentativa de tirar um guria fazia parte do apredizado. Hoje as aulas de dança de salão, são escassas de homens.
Olhei para kim Novak, pensei se além do estofo intelectual, simpatia, boa índole, as mulheres que cruzassem minha vida, deixassem ser convidadas para dançar comigo.
A palavra é afrodisíaco, já disse alguém que não me lembro. A dança também. Na bruma da minha insõnia, Kim Novak e William Holden, me relembram disso. Mas nesses tempos de bundões, de mulheres com apelidos de frutas,quem entenderá ?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Negro Sunshine - Glenn Ligon





Instalações, vídeos, pinturas, serigrafias com palavras sobrepostas e repetidas. É com essa exploração de várias vertentes artísticas, que Glenn Ligon executa o seu trabalho. Nascido no Bronx, New York em 1960, seu trabalho diz muito sobre sexualidade e racismo na história da vida americana. O MOMA é um dos muitos museus que tem em seu catálogo suas obras.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O segredo do sucesso

fora de minhas trincheiras, a vida escorre

d'apres Rodrigo Carneiro
O segredo do susesso por Andre Williams


Andre Williams - Jailbait

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Elton John, Bernie Taupin e Alice

Meu inglês precário veio muito da música. Copiar letras e tentar saber o que aquelas palavras, muitas cheias de consoantes, significavam davam um especial prazer. Menos claro, do que aquela outra sensação experimentada de sair de uma sala de cinema com a impressão, de que o domínio da língua era completo.
Um colega de classe certa vez chegou com duas letras de música. Ele chegou a mim com a informação de que eu sabia a tradução das músicas que tocavam no rádio. Uma era Angie, dos Rolling Stones. A outra era uma letra do Elton John, na verdade do parceiro dele, o Bernie Taupin. Esse colega de classe me perguntou se eu podia traduzir para ele, porque ele queria entregar numa carta para uma garota de uma turma à frente da nossa. Era a letra de Tiny Dancer. Ele ainda me perguntou se a música não era a cara da Alice, a tal garota. Ele, me disse, sentia que era.
A mãe da Alice administrava a cantina do ginásio Toledo Barbosa, na zona norte da capital paulista. E eu já conhecia o Elton John de outros carnavais. Tinha até um vinil comprado com o auxílio de minha irmã, mas aquela em questão não me lembrava. Tentei saber.
Um pai de outro amigo trabalhava na Rádio Bandeirantes. Sei lá porque, o pai desse amigo/vizinho, pegou vários lps da discoteca da emissora. Esse amigo me mostrou o acervo. Dava inveja. Tinha dois vinis do Elton John. Um era lançamento, The Captain Fantastic and Brown Dirty Cowboy, que venderia milhões. O outro era Madman across the water, que eu não conhecia.Mas lá estava Tiny dancer, lado a, primeira faixa, a letra eu já tinha.
A impressão me passada por Bernie Taupin era a de que escrever era fácil em qualquer língua. E Elton John com sua música se casava bem com as construções do letrista. No meio do caminho comecei a achar que Alice tinha mesmo a cara da música. Se bem que eu sempre achei que Sweet painted lady, era mais, e canção que de certa forma me embarga a alma até hoje. Aliás ela ficou com a cara de todas as músicas de Elton John a partir dali, todas menos, Blue eyes, que é outra história.
Elton John está na praça. Mas fui para outros caminhos. Eu, meu colega de classe e Alice, suponho.Quando assisti o filme Quase famosos (Almost famous), meio biografia do diretor Cameron Crowe, me lembrei daqueles dias em que preparei a tradução para o meu colega de classe, de como as palavras são bonitas em qualquer língua, do meu precário inglês e da Alice , que não deve vender mais doces em cantinas, naquelas tardes, de andar leve pelos espaços do ginásio. Mas continua com a cara da menina de Tiny dancer, e de muitas músicas do Elton John, menos claro, de Blue eyes, que é outra história.

