Londrina - Verão 2010
Osmar, Pedro e Paulo
Não consigo ouvir J.J. Jonhson, Raul de Souza, intrumentos de sopros em bandas ou gafieiras, sem lembrar dos solos de boca do meu pai.
Ouvir Angela Maria, Nelson Gonçalves, desembocando em Joe Williams ou a gravação de Ray Conniff para Strangers in paradise, é impossível não lembrar no Tio Paulo, isso sem dar uma parada na sala da casa de minha avó Rosa, onde ela mantinha uma foto dele, em apresentação numa rádio londrinense.
E todo vez que ouço Cristina Buarque de Holanda cantando Quantas lágrimas, do portelense Manacéa, penso no meu Tio Osmar participando da gravação ou nos contando detalhes da convivência com o pessoal do Trio Mocotó, Originais do Samba, entre outros.
Os movimentos negros costumam reclamar da falta de referências na cultura brasileira para as crianças negras.
Para mim bastava olhar ao redor: avós, pais, tios, tias, irmãos,primos e primas deram-me material suficiente para aguçar minha curiosidade no mundo. Era ver a Dulcinéia, se preparando para o vestibular e explicando qual era o caminho. Era mexer nos discos de Agnaldo Timóteo, Renato e seus Blue Caps dos filhos da tia Dita. Era passar na casa da Tia Dair, ainda não entendo o porquê do apelido da Rosa Dair ser "Coquico", e sair para pescar com o Tio Salvador e o João Carlos. Ou ver o Beto na tv jogando pelo Contilex, ou vê-lo na saída do VGD, com o par de chuteiras na mão. Ou passar algumas noites na casa do Tio Zeze e Tia Ignes, namorando a coleção Tesouro da juventude, dos primos José Antônio e Luis Claudio. Ou a risada do Zé da Tia Cida, que deu a trombada de carro mais ridícula que eu vi na vida. Era só olhar ao redor.
Não disassocio meu sorriso do deles e nem o fato de apreciar, amizades, encontros, futebol, música e mulher bonita, não nessa ordem.
"Bença Pai, Bença Tios !"
Não consigo ouvir J.J. Jonhson, Raul de Souza, intrumentos de sopros em bandas ou gafieiras, sem lembrar dos solos de boca do meu pai.
Ouvir Angela Maria, Nelson Gonçalves, desembocando em Joe Williams ou a gravação de Ray Conniff para Strangers in paradise, é impossível não lembrar no Tio Paulo, isso sem dar uma parada na sala da casa de minha avó Rosa, onde ela mantinha uma foto dele, em apresentação numa rádio londrinense.
E todo vez que ouço Cristina Buarque de Holanda cantando Quantas lágrimas, do portelense Manacéa, penso no meu Tio Osmar participando da gravação ou nos contando detalhes da convivência com o pessoal do Trio Mocotó, Originais do Samba, entre outros.
Os movimentos negros costumam reclamar da falta de referências na cultura brasileira para as crianças negras.
Para mim bastava olhar ao redor: avós, pais, tios, tias, irmãos,primos e primas deram-me material suficiente para aguçar minha curiosidade no mundo. Era ver a Dulcinéia, se preparando para o vestibular e explicando qual era o caminho. Era mexer nos discos de Agnaldo Timóteo, Renato e seus Blue Caps dos filhos da tia Dita. Era passar na casa da Tia Dair, ainda não entendo o porquê do apelido da Rosa Dair ser "Coquico", e sair para pescar com o Tio Salvador e o João Carlos. Ou ver o Beto na tv jogando pelo Contilex, ou vê-lo na saída do VGD, com o par de chuteiras na mão. Ou passar algumas noites na casa do Tio Zeze e Tia Ignes, namorando a coleção Tesouro da juventude, dos primos José Antônio e Luis Claudio. Ou a risada do Zé da Tia Cida, que deu a trombada de carro mais ridícula que eu vi na vida. Era só olhar ao redor.
Não disassocio meu sorriso do deles e nem o fato de apreciar, amizades, encontros, futebol, música e mulher bonita, não nessa ordem.
"Bença Pai, Bença Tios !"