Thomas Farkas (1924-2011)
"Que se sustente, meu deus....Uma coisinha de nada, mas com estilo" Francis Ponge
sábado, 26 de março de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
Pedaços do século xx
A Rádio Eldorado am, tinha uma programação séria. Seus locutores com voz muito grave, quase não se permitiam nenhuma graça. Era como se em vez de lermos o jornal Estadão, de quem era o braço radiofônico, o ouvíssemos, com aqueles editorias pesados.
Estevam Sangirardi certa vez no seu Show de Rádio então na Jovem Pan, fez graça com os locutores da casa, os colocou na voz de Odair Batista, transmitindo um jogo de futebol, numa ocasião em que a Rádio Camanducaia não pode fazê-lo, um clássico.
Os mais velhos, acho gostavam da Bandeirantes, Globo, Tupi. Os mais novos, se podiam mexer no rádio, ou acompanhavam os mais velhos ou mudavam para Excelsior ou Difusora, embora, qualquer rádio naquele tempo, fosse transmissora de novidades musicais.
A programação musical da Eldorado am era quase de jazz, orquestras, um ou outro tema popular. A Rádio tinha um bom estúdio no centro da cidade de São Paulo, mais aproveitado pelos artistas do que pela casa. Podia-se ouvir por lá um labo b de um disco bom.
Com a chegada da banda de fm e sua popularização, a Eldorado ganhou o prefixo, 92,9 mhz. Rocks menos pesado, mpb mais clássica, bossa nova à exaustão, jazz mais assimilável e algum r&b, uma programação diferenciada e de qualidade .
A banda am da rádio ainda sobreviveu com alguma música na madrugada. Foi assim nos anos 80 e 90 até definitivamente virar uma emissora jornalística.
A banda fm sobrevive com bons programas especiais, casos do Sala dos professores, Jazzmasters, Trip Fm e algum acerto do programador no Reserva Eldorado mas tem muita repetição para uma emissora de 53 anos e com uma discoteca que deve abarcar estilos dos mais interessantes e esqueceu de vez do bom estúdio no centro da cidade.
No próximo domingo as duas Eldorados como as conhecemos parece, deixa de existir. Vai virar mais esportiva em associação com a ESPN Brasil. Não é a primeira tentativa de emissora am em São Paulo de ser só esportiva. A Gazeta am já fez esta tentativa. Mas pecou ao pensar que só futebol resolvesse a questão e tinha poucos profissionais.
O certo é que cada vez mais o mundo no qual muitos cresceram e se formaram vai perdendo seu desenho. Mesmo achando graça de Sangirardi com os locutores da Eldorado sabia-se que se virássemos o dial, eles podiam estar por lá para nos orientar numa coisa ou outra. Quem ouviu, ouviu.
atualizando: a banda fm da Eldorado vai para os 107,3 mhz, ex-Brasil 2000, onde a voz maviosa desse blogueiro já desfilou seus graves e discos riscados ao lado de um amigo supra citado por aqui.
o Cine Londrina recebeu uma tela de 70mm, grandona. a grana para o cinema veio daqueles minutos na banca de jornal do pai. "Tá na hora, vai", disse o pai, era a deixa, o menino podia correr até um dos cinemas da cidade, eram cinco e ele os conhecia. Era o único menor por lá na programação de filmes clássicos para a inauguração da telona.
Ele na segunda fila apoiando o queixo na primeira parecia dentro do filme, até ela aparecer com a carona na telona encarando o menino, que já sabia da sua reação diante da beleza. a mesma tristeza que ele sentiu nessa semana.
O desenho do Século XX cada vez mais se desbotando.
Estevam Sangirardi certa vez no seu Show de Rádio então na Jovem Pan, fez graça com os locutores da casa, os colocou na voz de Odair Batista, transmitindo um jogo de futebol, numa ocasião em que a Rádio Camanducaia não pode fazê-lo, um clássico.
Os mais velhos, acho gostavam da Bandeirantes, Globo, Tupi. Os mais novos, se podiam mexer no rádio, ou acompanhavam os mais velhos ou mudavam para Excelsior ou Difusora, embora, qualquer rádio naquele tempo, fosse transmissora de novidades musicais.
A programação musical da Eldorado am era quase de jazz, orquestras, um ou outro tema popular. A Rádio tinha um bom estúdio no centro da cidade de São Paulo, mais aproveitado pelos artistas do que pela casa. Podia-se ouvir por lá um labo b de um disco bom.
Com a chegada da banda de fm e sua popularização, a Eldorado ganhou o prefixo, 92,9 mhz. Rocks menos pesado, mpb mais clássica, bossa nova à exaustão, jazz mais assimilável e algum r&b, uma programação diferenciada e de qualidade .
A banda am da rádio ainda sobreviveu com alguma música na madrugada. Foi assim nos anos 80 e 90 até definitivamente virar uma emissora jornalística.
