a mãe contou o fato assim: era intervalo. na sala de aula, ela, a lídia e a vera. o quarto personagem também feminino do fato é essa menina. ela chega e tropeça na porta. chama a atenção das três na sala. a mãe perguntou se ela estava bem. ela respondeu, sim. sorriram acenaram, ela se foi. fato quase esquecido e quase ao final do intervalo, a menina volta. chama a mãe na porta. o intervalo no fim, elas são engolidas pelos alunos que voltam para as salas. a menina entrega um envelope para a mãe. diz o nome do destinatário. a mãe ao ouvir o nome sente uma coisa no estômago. misto de alegria e tristeza. ela se dá conta do futuro, não o dela, daqueles que ela colocou no mundo. a menina pega o rosto da mãe e dá um beijo carinhoso. a mãe tem aquela sensação repetida. o futuro, os filhos. em meio aos alunos e com aquela nuvem de alegria e tristeza a mãe vê a menina voltar e dizer uma frase. ela só vai lembrar da palavra"especial".
a mãe contou esse fato no caminho de volta para casa depois da aula. o tempo inteiro ela pensava naquela sensação. falou de como se deve tratar as mulheres. falou em "filhas dos outros", falou da chico pontes até a josé bernardo pinto. e continuou falando pelo passeio do residencial e pelos lances de escada dos quatro andares. só então, em casa, entregou o envelope ao destinatário. a mãe pediu desculpa, a menina tinha falado uma última frase, da qual ela só lembrava da palavra, "especial".
a mãe, quando estão sózinhos, entre café e bolinhos, se lembra. e pergunta. nunca houve novidade depois daquilo. ela nem percebeu se a menina passou pela vida dela e ela nem se deu conta, como a frase dita por ela. mas quando lembra ela sente o futuro, o filho voltando para o ventre da vida. a mesma sensação daqueles dias. a mesma que sentiu dias atrás, ao ouvir uma novidade da menina da frase. mas ela só pediu uma coisa. "pergunta, o que ela me disse!"
a mãe contou esse fato no caminho de volta para casa depois da aula. o tempo inteiro ela pensava naquela sensação. falou de como se deve tratar as mulheres. falou em "filhas dos outros", falou da chico pontes até a josé bernardo pinto. e continuou falando pelo passeio do residencial e pelos lances de escada dos quatro andares. só então, em casa, entregou o envelope ao destinatário. a mãe pediu desculpa, a menina tinha falado uma última frase, da qual ela só lembrava da palavra, "especial".
a mãe, quando estão sózinhos, entre café e bolinhos, se lembra. e pergunta. nunca houve novidade depois daquilo. ela nem percebeu se a menina passou pela vida dela e ela nem se deu conta, como a frase dita por ela. mas quando lembra ela sente o futuro, o filho voltando para o ventre da vida. a mesma sensação daqueles dias. a mesma que sentiu dias atrás, ao ouvir uma novidade da menina da frase. mas ela só pediu uma coisa. "pergunta, o que ela me disse!"
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