quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Cadillac Records



Gilmar Bernardes é brasileiro. Ele é o presidente da cadeia Cinemark, aquela que está em quase todos os shoppings brasileiros, exibindo até à exaustão os blockbusters americanos. Em recente entrevista ele afirmou que o governo se intromete muito na exibição dos filmes. Falou também da meia entrada, que segundo ele é a responsável da entrada do cinema no Brasil ser tão cara. Há quem acredite nele, e sobre o balde de pipoca à R$8, nada, nenhuma palavra. E é bem provavel, que o balde da pipoca pague os filmes exibidos nas salas dos shoppings.
Cadillac Records, se passou pelo circuito, passou tão rápido quanto a história retratada nele. Porque a diretora Darnell Martin vai direta ao ponto, sem enrolações. O filme trata da idéia de Leonard Chess, de primeiro ter uma boate e depois abrir uma gravadora para os cantores negros, fundando a Chess Records, gravadora por onde passaram, Muddy Waters, Little Waters, Willie Dixon, Howlin' Wolf, Etta James e Chuck Berry. É de como essas parcerias foram se formando, que o espectador ficará ao par, se já não tiver a mínima idéia do que se trata.
São os atores que interpretam as canções conhecidas. A cantora Beyoncé Knowles, não desafina na interpretação de Etta James e Mos Def dá veracidade a sua interpretação de Chuck Berry.
Além deles, Adrien Brody e Jeffrey Wright seguram as pontas da história, quase toda com foco neles, destacando o encontro de Chess e Muddy Watters, história que desembocaria no tudo ou muito que se sabe sobre rock'n'roll.
O cadillac do título do filme fica por conta da predileção dos músicos pelo carro em questão e se não passou pelo circuito, o filme agora chega em algumas locadoras, bem poucas, diga-se. Além das confortáveis salas de exibição, o publico tem acorrido bem pouco para as locadoras, e muitas nem se interessam por certos títulos. Mas, elas não teem a desculpa da meia entrada. Mas podem reclamar do preço do balde da pipoca.

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