A banda fm sobrevive com bons programas especiais, casos do Sala dos professores, Jazzmasters, Trip Fm e algum acerto do programador no Reserva Eldorado mas tem muita repetição para uma emissora de 53 anos e com uma discoteca que deve abarcar estilos dos mais interessantes e esqueceu de vez do bom estúdio no centro da cidade.
No próximo domingo as duas Eldorados como as conhecemos parece, deixa de existir. Vai virar mais esportiva em associação com a ESPN Brasil. Não é a primeira tentativa de emissora am em São Paulo de ser só esportiva. A Gazeta am já fez esta tentativa. Mas pecou ao pensar que só futebol resolvesse a questão e tinha poucos profissionais.
O certo é que cada vez mais o mundo no qual muitos cresceram e se formaram vai perdendo seu desenho. Mesmo achando graça de Sangirardi com os locutores da Eldorado sabia-se que se virássemos o dial, eles podiam estar por lá para nos orientar numa coisa ou outra. Quem ouviu, ouviu.
atualizando: a banda fm da Eldorado vai para os 107,3 mhz, ex-Brasil 2000, onde a voz maviosa desse blogueiro já desfilou seus graves e discos riscados ao lado de um amigo supra citado por aqui.
o Cine Londrina recebeu uma tela de 70mm, grandona. a grana para o cinema veio daqueles minutos na banca de jornal do pai. "Tá na hora, vai", disse o pai, era a deixa, o menino podia correr até um dos cinemas da cidade, eram cinco e ele os conhecia. Era o único menor por lá na programação de filmes clássicos para a inauguração da telona.
Ele na segunda fila apoiando o queixo na primeira parecia dentro do filme, até ela aparecer com a carona na telona encarando o menino, que já sabia da sua reação diante da beleza. a mesma tristeza que ele sentiu nessa semana.
O desenho do Século XX cada vez mais se desbotando.
domingo, 20 de março de 2011
Exercício de Futurologia em 78 - Final
"os melhores presentes são dados em segredo"
- do filme A arte de viver(The book of stars)
da caixa de Pandora aberta ao se mexer em papéis velhos com anotações e palavras ajuntadas e encontros.
_ Exercício de futurologia ?
_ Exercício de futurologia !
_ Os meninos nao contam tudo para os outros meninos, tirando vantagem ?
_ Se nem eu estou acreditando no que está acontecendo, imagina os outros !
_ Deixa disso, eu já pedi, não pensa assim.
_ Hum...
_ Nem para ele voce contou ?
_ Nem para ele. Não é segredo ? Continua secreto.
_ Vai contar ?
_ Vou !
_ Quando ?
_ Quando eu fizer 55 !
_ 55 ? Nossa, vai demorar !
_ Vai !
_ Com 55 voces ainda serão amigos, eu sinto isso !
_ Será ?
_ Hum, hum. E voce poderá chamá-lo para seu padrinho de casamento, quem sabe !
_ (Risos) Pode ser.
_ Ele padrinho e a mulher dele madrinha !
_ Mulher, que mulher ?
_ Ah, aquela que vai aparecer na vida dele. Ser namorada, noiva e mulher dele.
_ Ah, aquela..!
_ Como voce vai falar pra ele ?
_ Na manha do meu aniversário de 55 eu vou pegar no telefone e ligar pra ele e dizer: Hey, lembra no colegial uma menina de pernas bonitas...?
_ Peraí, peraí, voces ficam olhando minhas pernas ?
_ Não só as suas ...!
_ Ah vou falar pra ela...
_ Ela quem ?
_ A mulher dele, aquela que vai aparecer. Vou contar as peripécias colegiais dos dois.
_ Eu perdi alguma coisa. Quando voces ficaram amigas ? Quando voces conversam ?
_ Ora, ficamos amigas e conversamos bastante enquanto esperamos a saída das crianças no Santa Teresa !
_ (Risos) Santa Teresa ? Eu e ele vamos ter que trabalhar bastante pra ter filhos no Santa Teresa. Não serve no Ruy Barbosa, no Toledo, Montessori, Afrânio, no Olívia Irene ou Anésia lá embaixo ?
_ 'Ce acha que filho nosso, dele e daquela que vai aparecer na vida dele, vai estudar numas escolas dessas 'tá enganado.
_ No CECA ?
_ Só se a Lúcia e o Cardoso estiverem por lá !
_ Certo.
_ Exercício de futurologia ?
_ Exercício de futurologia !
_ Vou ser esquecida, antes dos seus 55 ?
_ Não !
_ Como voce vai me recorrer nos meus 55 ?
_ Por um detalhe aí no seu lábio. Se voce sorrir e se voce falar alguma coisa.
_ Como voce acha que vou estar com 55 ?
(Se aproximando do rosto/levantando devagar a cabeça/close/olho na camera)
palavras ajuntadas.
