Teca, aquela que me atura, não tem me aturado em alguns jogos dessa Copa. Declarou que eu tenho constrangido, familiares e amigos. Tudo porque não aderi ao chamamento "patriótico" de Dunga, de quem não gosto mesmo. E também não caio na alegria de telenovela de Galvão Bueno, Fátima Bernardes e Tiago Leifert.
Já escrevi. Há muito desde que Dunga, plantou raiz no meio campo da seleção e que a Rede Globo, resolveu colocá-la como parte de sua grade de programação, com direto `as chamadas de Dirceu Rabello, não dou a mínima para os jogos da seleção brasileira. Ontem mesmo estava mais interessado no jogo de Andy Roddick em Wimbledon, que por sinal tomou uma sapatada do tenista de Taiwan, Yen Hsun- Lu, por três sets a dois, num jogaço.
Não participo de bolões. Não dou dinheiro para vaquinhas de tintas. Não penduro bandeirinha na sacada. E vejo e torço por outras seleções. E domingo lendo o Estadão, descobri que não sou o único. Peço desculpas aos parentes e amigos. Rezem por mim. Vou para o inferno dos anti-patriotas.
Adieu Didier. Que a Costa do Marfim se classifique para 2014 e sua sede seja no Piritubão, assim gastarei menos dinheiro com a Ainah, com deverei assistir aos jogos da seleção marfinesa.
Que pena. Com a saída do Chile ontem. Aquela promessa da apresentadora da tv chilena Cláudia Conserva de ficar nua, fica em aberto. Alguém se habilitará ? Espero que o Chile se classifique para 2014 e sua sede seja no Piritubão, e ela venha cobrir a Copa e desfile pelo bairro, onde deverei plantar Ipês roxos em sua homenagem.
Futebol Arte. Bob Marley sabe do que se trata.
quando o esporte bretão é legal. hooligans mandando uma do savage garden.
O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esperança e da vontade,
buscar na linha fria do horizonte
A àrvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da verdade.
Fernando Pessoa, in Horizonte
"Que se sustente, meu deus....Uma coisinha de nada, mas com estilo" Francis Ponge
terça-feira, 29 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Seleção da Holanda 1974
a música do Fausto Fawcett, Juliette, letra abaixo, que elenca parte da seleção holandesa, Laranja Mecãnica da Copa de 74, a ouvi poucas vezes. a música de trabalho escolhida era kátia flávia. no rádio só uma única vez me lembro de ouví-la. nos shows que vi, e foram dois, ele mandava essa mistura de samba e rap. no lp, era a última faixa, lado b. e nos shows tinha as "loiraças belzebus', marinara costa e regininha poltergeist, que ganhou fama à partir das apresentações com os robos êfemeros, nome da banda que acompanhava fausto, posou para revistas masculinas, fez filme pornô e que agora, usando palavras de um amigo, "aceitou Jesus !".
Juliette
Fausto Fawcett
Composição: Fausto Fawcett
Copacabana... Copacabana...
Copacabana praia de... Copacabana praia de...
Copacabana... Praia...
Atenção, bombeiros, guarda costeira, polícia militar
Atividade, Atividade, Atividade
Porque eu to vendo... Não, tá todo mundo vendo
Que centenas de mulatas estão despencando das ondas
No Mar de Copacabana
É só dar uma panorâmica
No calhau do posto cinco tem quinhentas
No calhau do posto quatro, quatrocentos
No calhau do posto três, tem mais trezentas
No calhau do posto dois, outras duzentas
Atividade, Atividade
Me empresta essa lanterna por que ta chovendo muito
E esse resgate tem que ser iluminado... resgate iluminado.
Há uma semana atrás um navio mexicano
Vazou tequila de frente pra orla marítima de Copacabana
O sol encarregou-se de evaporá-la
Daí que Copacabana está envolvida por uma neblina de
Tequila evaporada! Tequila evaporada!
E há duas horas atrás um imenso iate Sargentelli
Naufragou cheio de mulatas suculentas
Daí que a orla marítima de Copacabana
Está sendo bombardeada por uma ressaca de mulatas
Mulatas afogadas na tequila evaporada
Passistas naufragadas na tequila evaporada
E assistindo às operações de resgate, existe uma loirinha,
Uma Ninfeta Boticelli procurada pela polícia.
Um agente federal reconhece essa loirinha
E ela sai correndo assustada no meio da tequila evaporada.
Loirinha assustada na tequila evaporada
Loirinha assustada na tequila evaporada
E no meio da chuva a multidão pegunta:
- Me diz aí agente, quem é essa loirinha?
