segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amizades




São tênues os fios dos relacionamentos. Só a amizade parece ter sido tecida com fios mais nobres. Esse vínculo familiar, sem tradição sanguinea.
Nos últimos dias revi Ponte para Terabithia, e também terminei minha leitura anual de As Brasas, do escritor húngaro Sándor Márai. Os dois trabalham o tema com um delicadeza desconcertante. Trecho do livro:
"Viveram lado a lado desde o primeiro instante, como gêmeos no útero materno. Não precisaram fazer pactos de amizade como costumam fazer os garotos dessa idade, que se lançam com paixão e onstentação a rituais ridículos e solenes, dessa forma insconsciente e grotesca com que o desejo se manifesta entre os homens, qunado decidem pela pela primeira vez arrancar do resto do mundo o corpo e alma de outra pessoa para possuí-la com exclusividade. O sentido do amor e da amizade estava todo ali. A amizade deles era séria e silenciosa como todos os grandes sentimentos destinados a durar uma vida inteira. E como todos os grandes sentimentos, também continha certa dose de pudor e culpa. Ninguém pode se apropriar impunemente de uma pessoa, subtraindo-a de todas as outras."



no mais em silêncio, é possível admirá-las. apesar das benvindas provocações. amizade e amor. maturando o homem. meninos, bah, diriam elas. com certa razão.

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