QUANDO O CENSO BATER NA MINHA PORTA
Sou mameluco, sou cafuzo?/ Negro de keto ou nagô?/ Amarelo, pardo, índio,/ minha cor qual é que é? / Judeu, ateu, ET / Cristo, buda, oxumaré / Qual é a minha tribo / responde, IBGE! ..."
– De um samba-enredo dos jornalistas João Pimentel, Marceu Vieira e Arnaldo Bloch, em O Globo, 29.08.2010
(...)
O Brasil é de fato misturado
Porém só se mistura nos porões:
Quando a coisa é nos altos escalões,
A alegada mistura nunca chega.
E isso assim de “meu nego” e “minha nega”
Só se passa na cama, e não na mesa.
Quando é pra compartilhar riqueza
Dividir posição proeminente,
Ninguém vai me querer como parente.
É por isso que, quando da entrevista,
Digo ao IBGE que sou sambista
E me orgulho em ser afrodescendente.
trecho de post de Nei Lopes no seu blog Meu Lote
cantor, compositor e escritor autor de livros sobre o negro brasileiro e música, com títulos como,Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana (2004)e O negro no Rio de Janeiro e sua tradição musical (1992), Nei Lopes é hoje texto e voz contundente sobre o racismo no Brasil, ops, eu escrevi racismo ? me desculpem , "racismo' e "raça' não existem, onde ando com minha cabeça, deve ser o calor do veranico.
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