- O nome dela é Juliette
E a multidão encharcada pergunta:
- Me diz aí agente o quê que fez essa loirinha?
- Ela roubou uma holografia de Julio Iglesias segurando um Leite
de Aveia Davene da embaixada de Espanha
E a multidão encharcada pergunta:
- De onde vem essa loirinha?
- Sua mãe pertence a uma estirpe de strippers e o seu pai... é
indeterminado!
A única informação que se tem dele é que pertencia à seleção
holandesa de 1974.
Juliette é a filha bastarda do Carrossel Holandês, da Laranja
Mecânica...
Quem será, quem terá sido o pai dessa Ninfeta Boticelli?
- Será o Rensenbrink?
- Pode ser...
- Ou terá sido Rep?
- Pode ser...
- Será o Van Hanegem?
- Pode ser...
- Ou terá sido Neesken?
- Pode ser...
- Será o Suurbier?
- Pode ser...
- Ou terá sido Krol?
- Pode ser...
- Ou terá sido Cruijff?
- Ou o goleiro Jongbloed?
O policial mata Juliette com um tiro na cabeça.
Leva a holografia pra delegacia
E depois enterra o corpo da Ninfeta Boticelli na areia da praia
No meio da Tequila evaporada... Chuva Forte...
Tequila evaporada... Chuva Forte...
Tequila evaporada... Chuva Forte...
Tequila...
Composição: Fausto Fawcett
Copacabana... Copacabana...
Copacabana praia de... Copacabana praia de...
Copacabana... Praia...
Atenção, bombeiros, guarda costeira, polícia militar
Atividade, Atividade, Atividade
Porque eu to vendo... Não, tá todo mundo vendo
Que centenas de mulatas estão despencando das ondas
No Mar de Copacabana
É só dar uma panorâmica
No calhau do posto cinco tem quinhentas
No calhau do posto quatro, quatrocentos
No calhau do posto três, tem mais trezentas
No calhau do posto dois, outras duzentas
Atividade, Atividade
Me empresta essa lanterna por que ta chovendo muito
E esse resgate tem que ser iluminado... resgate iluminado.
Há uma semana atrás um navio mexicano
Vazou tequila de frente pra orla marítima de Copacabana
O sol encarregou-se de evaporá-la
Daí que Copacabana está envolvida por uma neblina de
Tequila evaporada! Tequila evaporada!
E há duas horas atrás um imenso iate Sargentelli
Naufragou cheio de mulatas suculentas
Daí que a orla marítima de Copacabana
Está sendo bombardeada por uma ressaca de mulatas
Mulatas afogadas na tequila evaporada
Passistas naufragadas na tequila evaporada
E assistindo às operações de resgate, existe uma loirinha,
Uma Ninfeta Boticelli procurada pela polícia.
Um agente federal reconhece essa loirinha
E ela sai correndo assustada no meio da tequila evaporada.
Loirinha assustada na tequila evaporada
Loirinha assustada na tequila evaporada
E no meio da chuva a multidão pegunta:
- Me diz aí agente, quem é essa loirinha?
- O nome dela é Juliette
E a multidão encharcada pergunta:
- Me diz aí agente o quê que fez essa loirinha?
- Ela roubou uma holografia de Julio Iglesias segurando um Leite
de Aveia Davene da embaixada de Espanha
E a multidão encharcada pergunta:
- De onde vem essa loirinha?
- Sua mãe pertence a uma estirpe de strippers e o seu pai... é
indeterminado!
A única informação que se tem dele é que pertencia à seleção
holandesa de 1974.
Juliette é a filha bastarda do Carrossel Holandês, da Laranja
Mecânica...
Quem será, quem terá sido o pai dessa Ninfeta Boticelli?
- Será o Rensenbrink?
- Pode ser...
- Ou terá sido Rep?
- Pode ser...
- Será o Van Hanegem?
- Pode ser...
- Ou terá sido Neesken?
- Pode ser...
- Será o Suurbier?
- Pode ser...
- Ou terá sido Krol?
- Pode ser...
- Ou terá sido Cruijff?
- Ou o goleiro Jongbloed?
O policial mata Juliette com um tiro na cabeça.
Leva a holografia pra delegacia
E depois enterra o corpo da Ninfeta Boticelli na areia da praia
No meio da Tequila evaporada... Chuva Forte...
Tequila evaporada... Chuva Forte...
Tequila evaporada... Chuva Forte...
