Perdoar é divino. Coisa para gente de grande alma mesmo. Jesus, Gandhi e Dalai Lama e alguns outros. É preciso ser quase santo mesmo.
Os comuns tendem à esperar na próxima curva para os acertos de conta. Uma das máximas da molecada nas ruas é, "Quem bata esquece. Quem apanha não !".
O perdão vem acompanhado de uma atitude maior, o esquecimento. Esquecer é mais que perdoar. É passar branquinho e começar do zero.
De novo a discussão sobre a tortura no Brasil. Ela existiu de fato. Perdoar é possível. Esquecer jamais. Não teria sentido. O chato é que toda vez que essa discussão se apresenta, olha-se o que as Forças Armadas estão pensando. Como se elas fossem de novo tomar de roldão esse país como já fizeram. Apoio, simpatizantes da causa não faltam. Quantas vezes já não ouvimos, que antes, com os militares era melhor. Que não tinha tanta corrupção. A economia andava.Enfim uma maravilha.
Triste é saber que Lula pede calma na questão. Que se esqueça e bola prá frente, como se nada tivesse acontecido. Aconteceu e foi triste. Aconteceu com ele. E por ele também gritou-se. Gente importante e do povo, tomou partido, senão... Aconteceu e se a população, não pairasse sobre a vida, como se não fosse com ela, as punições aos torturadores teriam sido mais severas. A cidadania só existe quando o prejuízo bate a porta do cidadão. Aí é uma grita geral.
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