....estampei/minha feliciade/no muro
depois de uma semana de encontros com piscianos e com pessoa que imaginei aos 55.
Exercício de Futurologia em 78 2
Mal de amores
(Novos poemas satíricos feitos à maneira clássica)
A minha amada, lá longe, a meio da montanha.
Queria ir ter com ela, mas a montanha é tão alta!
Lágrimas de desespero molham-me a roupa.
A minha amada ofereceu-me um lenço bordado a borboletas.
Como fui eu retribuir com um mocho?
Ai, ai, como eu estou desassossegado.
A minha amada, lá longe, no meio da cidade.
Queria ir ter com ela, mas é tanta a multidão!
Lágrimas de desespero molham-me as orelhas.
A minha amada ofereceu-me uma pintura: um casal de andorinhas.
Como fui eu retribuir com uma espetada de frutas cristalizadas
A partir de então deixou de me falar.
Ai, ai, como eu estou confuso.
A minha amada, lá longe, no outro lado do rio.
Queria ir ter com ela, mas as águas são tão fundas!
Lágrimas de desespero molham-me a camisa.
A minha amada ofereceu-me uma pulseira dourada.
Como fui eu retribuir com um antigripal?
A partir de então deixou de me falar.
Ai, ai, como eu estou deprimido.
A minha amada, lá longe, numa casa rica.
Queria ir ter com ela, mas não tenho carro!
As minhas lágrimas caem como a chuva.
A minha amada ofereceu-me um ramo de rosas.
Como fui eu retribuir com uma serpente?
A partir de então deixou de me falar.
Ai, ai... deixa lá.
Lu Xun, 3 de outubro de 1924
(in Ervas Silvestres, tradução de Sun Lin e Luís G. Cabral, Cotovia, série oriental)
A minha amada, lá longe, a meio da montanha.
Queria ir ter com ela, mas a montanha é tão alta!
Lágrimas de desespero molham-me a roupa.
A minha amada ofereceu-me um lenço bordado a borboletas.
Como fui eu retribuir com um mocho?
Ai, ai, como eu estou desassossegado.
A minha amada, lá longe, no meio da cidade.
Queria ir ter com ela, mas é tanta a multidão!
Lágrimas de desespero molham-me as orelhas.
A minha amada ofereceu-me uma pintura: um casal de andorinhas.
Como fui eu retribuir com uma espetada de frutas cristalizadas
A partir de então deixou de me falar.
Ai, ai, como eu estou confuso.
A minha amada, lá longe, no outro lado do rio.
Queria ir ter com ela, mas as águas são tão fundas!
Lágrimas de desespero molham-me a camisa.
A minha amada ofereceu-me uma pulseira dourada.
Como fui eu retribuir com um antigripal?
A partir de então deixou de me falar.
Ai, ai, como eu estou deprimido.
A minha amada, lá longe, numa casa rica.
Queria ir ter com ela, mas não tenho carro!
As minhas lágrimas caem como a chuva.
A minha amada ofereceu-me um ramo de rosas.
Como fui eu retribuir com uma serpente?
A partir de então deixou de me falar.
Ai, ai... deixa lá.
Lu Xun, 3 de outubro de 1924
(in Ervas Silvestres, tradução de Sun Lin e Luís G. Cabral, Cotovia, série oriental)
Decidiram ir à pé. Da estação Santana do metrô até a Avenida Angelina. Conheciam o caminho muito bem, indo pela Olavo Egídio e seguindo depois pela Maria Candida até dar na Urbano Marcondes.
Ele com as mãos nos bolsos andando pelo lado de fora da calçada, como manda a regra. Ela com as mãos entrelaçadas no peito, pelo lado de dentro da calçada. Não andavam de mãos dadas. Isso só acontecia quando tinham que atravessar a rua. Aí ela apertava a mão dele, segurando só quatro dedos a partir do mindinho.
Quando passaram em frente a Paróquia da Nossa Senhora da Anunciação se juntaram no corredor formado pelos convidados de um casamento que acabava naquele instante. Ela começou a cantar uma música do Mamas and The Papas de um disco da mãe dela. Ele andava debruçado no pessoal do Clube da Esquina. Ela disse que tinha certeza que aquele colega novo dele, seria amigo dele para sempre, dá prá sentir, dizia. Ele disse à ela, que ela é quem trouxe para ele um pouco de auto-estima. Ela veio com uma pergunta. Por que voce acha que ninguém se interessaria por voce?. Ele só via defeitos. Ela via alguma poesia.O ceú de um sábado pairava silencioso sobre eles. Sentaram na Praça Oscar. Ela inventou um jogo, Exercício de futurologia e, perguntou e se eles se casassem naquela igreja se aquele colega novo seria o padrinho. Ele respondeu cantando uma música do Jorge Ben, A Princesa e o Plebeu. Ela quis saber se ele se lembraria dela no futuro. Ele disse sim. E antes dela sumir pela Urbano Marcondes e ele renovar o sentimento de que ver as costas daquele que se despede é triste, ela quis saber como ela seria com 55. Enquanto tentava se lembrar da música do Mamas and The Papas. O céu sob a Praça Oscar mais silencioso, nem os pássaros, nem as crianças, só a resposta dele. Linda !
o verso: do amor anotado em bilhetes - da letra de Rua Ramalhetes, música de Tavito, apareceria uns anos depois. mas numa folha de sulfite, em letra original em caneta esferográfica azul e um texto datilografado, chegaria na forma de carta numa casa da Avenida angelina.