Tequila...
da Séria Série: Isto não se faz Arnesto
torcedoras holandesas que foram presas na África do Sul, por conta dos vestidos, que segundo "autoridades", continham propaganda inadequada, segundo padrões FIFA. Sei. "Loiraças Belzebus."
terça-feira, 22 de junho de 2010
Benta Bendita Benedita
dorme esquecido em alguma parte um roteiro feito para possível participação de familiares e amigos.
já teve vários nomes o dito. atualmente tem dois para votação: dedique uma canção para quem você ama ou alguém cantando. por que é um roteiro que tenta mostrar as veias artísticas de gente de quem sou grato, através de textos, cenas, danças e principalmente música.
seja que nome tiver, a segunda cena é de Benê, minha mãe. nela ela está vestida de negro, camera na perpendicular se aproximando dela até quase um close, fundo branco e mandando ver alguém cantando de caetano veloso.
talvez eu tenha que ensaiá-la de novo, como fiz quando a avisei que ela cantaria no lançamento do meu livro, numa livraria paulistana, essa e mais algumas do repertório de billie holiday e alberta hunter. não só aceitou, deu conta do recado e foi elogiada.
outro mico que a fiz pagar foi reservar um último espaço numa fita cassete gravada para um amigo, a postei diante do aparelho de som, passei-lhe o microfone e pedi que ela cantasse um hino católico, que a ouvia cantar em casa, do salmo 23. transformado num blues, entrei em contracanto. lindo. e alguém cantando é descrição exata dela cantando pela nossa casa.
palavrinha, palavrão. antes do dicionário era ela. e passando em algumas ocasiões pelo portão, já dava para ouvir a voz dela. o cheiro de algum prato sendo preparado. não seria só isso. os horizontes que as palavras propunham, são heranças dela.
40 anos ontem na sala da minha avó rosa em londrina, apoiei minhas costas em alguns momentos nas pernas dela, para assistir a final da copa de 70, buscando algum conforto durante os ataques italianos contra a defesa brasileira. fiz uma promessa que não cumpri. não cumpri outras. ela acha que tem pouco. e nem se dá conta que é rica em muitos sentidos.
já teve vários nomes o dito. atualmente tem dois para votação: dedique uma canção para quem você ama ou alguém cantando. por que é um roteiro que tenta mostrar as veias artísticas de gente de quem sou grato, através de textos, cenas, danças e principalmente música.
seja que nome tiver, a segunda cena é de Benê, minha mãe. nela ela está vestida de negro, camera na perpendicular se aproximando dela até quase um close, fundo branco e mandando ver alguém cantando de caetano veloso.
talvez eu tenha que ensaiá-la de novo, como fiz quando a avisei que ela cantaria no lançamento do meu livro, numa livraria paulistana, essa e mais algumas do repertório de billie holiday e alberta hunter. não só aceitou, deu conta do recado e foi elogiada.
outro mico que a fiz pagar foi reservar um último espaço numa fita cassete gravada para um amigo, a postei diante do aparelho de som, passei-lhe o microfone e pedi que ela cantasse um hino católico, que a ouvia cantar em casa, do salmo 23. transformado num blues, entrei em contracanto. lindo. e alguém cantando é descrição exata dela cantando pela nossa casa.
palavrinha, palavrão. antes do dicionário era ela. e passando em algumas ocasiões pelo portão, já dava para ouvir a voz dela. o cheiro de algum prato sendo preparado. não seria só isso. os horizontes que as palavras propunham, são heranças dela.
para Benê
Mama´s Food
polenta brócolis macarrão
poejo cheiro verde água
beijo remédio carinho
sopa mandioca salsa arroz
carne óleo de oliva quiabo
canto segredo irmãos
feijão preto arroz doce
mingau canja laranjada
riso respeito e reza.
polenta brócolis macarrão
poejo cheiro verde água
beijo remédio carinho
sopa mandioca salsa arroz
carne óleo de oliva quiabo
canto segredo irmãos
feijão preto arroz doce
mingau canja laranjada
riso respeito e reza.
40 anos ontem na sala da minha avó rosa em londrina, apoiei minhas costas em alguns momentos nas pernas dela, para assistir a final da copa de 70, buscando algum conforto durante os ataques italianos contra a defesa brasileira. fiz uma promessa que não cumpri. não cumpri outras. ela acha que tem pouco. e nem se dá conta que é rica em muitos sentidos.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Pitacos de Segunda
40 anos hoje. E memória boa é saber nas pernas de quem nesse dia você apoiava as costas, buscando conforto para alguns momentos daquele jogo. Hein, hein, hein ? ÊÊ
Maria Sharapova que concorda. O jogo tem que ser bonito.
criatividade e divertimento. o esporte vale por isso.
a nova versão de Ponta de lança africano, o Umbabarauma
N.R. e a Céu, e a Anelis e a Thalma de Freitas hein ? é preciso agilizar aquelas "minhas backings vocals"...tão graciosas quanto.
