sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Michael Jackson - 50 anos

"eu quero aproximar/ o meu cantar vagabundo/daqueles que velam pela alegria no mundo" (Caetano Veloso, in Podres Poderes)


chegava pelas frestas da vizinhança o colorido de um desenho que era festa só. na transição londrina são paulo, ficamos sem tv. o desenho do jackson five chegava em pedaços. pelas ondas do companheiro rádio, sabia-se que ele iniciava carreira solo. e seu primeiro sucesso já era tema de novela.
Jackson Five - ABC


ben, como saberíamos mais tarde, era um ratinho. não importava. em lp ou compacto simples, a música já tinha servido de pretexto para convite à danças nos bailinhos. e aquele neguinho podia ser um de nós "pretinhos" do terceiro mundo. em nossas salas tentanto imitá-lo em sua dança.

ben


a professora de inglês veio com uma aula diferente. tirou da bolsa um gravador e tocou uma música para a sala ouvir. enquanto a música tocava ela foi distribuindo a letra da música. resolveu perguntar quem sabia cantar a música. foi um show. rs. mais não conto.

one day in your life


ela já estava em carreira solo. quincy jones iria produzir dois dos melhores àlbuns do pop. "off the wall" e "thriller". mas ainda deu tempo de visitar os irmãos,nos seus últimos momentos de neguinho. esse vídeo foi exibido no ginásio do palmeiras, no evento da chic show, antes de "rock with you" .

blame it to the boogie
the boogie

bem aí deu no que deu. com momentos para lá de interessantes e perfomances de tirar o chapéu. crescemos. ele cresceu e se esqueceu.

off the wall


"michael jackson ainda resiste/ porque além de branco ficou triste" (gilberto gil)
man in the mirror


post dedidado para sujeitos que pelo menos uma vez na vida, ficaram em suas salas, ou diante de um aparelho de som tentando imitar seus ídolos.o que pela conta desse blogueiro é uma pá por aí e estão próximos. graças a Deus.

em especial para a Solange, a mãe da Amany, da Ayse e da Ainah.

"I wanna rock with you/all night/ rock night away"

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Paulo Leminski



pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando

paulo leminski
nasceu num 24 de agosto

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

a palavra é...

a palavra é Ossétia. e se não bastasse. Ossétia do Sul, o que pressupõe, uma do norte. confesso, faltei nessa aula de geografia do cáucaso, que Monica Waldvolgel, insiste em chamar de Balcãs. os tais "especialistas", né não Sidnei ?
ouvindo e lendo nos últitimos dias a palavra, nada em comparação, me lembrei de um samba, chamado Orora analfabeta, do compositor Gordurinha, interpretada por Jackson do Pandeiro, Jards Macalé e até Exaltasamba, que começa assim. "eu conheci uma dona boa lá em Cascadura.." Orora e Ossétia, parecem irmãs. e com o devido respeito, duas irmãs feias.
e se você, caro leitor, se apaixonasse, pela dona boa do cáucaso, Ossétia. e se apaixonado por ela, atirasse primeiro, para valer o seu amor. no caso do revide da família, mais preparada que você, continuaria atirando ?

domingo, 17 de agosto de 2008

Dorival Caymmi

Jean-Jacques Rousseau sobre a preguiça

É inconcebível a que ponto o homem é naturalmente preguiçoso. Dir-se-ia que ele só vive para dormir, vegetar, ficar imóvel; ele mal consegue se dispor a fazer os movimentos necessários para se impedir de morrer de fome. Nada mantém tanto os selvagens no amor do seu estado que essa deliciosa indolência. As paixões que tornam o homem inquieto, previdente, ativo, só nascem na sociedade. Nada fazer é a primeira e a mais forte paixão do homem, depois da de se conservar. Olhando-se bem, vê-se que, mesmo entre nós, é para chegar ao repouso que cada qual trabalha; é a própria preguiça que nos torna laboriosos.


De: ROUSSEAU, Jean-Jacques. Essai sur l'origine des langues. Paris: Aubier-Montaigne, 1974, p.129





é doce morrer no mar - monica salmaso


samba da mina terra - novos baianos




já escrevi sobre obituário aqui neste espaço. infelizmente, parte da vida. ah, e o homem era "preguiçoso". e é sim um dos quatro maiores compositores desse país.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Perdoar, esquecer

