quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Agruras no Mundo Corporativo

No cinema é mais bacana o "Mundo Corporativo". Em "Em busca da felicidade", Will Smith, interpreta, o personagem da vida real, Chris Gardner. Numa determinada cena, ele vai para uma entrevista todo sujo de tinta. A coisa dá certo. Cinema é tudo.

Pegar dois ônibus para uma entrevista não é fácil. Diante ainda de um calor senegalês, pior ainda. Um dos mandamentos do "Mundo Corporativo" é sua apresentação. Mas, se você tem que pegar dois ônibus, é porque em parte você já está fora do pretendido por essa gente "corporativa". Você devia ter aberto uma poupança no seu último emprego e chegar de carro na entrevista. Evitaria estar empado num ônibus que não sai do lugar, por conta de motoqueiro morto na pista mais veloz. Só resta fazer o sinal da cruz e pedir que Deus, qualquer Deus, o receba em sua graça. Mas, é preciso descer do ônibus. Você tem uma entrevista. Mesmo empado de suor. E não há, diante do calor senegalêe já citado, uma bendita sombra. E o calor vem de todas as frentes. De concreto e vidro, que transmitem ainda mais calor, a cidade não te ajuda. Mas cadê as árvores ? Aí você chega no local da entrevista. Suado empado. E na sala de espera repara que só você está suado. Esses caram vieram de onde ?

"Tudo bem sr. Pedro ? (porque agora você é um sr.), pergunta a recrutadora. Tudo bem, levando-se em conta que o suor que agora escorre, daqui há pouco dará lugar para as Cataratas do Iguaçu.

Mesmo com isso você terá que decidir em instantes e diante de gente desconhecida e não suada, quem você levaria para "repovoar" outro planeta, já que pela história na dinâmica, a Terra sifu...

Aí você pensa se leva o cientista tetraplégico, a puta em idade fértil, o padre, uma professora, um bombado burro em idade fértil, tudo isso tomando cuidado para que não haja prosmiscuidade no novo "planeta". E vê se seu ponto de vista não colide com algum já queridinho da coordenação da dinâmica. Acabada a seleção da nova civlização, você será convidado para uma brincadeira de "escravos de jó". Você lembra que não fez pré escola e enquanto pensa, a brincadeira muitas vezes termina em você. E repara ainda que tudo que você sabe ou fez na vida não serve para nada. Quando você cai de novo na rua e no calor de rachar mamona, te vem a lembrança os comentários de Heródoto Barbeiro, Gilberto Dimentein, Max Gehringer e Mauro Halfeld. Você quer viver no mundo "corporativo" e de "oportunidades" desses "Polianas". Não nesse mundo aqui. Haja !

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