ou história para contar para os netos
na noite em que saí do "exílio" eu tinha um pasquim de nome "Rua de Lazer" e uns poemas para olívia byington.
estava abandonando a coletânea de Cruz e Souza, mania detectada e comentada mais tarde pela moça do Jardim aí à direita.
o show foi no Lira Paulistana, nos seus últimos momentos.
e não sabia que seria recebido no acanhado teatro por outro paulistano que também voltava de um "exílio", André Christovam que tinha emprestado sua guitarra para o show e me contou uma história linda sobre um outro "Rua de Lazer", que tinha viajado com ele e mais dois para a Europa. presos a única coisa que deixaram nas mãos deles foi o exemplar do pasquim, fanzine que eu escrevia à mão cheio de desenhos ruins, colagens erros de concordância, pontuação, nada diferente de hoje, paixão desenfreada num exemplar único entregue para cavaleiros e princesas.
ao ver um irmão daquele outro pasquim e saber do que se tratava, andré avisou; deixa comigo.
o show de olívia era voz, sax e guitarra. e ela foi cantando uma a uma das que eu gostava e não desde que ouvi o primeiro disco dela.
tudo com a voz mais doce e de fazer um coração duro se amolecer e acreditar que vida merece ser vivida.
no fim acompanhando o andré e antes que se fizesse qualquer apresentação; olivia o pedrão tem um presente prá você. ele escreve. paralisei. e ela, com aquela voz doce e de sonho; e então pedrão, cadê meu presente. raro leitor, você teria chorado?
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saí do "exílio"
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