Ele com as mãos nos bolsos andando pelo lado de fora da calçada, como manda a regra. Ela com as mãos entrelaçadas no peito, pelo lado de dentro da calçada. Não andavam de mãos dadas. Isso só acontecia quando tinham que atravessar a rua. Aí ela apertava a mão dele, segurando só quatro dedos a partir do mindinho.
Quando passaram em frente a Paróquia da Nossa Senhora da Anunciação se juntaram no corredor formado pelos convidados de um casamento que acabava naquele instante. Ela começou a cantar uma música do Mamas and The Papas de um disco da mãe dela. Ele andava debruçado no pessoal do Clube da Esquina. Ela disse que tinha certeza que aquele colega novo dele, seria amigo dele para sempre, dá prá sentir, dizia. Ele disse à ela, que ela é quem trouxe para ele um pouco de auto-estima. Ela veio com uma pergunta. Por que voce acha que ninguém se interessaria por voce?. Ele só via defeitos. Ela via alguma poesia.O ceú de um sábado pairava silencioso sobre eles. Sentaram na Praça Oscar. Ela inventou um jogo, Exercício de futurologia e, perguntou e se eles se casassem naquela igreja se aquele colega novo seria o padrinho. Ele respondeu cantando uma música do Jorge Ben, A Princesa e o Plebeu. Ela quis saber se ele se lembraria dela no futuro. Ele disse sim. E antes dela sumir pela Urbano Marcondes e ele renovar o sentimento de que ver as costas daquele que se despede é triste, ela quis saber como ela seria com 55. Enquanto tentava se lembrar da música do Mamas and The Papas. O céu sob a Praça Oscar mais silencioso, nem os pássaros, nem as crianças, só a resposta dele. Linda !
o verso: do amor anotado em bilhetes - da letra de Rua Ramalhetes, música de Tavito, apareceria uns anos depois. mas numa folha de sulfite, em letra original em caneta esferográfica azul e um texto datilografado, chegaria na forma de carta numa casa da Avenida angelina.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Exercício de Futurologia em 78 1
entreguei
minha felicidade
ao mundo
No ano em que o amor deixou de ser platônico e silencioso. Só queríamos um namoro, um motivo para escrever bilhetes e nos muros. Ainda havia um resquício de que o mundo poderia ser modificado pelas nossas ações.
Ela ouvia muito rádio. Queria discutir música, literatura e cinema. Ela queria ir ao Festival de Àguas Claras. Ela usava umas batas, usava uma blusas do mesmo tecido das batas. Usava também umas blusas de malhas no outono/inverno, com uma camiseta hering por baixo. Essas indumentárias eram a barreira entre a minha mão e pele dela, rompida algumas vezes.
Outra coisa que a memória guardou do outono/inverno, a mistura que ela fazia com os perfumes que tinha. Misturava almíscar, sândalus e pacthoulli.
O nome no muro na Avenida Angelina apareceu num sábado de manhã. O poema uns dias depois. Outros poemas na boca. Os debates que começavam em busca de um mundo novo. O sorriso, a pele e a voz confirmando. Sonho ?
_Por que voce acha que ninguém se interessaria por você ?
outono/inverno no ar. lua em peixes.
minha felicidade
ao mundo
No ano em que o amor deixou de ser platônico e silencioso. Só queríamos um namoro, um motivo para escrever bilhetes e nos muros. Ainda havia um resquício de que o mundo poderia ser modificado pelas nossas ações.
Ela ouvia muito rádio. Queria discutir música, literatura e cinema. Ela queria ir ao Festival de Àguas Claras. Ela usava umas batas, usava uma blusas do mesmo tecido das batas. Usava também umas blusas de malhas no outono/inverno, com uma camiseta hering por baixo. Essas indumentárias eram a barreira entre a minha mão e pele dela, rompida algumas vezes.
Outra coisa que a memória guardou do outono/inverno, a mistura que ela fazia com os perfumes que tinha. Misturava almíscar, sândalus e pacthoulli.
O nome no muro na Avenida Angelina apareceu num sábado de manhã. O poema uns dias depois. Outros poemas na boca. Os debates que começavam em busca de um mundo novo. O sorriso, a pele e a voz confirmando. Sonho ?