Perdoar é divino. Coisa para gente de grande alma mesmo. Jesus, Gandhi e Dalai Lama e alguns outros. É preciso ser quase santo mesmo.
Os comuns tendem à esperar na próxima curva para os acertos de conta. Uma das máximas da molecada nas ruas é, "Quem bata esquece. Quem apanha não !".
O perdão vem acompanhado de uma atitude maior, o esquecimento. Esquecer é mais que perdoar. É passar branquinho e começar do zero.
De novo a discussão sobre a tortura no Brasil. Ela existiu de fato. Perdoar é possível. Esquecer jamais. Não teria sentido. O chato é que toda vez que essa discussão se apresenta, olha-se o que as Forças Armadas estão pensando. Como se elas fossem de novo tomar de roldão esse país como já fizeram. Apoio, simpatizantes da causa não faltam. Quantas vezes já não ouvimos, que antes, com os militares era melhor. Que não tinha tanta corrupção. A economia andava.Enfim uma maravilha.
Triste é saber que Lula pede calma na questão. Que se esqueça e bola prá frente, como se nada tivesse acontecido. Aconteceu e foi triste. Aconteceu com ele. E por ele também gritou-se. Gente importante e do povo, tomou partido, senão... Aconteceu e se a população, não pairasse sobre a vida, como se não fosse com ela, as punições aos torturadores teriam sido mais severas. A cidadania só existe quando o prejuízo bate a porta do cidadão. Aí é uma grita geral.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ronca Ronca e Nina Becker


(ainda de mal com as maiúsculas)

a primeira vez que ouvi a expressão, "mais feliz que pinto no lixo", foi no programa de rádio ronca ripa, do fotógrafo/dj/produtor, maurício valadares. jamelão, quando bill clinton, foi a mangueira, a usou, para falar da emoção do ex-presidente americano, por estar onde estava.
de forma claudicante, porque moro em são paulo, tenho acompanhado, a trajetória radialística do cara. tarefa facilitada nos últimos anos, pela internet. mas já conhecia o trabalho dele, desde a fluminense-fm, "a maldita", do rio de janeiro. além de seus trabalhos como fotográfo. depois da fluminense, vieram, panorama, globo e rádio cidade. e até desembocar agora na oi fm. certa ocasião ele perguntou se o programa dele daria certo em são paulo. com a chegada da oi-fm a são paulo os paulistas agora tem a chance de responder. o programa não tem roteiro. o que é legal. nada daquelas playlists de computadores. o cara toca o que lhe dá na telha. e o cara tem estofo. viaja, vê show, fotografa e escreve. além de dar festas prá lá de bacanas no rio de janeiro, ah, ainda gosto de futebol. é vascaíno, ninguém é perfeito, e admirador do liverpool, santa glória. ronca, oi-fm, em são paulo, 94.1, dez da noite.


nina becker - janela

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Isaac Hayes, um dos caras

quando preparava esse post, pensei em falar de jogos olimpícos, de algumas piabas brasileiras. se é para ser a maior delegação de todos os tempos, não pode ser a mais surrada de todos os tempos.pensei em falar do campeonato brasileiro, série a, série b, of course. pensei em comentar post do blogueiro amigo, sidnei brito, cujo link, esta aí à direita acima, no quase tudo, e o texto dele, é melhor, do que o meu comentário seria. pensei em falar da rússia, mandando bala nos georgianos, enquanto putin, desfila em pequim. evo morales. enfim.
aí, em caixa baixa mesmo. morgan freeman, bate na trave. e bernie mac. e cáspita, isaac hayes, não. e ontem foi dia dos pais. e ir ao cinema ter haver com a grana que o meu pai me dava, para ir às sessões de cinema em londrina, cidade onde nasci. e de tanto ir, fiquei conhecido, dos porteiros e bilheteiros. e em certas ocasiões eu perguntava se o filme exibido poderia ser assistido por mim. minha cara às vezes poderia parecer de choro, porque muitos filmes eram impróprios para a minha idade. foi assim com shaft. um filme que me pegou desde o primeiro momento. pela música, que me fez me mexer nas cadeiras, desde os primeiros acordes. e também por ter um homem negro no papel principal. o que me daria uma dimensão de beleza e orgulho, só experimentada mais tarde, quando observava meu irmão mais novo, o ruy, se preparando para os bailes de música negra em são paulo. saí do cinema me sentido poderoso e maior do que eu era. por conta do filme e principalmente da música. a música, daria ao seu autor, o oscar de melhor canção, respeito e outros prêmios. ultimamente, issac hayes era mais conhecido por emprestar seu vozeirão ao personagem, chef, do south park. e numa madrugada dessas, o revi num filme, onde ele faz um cupido negro, para nicolas cage e bridget fonda. pois é, numa semana em que revi e trevi, a cena de buddy guy com os rollings stones à exautão, fecha assim. rest in peace, broda.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Ai que preguiça

com espírito de Macunaíma.
banzando,banzando

um dos melhores momentos do filme Shine a light, dirigido Martin Scorsese.

Rolling Stones e Buddy Guy, Champagne and reefer