sexta-feira, 14 de maio de 2010

Para quem, precisa de polícia

Só quem já tomou uns tabefes de policiais e seguranças de shopping é que pode dizer da humilhação que é a situação. E não adianta jurar inocência, é pior.
Não sabem sobre isso por exemplo, os funcionários e alguns clientes de uma padaria bacana no fim de tarde ao assistirem rindo uma reportagem levada ao ar no programa de Datena, o justiceiro.
A cena era constrangedora, policiais atrás de um sujeito sem camisa correndo pelas ruas de uma cidade qualquer desse Brasil "democrático", "cordial", tentando agarrá-lo com a desculpa que ele havia roubado uma bicicleta. Sendo que o sujeito desarmado, foi abordado andando calmamente pela rua e nem se dava ao trabalho de esconder que estava bêbado, ou sob efeito de um outro entorpecente.
Os policiais, um com a camisa do Flamengo e outro com máscara de esqui, em plena periferia brasileira, tentavam fazer o sujeito se entregar. E usaram o recurso do tiro nos pés também. Por fim, o sujeito se entregou. Não sem tomar uma gravata violenta e ser seguro por quatro policiais. Perigosissímo. Cena patética quatro policiais ridículos, um cara sem camisa desarmado, sem o tal produto do "roubo".
Datena para ilustrar ainda mostrou como a polícia americana usa um aparelho que paralisa os meliantes americanos, que aqui deveria ser assim. Se continuar assim e Serra eleito presidente, deve ganhar uma cadeira no Ministério da Justiça, por serviços prestados ao "bom" governador, que põe a polícia nas ruas.
Nas últimas semanas a polícia paulista matou dois cidadãos sem motivo. Um defronte sua casa e perante sua mãe, que clamou por sua soltura. Escrevo de novo, quem sofreu sabe.
A situação não está fácil. A maldade é geral. E é preciso mesmo estarmos cheios de cuidados e atentos. Mas muitas vezes não sabemos quem é mocinho ou quem é bandido, mesmo "democraticamnete" já tendo estabelecido o perfil do meliante brasileiro. Datena deve saber, seus espectadores, entre eles os funcionários e os clientes da padaria bacana, também.

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