_Por que voce acha que ninguém se interessaria por você ?
outono/inverno no ar. lua em peixes.
quinta-feira, 17 de março de 2011
esses piscianos de 17 de março
História para contar aos netos
o dia em que fizemos backing vocals para Paulinho da Viola.
Paulinho da Viola tem duas músicas que teem o mesmo arranjo e começam quase do mesmo jeito. são elas, onde a dor nao tem razão e pra fugir da saudade. tão parecidas que o próprio autor não consegue distinguí-las às vezes. isso aconteceu num show no Centro Cultural São Paulo. dois babões assumidos do cantor na primeira fila, eu e o supra citado Zé Amaral percebemos que ele se atrapalha para entrar com a música certa. duas três vezes ele começa com, onde a dor não tem razão, querendo cantar a outra. acho que na quarta vez por ímpeto demos a deixa em duo, e mandamos lá da primeira fila os primeiros versos., "Saudade, voce fez da minha vida...". lá no palco quadrado do Centro Cultural Paulinho confirma, "é essa ! muito obrigado !" e termina em solo o duo que começamos. vibramos.
o dia em que fizemos backing vocals para Paulinho da Viola.
Paulinho da Viola tem duas músicas que teem o mesmo arranjo e começam quase do mesmo jeito. são elas, onde a dor nao tem razão e pra fugir da saudade. tão parecidas que o próprio autor não consegue distinguí-las às vezes. isso aconteceu num show no Centro Cultural São Paulo. dois babões assumidos do cantor na primeira fila, eu e o supra citado Zé Amaral percebemos que ele se atrapalha para entrar com a música certa. duas três vezes ele começa com, onde a dor não tem razão, querendo cantar a outra. acho que na quarta vez por ímpeto demos a deixa em duo, e mandamos lá da primeira fila os primeiros versos., "Saudade, voce fez da minha vida...". lá no palco quadrado do Centro Cultural Paulinho confirma, "é essa ! muito obrigado !" e termina em solo o duo que começamos. vibramos.
mas devo assoviar uma outra hoje por aí.assim como dando um Parabéns silencioso ao Zé, e um agradecimento aos astros, Deus ou sei lá quem por ter colocado na minha história de vida, um cara bacana.
e usando uma expressão dELE para fechar um assunto. É isso aí meu chapa !
segunda-feira, 14 de março de 2011
Bolachas para o Ruy
vergonha alheia é um termo em voga. tendo as minhas próprias não me ocupo com elas. as minhas, muitas vezes aparecem quando mal escrevo e digito essas linhas aqui publicadas. no arquivo de postagem tem muitas querendo descer para a Terra. esta aí abaixo era para vir à luz ontem, aniversário do homenageado. fiquei com vergonha, censurei.mas depois de falar com ele e viver o dia de ontem pensei, quer saber...as bolachas do Ruy aqui....
durante o carnaval tirei uma de filho único. só perdi essa condição quando meu irmão caçula apareceu para almoçar com pai, mãe e comigo. depois que ele saiu a mãe deu o alerta;segunda é aniversário dele, idade cheia. como se desse para esquecer.
na sexta me lembrei mais dele. e lembrando dele algumas lágrimas vieram. no lusgo fusgo da madrugada, esperando para chegar em casa, talvez ele também em outra ponta da cidade, rezando para que aquilo ocorresse depressa e com segurança, para mim e para ele na outra ponta da cidade.
aí me lembrei de nós dois saindo do ap. em vila guilherme, pela josé bernardo pinto, virando na coronel marques ribeiro, o contorno no campo do são sebastião, o maior campo de várzea que eu já vi e joguei, a miguel mentem, a passada em frente a sede social do flor da espanha e a chegada ao colégio, na esquina da maria candida com a hoje avenida conceição. colégio onde meninos vieram me interpelar ao saberem que ele entraria para o colégio: "seu irmão é tão bom quanto você ?". botei pânico; é melhor ! nem sei do que falávamos na nossa caminhada, talvez futebol com alguma certeza, meninas talvez, embora eu tivesse, um, dois nomes e rostos de meninas que a mim me parecia interessá-lo e música com certeza. e tem aquela assim ó dos Stylistics..."The sun belong to the sky....
e a volta que era a mais bacana. saindo do colégio na maria candida esquina com a hoje avenida conceição. indo pela maria candida nos virávamos na capitão luiz ramos e na esquina da chico pontes nós entrávamos toda noite no mercadinho chinen, então só duas portas, instalado ali naquela esquina. porque subsidiados pelo pai ou pela mana, tínhamos guardado uma grana do lanche. no chinen comprávamos um pacote de bolacha popular, talvez mabel. então ele ou eu, um dos dois, abria o pacote. e era, "uma prá mim, outra prá voce", assim seguindo pela chico pontes, virando na joaquina ramalho. às vezes seguindo até virar na josé bernardo pinto ou cortando pela doze de setembro. nem sei do que falávamos, talvez futebol com alguma certeza, meninas talvez, embora se aproximasse do meu conhecimento, três, quatro nomes e rostos de meninas que a mim me parecia interessá-lo e música com certeza. e tem aquela assim ó do Jorge Ben "Eu só quero que Deus me ajude e o menino muito mais também..."
