terça-feira, 30 de setembro de 2008

Fita cassete imaginária (anotações)

(digitar como está na folha de papel)

fita cassete imaginária - Seleção para Iran Melo

esboços
lado a
. O Terço - Hey amigo
. O Terço - Foi quando vi aquele lua passar
. Os Mutantes - Posso perder minha mulher, minha mãe desde que tenha o rock'n'roll
. Os Mutantes - Não vá se perder por aí
. Legião Urbana - Perfeição
. Gilberto Gil/ Cazuza - Um trem para as estrelas
. Gilberto Gil - Febril
possível inclusão de alguém do clube da esquina



lado b
ainda incerta
. Eric Clapton - Alberta
. Bachman turner Overdrive - You ain'nt seen nothing yet
. Dovanon Frankenreiter - Free
. Iron and Wine - Naked as we came
. Alo - Maria
talvez Ben Harper, B- 52's, Black Crowes



uma lista que parece mais para mim, do que para ele. setentista total.


enquanto selecionava a música do terço me lembrei dessa chamada "Amigos". datilografar e mandar com a fita.

"nos cinco dedos da mão
eu contei a minha legião de amigos
sendo que cada nome que eu lembrei
me lembrei que a muito tempo
eu não vejo essa gente
mas como eu queria saber
eu não sei se é possível...reviver amizades
não se cada amigo que me mescuta me entende,
não sei se ainda temos os mesmo defeitos,
não sei...." ( o autor da letra não está anotado na ficha)

....li uma matéria na Folha, no caderno Ilustrada, sobre a revitalização da fita cassete....que coisa, tanta modernidade...
me lembrei do tempo diante dos vinis e de um aparelho 3 em 1, tentando fazer a melhor seleção para amigos e amigas, claro...(hum), me lembrei do amaral, que acabou me mandando o link da matéria via email. e me lembrei de uma fita para a Teca, que sei lá porque cargas d'àgua, continha Muddy Waters e outros negões... e acontecia sempre isso, meu gosto, sobrepunha ao do presenteado...
isso é uma brincadeira com amigos por aí.....

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pítacos, Machado de Assis

.Domingo de chinelas. Caldo de cana e comida farta. Ecos de festejos de aniversários. Rádios desligados. Esboços de um idéia interessante, que logo virá nesse blog.Filme e futebol na tv. Não gosto dos times do Grêmio, São Paulo, embora ache que mais uma vez ele chega lá. Calando minha boca e alimentando o ego de uma crônica esportiva servil. Fico com dó do olhar triste de alguns jogadores. Vi isso nos jogadores do Brasiliense, São Caetano, Ipatinga, Atlético Mineiro e, infelizmente nos olhos dos jogadores da Lusa. Acredito mais no Palmeiras. Mas o São Paulo é danado. O Cruzeiro é um time atrapalhado. E o Grêmio, bem o Grêmio era muito fogo de palha.
. "És do Brasil. o clube mais brasileiro", é um dos versos do hino corinthiano. Nos últimos tempos em vez de vociferar canções provocativas, a torcida, regida pela organizada Gaviões, redescobriu alguns hits da MPB. Primeiro foi a introdução da música "Amigo", de Roberto e Erasmo, que deu no "Não pára, não pára, não pára..". Depois foi "Não quero dinheiro" do Tim Maia, que foi adaptada com alguns versos citando o time. " A semana inteira fiquei esperando prá te ver Corinthians..". E agora é "Na frente do reto" do Grupo O Rappa, "O show tá começando....". É humilhante.Mas são divertidos os sábados de Série B. E sábado dá para unir o útil ao agradável. O jogo é em Londrina. Pegando carona no grupo Rumo, "Delírio meu, delírio".
O Rappa - Na frente do reto


trecho da letra..." O seu banco afundou/ foi demais/ tu rodou..", bem a propósito.

Frases de Machado de Assis

" A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente"

"A injustiça da natureza acostuma a gente aos seus golpes "

"Ao vencedor as batatas !" -

sábado, 13 de setembro de 2008

Viúva de Paulo Freire responde à Revista Veja

Roubado na caruda do blog do do jornalista Luis Carlos Azenha, Vi o Mundo é o nome do blog.
Viúva de Paulo Freire Escreve carta de repúdio à Revista Veja

por CONCEIÇÃO LEMES

Na edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:

"Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado".

Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.

Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:

"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.

Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.

A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.

Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do “filósofo” e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.

Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.

Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu “Norte” e “Bíblia”, esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.

Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!

São Paulo, 11 de setembro de 2008
Ana Maria Araújo Freire".


quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Agruras no Mundo Corporativo

No cinema é mais bacana o "Mundo Corporativo". Em "Em busca da felicidade", Will Smith, interpreta, o personagem da vida real, Chris Gardner. Numa determinada cena, ele vai para uma entrevista todo sujo de tinta. A coisa dá certo. Cinema é tudo.

