o SEO ANTÕNIO estendeu uma lona na garagem. instalou algumas lâmpadas. com outra extensão ligou a vitrola que carregou da sala com a ajuda dos meninos. meninos, éramos cinco. eu, BETO, MARCELO, GERSON e o JOSÉ que ia para o colégio de carona na RURAL WYLLIS do pai salpicada de barro vermelho e tinha me ensinado algumas músicas do WALDICK SORIANO. meninas eram sete, a filha do SEO ANTÕNIO a PATRÍCIA, a NORMA, ESTEFÂNIA, GLÓRIA, OLGA, TERESA CRISTINA e a DENISE. A DONA CELINA serviu sucos e lanches. só o dono da casa tomava cerveja e em pequenos goles nos introduziu na mistura de pinga e coca-cola. choveu passageiro naquela tarde em LONDRINA o suficiente para impregnar nossas narinas com o cheiro de terra molhada. quando o céu começou a se avermelhar e o arcebispo começava a AVE MARIA na RÁDIO ALVORADA o SEO ANTÕNIO colocou o primeiro disco e chamou a DONA CELINA para dançar e pediu que os meninos fizessem o mesmo com as meninas. ninguém ficou sem dançar, nós meninos dançamos até com a DONA CELINA. não percebemos o céu ficar estrelado sobre a lona da garagem. lá pelas tantas, eu que estava de férias na cidade e já me sentia um forasteiro paulistano fui embora no último ônibus para a casa da minha avó ROSA chafurdado de alegria, toques femininos, delicadezas, perfumes e sonhos.
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