hoje o pacote de bolachas é todo para ele. e quem há de dizer que não há riqueza numa história dessa.
durante o carnaval tirei uma de filho único. só perdi essa condição quando meu irmão caçula apareceu para almoçar com pai, mãe e comigo. depois que ele saiu a mãe deu o alerta;segunda é aniversário dele, idade cheia. como se desse para esquecer.
na sexta me lembrei mais dele. e lembrando dele algumas lágrimas vieram. no lusgo fusgo da madrugada, esperando para chegar em casa, talvez ele também em outra ponta da cidade, rezando para que aquilo ocorresse depressa e com segurança, para mim e para ele na outra ponta da cidade.
aí me lembrei de nós dois saindo do ap. em vila guilherme, pela josé bernardo pinto, virando na coronel marques ribeiro, o contorno no campo do são sebastião, o maior campo de várzea que eu já vi e joguei, a miguel mentem, a passada em frente a sede social do flor da espanha e a chegada ao colégio, na esquina da maria candida com a hoje avenida conceição. colégio onde meninos vieram me interpelar ao saberem que ele entraria para o colégio: "seu irmão é tão bom quanto você ?". botei pânico; é melhor ! nem sei do que falávamos na nossa caminhada, talvez futebol com alguma certeza, meninas talvez, embora eu tivesse, um, dois nomes e rostos de meninas que a mim me parecia interessá-lo e música com certeza. e tem aquela assim ó dos Stylistics..."The sun belong to the sky....
e a volta que era a mais bacana. saindo do colégio na maria candida esquina com a hoje avenida conceição. indo pela maria candida nos virávamos na capitão luiz ramos e na esquina da chico pontes nós entrávamos toda noite no mercadinho chinen, então só duas portas, instalado ali naquela esquina. porque subsidiados pelo pai ou pela mana, tínhamos guardado uma grana do lanche. no chinen comprávamos um pacote de bolacha popular, talvez mabel. então ele ou eu, um dos dois, abria o pacote. e era, "uma prá mim, outra prá voce", assim seguindo pela chico pontes, virando na joaquina ramalho. às vezes seguindo até virar na josé bernardo pinto ou cortando pela doze de setembro. nem sei do que falávamos, talvez futebol com alguma certeza, meninas talvez, embora se aproximasse do meu conhecimento, três, quatro nomes e rostos de meninas que a mim me parecia interessá-lo e música com certeza. e tem aquela assim ó do Jorge Ben "Eu só quero que Deus me ajude e o menino muito mais também..."
hoje o pacote de bolachas é todo para ele. e quem há de dizer que não há riqueza numa história dessa.
sábado, 12 de março de 2011
Roda de Sábado - As vitórias da Beija-Flor
dorme espremido entre os vinis em casa, o dos sambas de enrêdo de 1976. quase não tem capa, o encarte sumiu, e as vozes dos intépretes só é reconhecida atrás de uma parede de chiados.
conheço de cor três dos sambas ali. o da Vila Isabel,"Invenção de Orfeu"(ilhado na imaginação/o poeta vai cantando/histórias tão sem histórias/de tristeza e alegria...), gravado simultânemente por Martinho da Vila no àlbum Rosa do povo, o samba da Em cima da Hora, o ótimo e clássico "Os sertões"(sertanejo é forte supera miséria sem fim/sertanejo homem forte dizia o poeta assim), que ouvi na voz do meu amigo Mário, num "esquenta goela", para a gravação de fita cassete. onde definitivamente me dei conta que o samba era bom mesmo.
o terceiro era de uma escola que eu nunca tinha ouvido falar. e que quando ganhou ouvi de meu tio Osmar, "é de uma escola de não sei onde". retrucado pelo tio Paulo, "fizeram um desfile bonito, parece". como é mesmo o nome ? Beija-Flor.
o samba era "Sonhar com rei dá leão"(sonhar com anjo, é borboleta/sem contemplação, sonhar com rei dá leão) e a tal Beija-Flor, "de não sei onde", apresentava para o mundo do samba três personagens à partir daquele ano, um quarto seria entronizado na vida carioca, por um outro viés.
a modela negra de cabelo raspado Pinah, que faria Príncipe Charles esquecer por um momento as botas de cano longo que trouxe para sua estada no Brasil, com medo das cobras, e seria envenenado por outro motivo, cambaleando diante da dama sorridente.