Tiny Dancer
Blue jean baby, L.A. lady, seamstress for the band
Pretty eyed, pirate smile, you'll marry a music man
Ballerina, you must have seen her dancing in the sand
And now she's in me, always with me, tiny dancer in my hand

Jesus freaks out in the street
Handing tickets out for God
Turning back she just laughs
The boulevard is not that bad

Piano man he makes his stand
In the auditorium
Looking on she sings the songs
The words she knows, the tune she hums

But oh how it feels so real
Lying here with no one near
Only you and you can't hear me
When I say softly, slowly

Hold me closer tiny dancer
Count the headlights on the highway
Lay me down in sheets of linen
you had a busy day today

Blue jean baby, L.A. lady, seamstress for the band
Pretty eyed, pirate smile, you'll marry a music man
Ballerina, you must have seen her dancing in the sand
And now she's in me, always with me, tiny dancer in my hand




Elton John - Tiny Dancer


em tempo.
Bernie Taupin escreveu a letra para uma namorada e como era gostoso berrar pelos corredores do ginásio, "Hold me closer tiny dancer, count the headlights on the highway"

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um post menos pesado


"Eu me recuso a alistar-me nas forças militares de Israel por objeção de consciência. Não estou disposto a me tornar parte de um exército de ocupação que é invasor de terras estrangeiras há décadas, que perpetua um regime racista de roubo nessas terras tiraniza civis, a torna a vida difícil para milhões sobre o falso pretexto de segurança.
"

Shministim, é um grupo de jovens israelenses entre 16 e 19 anos. Eles recusam o alistamento militar. Estão sofrendo por conta disso. Estão presos, alguns, e sofrem por conta de familiares, amigos, que os pressionam. Já há uma mobilização pela soltura desses jovens. O texto acima, é a carta de recusa que eles leem. Como disse alguém que eu conhece e adoro. "Ainda tem gente boa nesse mundo !". "Evoé jovens à vista !"

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

alguns dos "perigosos terroristas" do Hamas




e essas são fotos das mais suaves.




e para esquecer um pouco. podia ser diferente não podia ?
Israeli soldier,Palestinian boy


as crianças de Gaza

Do milhão e meio de pessoas que estão enjauladas sob bombardeio em Gaza, quase 50% é composta de crianças de menos de 15 anos de idade. Os palestinos, e muito especialmente os palestinos de Gaza, são regularmente submetidos a um dos maiores horrores imagináveis: pais e mães enterrando crianças trucidadas por massacres militares.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Bom Ano

Já vai célere 2009. Mas confesso que esses primeiros dias me deprimiram. Não que achasse que a mudança no calendário trouxesse ao homens de má vontade, uma expressão, uma chance de mudança de comportamento e postura. Do ser humano, não espero muita coisa. Não quis ver imagens da Faixa de Gaza. Não quis saber. Sei que emissoras do mundo estão com suas lentes lá. Acho que se concretizada a invasão com ênfase, será um verdadeira carnificina. Maior do que já é. E acho que os dois lados não tem razão nessa história. E há muito preconceito de parte a parte. É só ler os comentários na internet, esse campo "racista" tecnológico em vez de cultura e divertimento.
Assim como a sucessão presidencial que já vai tomando "jeitinho' na imprensa brasileira. A Veja por exemplo vê "imposição" para um terceiro mandato de Lula. Quem falou nisso por parte do governo, não sei. Mas Veja sabe. Assim como parece que José Serra será alçado a condição de "salvador" e administrador", um cara que nunca se viu na história política brasileira. De onde tiraram essa "qualidade" dele, não sei. Mas a imprensa ao longo de 2009 tentará nos convencer disso.
Reflexivo ainda e utópico espero sempre um vida melhor, para quem não tem. Desejo "bobinho" diante de um mundo assolado pelo pior lado do que um ser humano pode produzir.Depois não querem que eu me refugie na música, no cinema, na literatura, nas artes enfim. Bom Ano.