Todo garoto que pensa em fazer Jornalismo, pensa um dia em cobrir uma guerra, algum conflito. Há uma categoria no jornalismo que é a do "Correspondente de guerra". Embora os conflitos se sucedam, há poucos deles por aí. Mais os sujeitos com câmeras nos celulares da CNN, e os maledicentes da Fox News, que vibram a cada tiro disparado pelos soldados americanos, mesmo em civis inocentes, dá nojo.
Aqui no Brasil, pouco, ou nenhum. Talvez por conta dos nossos conflitos serem de outra monta. Mesmo assim certos meninos brasileiros, que quisessem saber de um correspondente de guerra brasileiro, teriam ouvido falar de José Hamilton Ribeiro. Zé Hamilton é pouco chamado pelas escolas de jornalismo. Perde quase sempre, para os "âncoras" bonitinhos da tv brasileira. Zé Hamilton, tem a fala simples, de quem tem boas histórias, e não se importa em contá-las. Mesmo depois das poucas palestras que dá, se um insistente ouvinte o interpelar com perguntas.
José Hamilton, trabalha na mesma empresa que José Roberto Burnier, faz hoje parte do Globo Rural com reportagens especiais. Talvez fique no mesmo corredor, talvez em salas conjugadas. E José Roberto deveria ter ido conversar com Zé Hamilton. Teria tido umas orientações de como um jornalista é tratado em áreas de conflitos, mesmo que o país do jornalista recorreça o governo da área em questão. E não ficar com um discurso datado, que a culpa é do governo do país dele.
José Roberto usou o mesmo discurso da presidenta de uma associação de moradores brasileiros em Honduras, sim existe. Segundo a presidenta, a vida dos brasileiros em Honduras até segunda passada, era o melhor dos mundos. Bastou "o Lula", segundo ela, para estragar a festa. O que me fez pensar que brasileiro, alguns, os de sempre, gostam de um "golpinho".E me levou à duas considerações, que , uma não vale mais e outra é pertinente. A primeira de Mário de Andrade, que disse que para se reconhecer um brasileiro no exterior, bastava ver o transeunte diante de uma caixa de fósforos, se o cidadão a chutasse, era brasileiro. A outra é de um amigo desse blogueiro, que viaja muito. Ele me alertou, Pedrão quando percebo um grupinho de brasileiros, fujo. Há sempre um sambinha, um pagodinho, um axézinho rolando, uma vergonha. Eles tendem a repetir em terras estrangeiras os mesmo comportamento, baixo nível, que realizam no Brasil, tô fora.
A presidenta da associação até agora só falou para a empresa do José Roberto, que ainda não explicou, ou não quer explicar, porque, Roberto Michelleti, "governo interino " de Honduras, está onde está. Mas deve adiar para os brasileiros, que viviam em Honduras no melhor dos mundos, aquele evento horrendo de nome "Brazilian Day", os hondurenhos, talvez pensando nisso, nessa possibilidade do evento,estejam cada vez mais apoiando, Manuel Zelaya. Mas vai mais uma na conta do Lula, até esse conflito "internacional" coberto pelo Zé Roberto, e de forma tão canhestra pelo resto dos comentaristas "internacionais" do jornalismo brasileiro.
Vai parecer saudosismo, cadê Newton Carlos hein? E eu vou sair procurando Zé Hamilton. Ele tem boas conversas sobre o Brasil e os brasileiros, pinga, música sertaneja verdadeira e sobre a guerra do Vietnã, onde ele perdeu uma perna, como correspondente de guerra.
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