o intéprete dos sambas da escola desde então, um certo Neguinho da Beija-Flor, que introduziria, uma porção de cacos no canto, apresentaria a escola num bordão famoso e hoje usado até em propaganda, "Olha a Beija-Flor aí gente...", influenciando a nova gerações de intérpretes em contraponto ao canto prágmático de Jamelão e Haroldo Melodia, dividindo a avenida com outros cantores.
o carnavalesco Joãosinho Trinta. criticado pelo excesso de luxo em seus ênredos megalomaníacos e até censurado por outros e cunhou por conta das críticas a famosa frase;"Quem gosta de miséria é intelectual. O povo gosta de luxo".
o luxo da Beija-Flor tinha razão de ser e patrocínio. culpa do quarto personagem, na verdade uns, os irmãos, Abrãao David, homens do jogo de azar da Baixada Fluminense. não por acaso, o primeiro carnaval ganho pela escola trataria do tema do jogo do bicho.
jogo do bicho, que financiava muitas escolas, que viram nessa vitória da escola de Nilópolis, o deságuo para o jorrar do dinheiro. o carnaval do Rio conheceu o luxo. a Beija-flor seria campeã três vezes seguidas, 76/77/78.
quando Leonel Brizola, saído do exílio e eleito governador do Rio, pediu para Oscar Niemeyer desenhar a nova passarela do samba e colocar na boca brasileira a palavra "sambódromo", o luxo se fez mais presente. não era compatível um desfile mequetrefe diante de tal beleza arquitetônica. ademais a tv, a globo, com os direitos da transmissão, queria um espetáculo que prendesse o espectador na cadeira. para isso até seus atores passaram a destaques. e se Nilópolis era "não sei onde", muitos levados pelo presidente Boni, conheceram a baixada e o poder emergente na sociedade carioca dos Abrãao David. escolas como Portela, Vila Isabel, Império Serrano e Mangueira, padeceram e ainda padecem.
só nos anos 2000 a Beija-Flor voltaria a enfileirar carnavais seguidos Não sem antes, ver Mocidade Independente e Imperatriz Leopoldinense, também com patronos, inventarem o carnaval "técnico", a Beija-Flor aprendeu direitinho. a chance para as outras era um desfile emocional, coisa que aconteceu com a Vila Isabel em 1988 e a Mangueira com ênredos para Chico Buarque e Braguinha.
se o poder do bicheiros diminui só faltando mesmo uma "subida ao morro do alemão", do jogo do azar, a Beija-flor mantém laços firmes com a Globo, luxuoso e técnico seu desfile é teste até para a transmissão 3d, a participação em realitys da casa como o BBB onde a escola comparece todos os anos.
por isso assim que Ivo Meirelles e sua turma abandonaram o setor de apuração na ùltima quarta, podia-se ouvir antes do corte do som ambiente um refrão que já foi popular em outros tempos, "Rede Globo, o povo não é bobo !" e "Hey Globo vai tomar no c(*)!".
o desfile técnico e luxo em 3d, valem mais que as inovações de Meirelles sem o seu puxasaquismo com globais.
conheço de cor três dos sambas ali. o da Vila Isabel,"Invenção de Orfeu"(ilhado na imaginação/o poeta vai cantando/histórias tão sem histórias/de tristeza e alegria...), gravado simultânemente por Martinho da Vila no àlbum Rosa do povo, o samba da Em cima da Hora, o ótimo e clássico "Os sertões"(sertanejo é forte supera miséria sem fim/sertanejo homem forte dizia o poeta assim), que ouvi na voz do meu amigo Mário, num "esquenta goela", para a gravação de fita cassete. onde definitivamente me dei conta que o samba era bom mesmo.
o terceiro era de uma escola que eu nunca tinha ouvido falar. e que quando ganhou ouvi de meu tio Osmar, "é de uma escola de não sei onde". retrucado pelo tio Paulo, "fizeram um desfile bonito, parece". como é mesmo o nome ? Beija-Flor.
o samba era "Sonhar com rei dá leão"(sonhar com anjo, é borboleta/sem contemplação, sonhar com rei dá leão) e a tal Beija-Flor, "de não sei onde", apresentava para o mundo do samba três personagens à partir daquele ano, um quarto seria entronizado na vida carioca, por um outro viés.
a modela negra de cabelo raspado Pinah, que faria Príncipe Charles esquecer por um momento as botas de cano longo que trouxe para sua estada no Brasil, com medo das cobras, e seria envenenado por outro motivo, cambaleando diante da dama sorridente.
o intéprete dos sambas da escola desde então, um certo Neguinho da Beija-Flor, que introduziria, uma porção de cacos no canto, apresentaria a escola num bordão famoso e hoje usado até em propaganda, "Olha a Beija-Flor aí gente...", influenciando a nova gerações de intérpretes em contraponto ao canto prágmático de Jamelão e Haroldo Melodia, dividindo a avenida com outros cantores.