Pegar dois ônibus para uma entrevista não é fácil. Diante ainda de um calor senegalês, pior ainda. Um dos mandamentos do "Mundo Corporativo" é sua apresentação. Mas, se você tem que pegar dois ônibus, é porque em parte você já está fora do pretendido por essa gente "corporativa". Você devia ter aberto uma poupança no seu último emprego e chegar de carro na entrevista. Evitaria estar empado num ônibus que não sai do lugar, por conta de motoqueiro morto na pista mais veloz. Só resta fazer o sinal da cruz e pedir que Deus, qualquer Deus, o receba em sua graça. Mas, é preciso descer do ônibus. Você tem uma entrevista. Mesmo empado de suor. E não há, diante do calor senegalêe já citado, uma bendita sombra. E o calor vem de todas as frentes. De concreto e vidro, que transmitem ainda mais calor, a cidade não te ajuda. Mas cadê as árvores ? Aí você chega no local da entrevista. Suado empado. E na sala de espera repara que só você está suado. Esses caram vieram de onde ?

"Tudo bem sr. Pedro ? (porque agora você é um sr.), pergunta a recrutadora. Tudo bem, levando-se em conta que o suor que agora escorre, daqui há pouco dará lugar para as Cataratas do Iguaçu.

Mesmo com isso você terá que decidir em instantes e diante de gente desconhecida e não suada, quem você levaria para "repovoar" outro planeta, já que pela história na dinâmica, a Terra sifu...

Aí você pensa se leva o cientista tetraplégico, a puta em idade fértil, o padre, uma professora, um bombado burro em idade fértil, tudo isso tomando cuidado para que não haja prosmiscuidade no novo "planeta". E vê se seu ponto de vista não colide com algum já queridinho da coordenação da dinâmica. Acabada a seleção da nova civlização, você será convidado para uma brincadeira de "escravos de jó". Você lembra que não fez pré escola e enquanto pensa, a brincadeira muitas vezes termina em você. E repara ainda que tudo que você sabe ou fez na vida não serve para nada. Quando você cai de novo na rua e no calor de rachar mamona, te vem a lembrança os comentários de Heródoto Barbeiro, Gilberto Dimentein, Max Gehringer e Mauro Halfeld. Você quer viver no mundo "corporativo" e de "oportunidades" desses "Polianas". Não nesse mundo aqui. Haja !

Impressão da imprensa

Caetano Veloso não aceitou as críticas de seu espetáculo com Roberto Carlos, em homenagem aos 50 anos da Bossa Nova, feitos por dois jornalistas de São Paulo, Sylvia Colombo da Folha e Jotabê Medeiros do Estadão.

Os jornalistas cariocas tiveram mais paciência com o espetáculo. Só nesta semana, se sentiu mais ofendido do que no primeiro instante, Jotabê Medeiros, via blog, começou `a responder. Sylvia ainda nada. Embora tenha trânsito sempre na imprensa brasileira, Caetano Veloso, está sempre às turras com parte dela. Mas muita gente de Veja, Folha, Estadão e uma nova e mais novíssima turma, vê nele, um dos totens da mpb, a ser despencado de sua altivez declarada.

Mas jornalistas paulistas/paulistanos tendem sempre à querer "um grande show", "o livro", "o filme", e até o primo pobre do jornalismo, a crônica esportiva, espera sempre, "um grande jogo", "o craque", "o time". Tudo tem que ser superlativo e moderno. A cara de São Paulo, esta terra diferente do restante do país.

Acho que o fato do Estado ter a USP, a Unicamp e a Puc daqui, aparentemente ser mais contundente do que a do Rio por exemplo, parece ter com o nível de exigência desse povo de jornais e "formadores de opinião", o mais ou menos é ruim. Não vale. Marta Suplicy, deve ter reparado nisso. Na atual campanha, declara, " que São Paulo quer sempre mais". Meia boca. meia sola, meio show, nem pensar.



Milena Ciribelli do Globo Esporte e Juliana Xavier do Spotv News, têm mais de 32 dentes. Eram ontem um sorriso só para falar de Seleção Brasileira, Robinho, Ronaldo no Flamengo. Aliás muita gente acampada na Granja Comary. Muito barulho por nada. Sobre a suposta armação na Copa de 2006, no jogo contra Gana, nada ainda. Por sinal, o jornalista canadense, Declan Hill, vai mais longe. Diz que os resultados fraudulentos, aparecem em Olimpíadas, Mundial Feminino e outros torneios. E tem gente que ainda sorri e dá trela mais do que a devida para essa gente.



Duas semanas atrás a Folha para não citar Marta Suplicy no primeiro lugar do seu instituto, na intenção de voto paulistano para a prefeitura, fez uma ginástica em sua manchete dominical. Anunciou em letras garrafais que Alckmin, perdia terreno para Kassab. Engenhoso.

Agora preucupada com escutas telefônicas e louca para pegar o vácuo dos factóides da revista Veja saiu com essa: "Agentes podem ter feito grampo, diz general ", aqui o que o homem, General Félix, disse:

" Não, certamente não. A Abin, como instituição, não fez e não faz essas coisas (grampos), mas quando digo que não descartamos nenhuma hipótese é porque trabalhamos com seres humanos. agora, se você me perguntar qual é probabilidade (de agentes terem realizado as escutas), eu diria que é baixa, porque os chefes têm controle dos seus funcionários".



Dá para levar a sério, o que se lê, vê e escuta ? Caetano tem certa razão.