quinta-feira, 10 de julho de 2008

Anatomia de um crime - Filme visto


Hollywood nunca aceitou com segurança, temas sexuais em seus filmes. Nos anos 50 então, era menos comum ainda. Otto Preminger, nasceu austríaco, e talvez por conta dos europeus serem menos desencanados que os americanos, tenha feito com que ele, realizasse, esse drama de tribunal, tendo um assunto complicado às mãos. Um tenente do exército, mata um suposto estuprador de sua mulher. Um advogado simplório, um promotor de nome e uma mulher que exala sensualidade, completam o quadro. E a sensualidade é que dá força a trama. O que era possível para a época. Uma sensualidade vista quatro anos antes, em 1955, em outro filme Pic-nic, Férias de amor. Advogado e filósofo, Otto Preminger, preferia temas, que expusessem, as nuances do ser humano. Trabalha isso por aqui. As testemunhas desfilam todas as idiossincrasias dos relacionamentos dos envolvidos. Tenso e agradável. O filme recebeu algumas indicações para o Oscar, James Stewart e George C. Scott incluídos. Não levou. A fotografia é em preto e branco.A trilha sonora ganhou um prêmio menos reconhecido do que o Oscar, mas merecia mais. Foi composta por um "tal de " Duke Ellington, que aparece no filme. Se o tema de sexo e sensualidade parecem quase piegas para os dias de hoje, o que pode mostrar envelhecimento da trama. Os caminhos que a lei pode tomar num julgamento, ainda causa sérios comentários depois de visto o filme.

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