o carnavalesco Joãosinho Trinta. criticado pelo excesso de luxo em seus ênredos megalomaníacos e até censurado por outros e cunhou por conta das críticas a famosa frase;"Quem gosta de miséria é intelectual. O povo gosta de luxo".
o luxo da Beija-Flor tinha razão de ser e patrocínio. culpa do quarto personagem, na verdade uns, os irmãos, Abrãao David, homens do jogo de azar da Baixada Fluminense. não por acaso, o primeiro carnaval ganho pela escola trataria do tema do jogo do bicho.
jogo do bicho, que financiava muitas escolas, que viram nessa vitória da escola de Nilópolis, o deságuo para o jorrar do dinheiro. o carnaval do Rio conheceu o luxo. a Beija-flor seria campeã três vezes seguidas, 76/77/78.
quando Leonel Brizola, saído do exílio e eleito governador do Rio, pediu para Oscar Niemeyer desenhar a nova passarela do samba e colocar na boca brasileira a palavra "sambódromo", o luxo se fez mais presente. não era compatível um desfile mequetrefe diante de tal beleza arquitetônica. ademais a tv, a globo, com os direitos da transmissão, queria um espetáculo que prendesse o espectador na cadeira. para isso até seus atores passaram a destaques. e se Nilópolis era "não sei onde", muitos levados pelo presidente Boni, conheceram a baixada e o poder emergente na sociedade carioca dos Abrãao David. escolas como Portela, Vila Isabel, Império Serrano e Mangueira, padeceram e ainda padecem.
só nos anos 2000 a Beija-Flor voltaria a enfileirar carnavais seguidos Não sem antes, ver Mocidade Independente e Imperatriz Leopoldinense, também com patronos, inventarem o carnaval "técnico", a Beija-Flor aprendeu direitinho. a chance para as outras era um desfile emocional, coisa que aconteceu com a Vila Isabel em 1988 e a Mangueira com ênredos para Chico Buarque e Braguinha.
se o poder do bicheiros diminui só faltando mesmo uma "subida ao morro do alemão", do jogo do azar, a Beija-flor mantém laços firmes com a Globo, luxuoso e técnico seu desfile é teste até para a transmissão 3d, a participação em realitys da casa como o BBB onde a escola comparece todos os anos.
por isso assim que Ivo Meirelles e sua turma abandonaram o setor de apuração na ùltima quarta, podia-se ouvir antes do corte do som ambiente um refrão que já foi popular em outros tempos, "Rede Globo, o povo não é bobo !" e "Hey Globo vai tomar no c(*)!".
o desfile técnico e luxo em 3d, valem mais que as inovações de Meirelles sem o seu puxasaquismo com globais.
e não se esqueçam, apesar dos pesares. Rei é Rei sempre.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Mexendo nos Vinis
Luiz Carlos Calanca fazendo escola. Jack White, músico, produtor, ex- iss0, ex-aquilo, ex- White Stripes vai sair em turnê. Adaptou um caminhão e montou uma loja de vinis para vender o trabalho do seu selo o Third Man Records. a inscrição na porta da loja: "Aqui não temos cd e nunca teremos". Hombre !
e só para não passar em brancas nuvens, Son House. Hombre !
e só para não passar em brancas nuvens, Son House. Hombre !
sábado, 5 de março de 2011
Roda de Sábado - A Música Venceu !
com a profissionalização do Carnaval nas Escola de Samba, as idéias dos enrêdos foram cada vez mais se distanciando da vontade das quadras.
dos anos 80 para cá se intensificou o "patrocínio", a "encomenda" do enrêdo.
embora mereça qualquer homenagem, a veiculação de um comercial da nestlé, pode colocar uma pulga atrás da orelha quanto a intenção de homenagear o Rei Roberto Carlos pela Beeija Flor de Nilólopis, logo ela que foi uma das primeiras a aceitar essa prática do "patrocínio" ou "encomenda". senti mais firmeza nas homenagens de Mangueira e Vai-Vai, que transformaram em enrêdo dois músicos brasileiros dos mais cascudos, Nelson Cavaquinho E João Carlos Martins, que merecem sempre.
+
Ah, "impossível não se emocionar".
dos anos 80 para cá se intensificou o "patrocínio", a "encomenda" do enrêdo.
embora mereça qualquer homenagem, a veiculação de um comercial da nestlé, pode colocar uma pulga atrás da orelha quanto a intenção de homenagear o Rei Roberto Carlos pela Beeija Flor de Nilólopis, logo ela que foi uma das primeiras a aceitar essa prática do "patrocínio" ou "encomenda". senti mais firmeza nas homenagens de Mangueira e Vai-Vai, que transformaram em enrêdo dois músicos brasileiros dos mais cascudos, Nelson Cavaquinho E João Carlos Martins, que merecem sempre.
+
Ah, "impossível não se emocionar".
Assinar:
Postagens (Atom)