quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Impressão da imprensa

Caetano Veloso não aceitou as críticas de seu espetáculo com Roberto Carlos, em homenagem aos 50 anos da Bossa Nova, feitos por dois jornalistas de São Paulo, Sylvia Colombo da Folha e Jotabê Medeiros do Estadão.

Os jornalistas cariocas tiveram mais paciência com o espetáculo. Só nesta semana, se sentiu mais ofendido do que no primeiro instante, Jotabê Medeiros, via blog, começou `a responder. Sylvia ainda nada. Embora tenha trânsito sempre na imprensa brasileira, Caetano Veloso, está sempre às turras com parte dela. Mas muita gente de Veja, Folha, Estadão e uma nova e mais novíssima turma, vê nele, um dos totens da mpb, a ser despencado de sua altivez declarada.

Mas jornalistas paulistas/paulistanos tendem sempre à querer "um grande show", "o livro", "o filme", e até o primo pobre do jornalismo, a crônica esportiva, espera sempre, "um grande jogo", "o craque", "o time". Tudo tem que ser superlativo e moderno. A cara de São Paulo, esta terra diferente do restante do país.

Acho que o fato do Estado ter a USP, a Unicamp e a Puc daqui, aparentemente ser mais contundente do que a do Rio por exemplo, parece ter com o nível de exigência desse povo de jornais e "formadores de opinião", o mais ou menos é ruim. Não vale. Marta Suplicy, deve ter reparado nisso. Na atual campanha, declara, " que São Paulo quer sempre mais". Meia boca. meia sola, meio show, nem pensar.



Milena Ciribelli do Globo Esporte e Juliana Xavier do Spotv News, têm mais de 32 dentes. Eram ontem um sorriso só para falar de Seleção Brasileira, Robinho, Ronaldo no Flamengo. Aliás muita gente acampada na Granja Comary. Muito barulho por nada. Sobre a suposta armação na Copa de 2006, no jogo contra Gana, nada ainda. Por sinal, o jornalista canadense, Declan Hill, vai mais longe. Diz que os resultados fraudulentos, aparecem em Olimpíadas, Mundial Feminino e outros torneios. E tem gente que ainda sorri e dá trela mais do que a devida para essa gente.



Duas semanas atrás a Folha para não citar Marta Suplicy no primeiro lugar do seu instituto, na intenção de voto paulistano para a prefeitura, fez uma ginástica em sua manchete dominical. Anunciou em letras garrafais que Alckmin, perdia terreno para Kassab. Engenhoso.

Agora preucupada com escutas telefônicas e louca para pegar o vácuo dos factóides da revista Veja saiu com essa: "Agentes podem ter feito grampo, diz general ", aqui o que o homem, General Félix, disse:

" Não, certamente não. A Abin, como instituição, não fez e não faz essas coisas (grampos), mas quando digo que não descartamos nenhuma hipótese é porque trabalhamos com seres humanos. agora, se você me perguntar qual é probabilidade (de agentes terem realizado as escutas), eu diria que é baixa, porque os chefes têm controle dos seus funcionários".



Dá para levar a sério, o que se lê, vê e escuta ? Caetano tem certa razão.

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