Boas jogadas, boas idéias, bons encontros e Boa Semana !!!
Maria Sharapova que concorda. O jogo tem que ser bonito.
criatividade e divertimento. o esporte vale por isso.
a nova versão de Ponta de lança africano, o Umbabarauma
N.R. e a Céu, e a Anelis e a Thalma de Freitas hein ? é preciso agilizar aquelas "minhas backings vocals"...tão graciosas quanto.
Boas jogadas, boas idéias, bons encontros e Boa Semana !!!
sexta-feira, 18 de junho de 2010
O pêndulo de minhas crenças
Acredito em Deus quando...
...olho para Isabella Rossellini mesmo com o passar do tempo e que faz aniversário hoje.
E desacredito na intuição feminina quando ela se casa com o cineasta David Lynch, para depois ser despachada por fax, telefone, carta, sei lá, mostrando que o sujeito não bate bem das idéias mesmo.
Desacredito em Deus quando...
...o mundo fica mais sem graça por conta desses eventos, da qual não temos controle.
in Viagem a Portugal, 2007
Acredito em Deus, assim assim: quando o velho e bom Macca, comemora mais um aniversário.
E não levo muita fé, que depois de Say, Say, Say, em parceria com Michael Jackson, e isso lá vai alguns anos, ele não chegou mais ao topo das paradas americanas.
...olho para Isabella Rossellini mesmo com o passar do tempo e que faz aniversário hoje.
E desacredito na intuição feminina quando ela se casa com o cineasta David Lynch, para depois ser despachada por fax, telefone, carta, sei lá, mostrando que o sujeito não bate bem das idéias mesmo.
Desacredito em Deus quando...
...o mundo fica mais sem graça por conta desses eventos, da qual não temos controle.
A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava. É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.
in Viagem a Portugal, 2007
Acredito em Deus, assim assim: quando o velho e bom Macca, comemora mais um aniversário.
E não levo muita fé, que depois de Say, Say, Say, em parceria com Michael Jackson, e isso lá vai alguns anos, ele não chegou mais ao topo das paradas americanas.
Junk
Paul McCartney
Motor Cars, Handle Bars
Bicycles for Two
Broken Hearted Jubilee
Parachutes, Soldier Boots
Sleeping Bags for Two
Sentimental Jamboree
Buy Buy
Says the Sign in the Shop Window
Why Why
Says the Junk in the Yard
Candlesticks, Building Bricks
Something Old and New
Memories for You and Me
Buy Buy
Says the Sign in the Shop Window
Why Why
Says the Junk in the Yard
Paul McCartney
Motor Cars, Handle Bars
Bicycles for Two
Broken Hearted Jubilee
Parachutes, Soldier Boots
Sleeping Bags for Two
Sentimental Jamboree
Buy Buy
Says the Sign in the Shop Window
Why Why
Says the Junk in the Yard
Candlesticks, Building Bricks
Something Old and New
Memories for You and Me
Buy Buy
Says the Sign in the Shop Window
Why Why
Says the Junk in the Yard
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Uma Quarta de Pitacos
Pitaco familiar
Outro Pitaco familiar. Não somos racistas ou Não há africanos em Sampa
Ao término da partida de ontem liguei para alguém que jogou um pouquinho de bola. Assim como fazia Nelson Rodrigues, perguntando para Armando Nogueira: "Armando o que achamos da partida !", incorporei Nelson e liguei para meu pai. Um ex-quarto-zagueiro à frente de seu tempo, elegante, bom cabeceador, goleador e que ajuntava, segundo um tio, ajuntava gente para vê-lo jogar. Depois das risadas de praxe das pixotadas, e um "Domingo não vai ser fácil !", nos despedimos. Não sem antes ele deixar, como sempre em primeiro lugar, um beijo na Teca. Cavalheiro e elegante.
Aí fui limpar minhas sujeiras na cozinha e como ele fazia, liguei o rádio para ouvir os comentários. Perda de tempo, o que meu pai tinha me dito batia e de forma melhor com que os caras diziam. Quem precisa deles?
Aí fui limpar minhas sujeiras na cozinha e como ele fazia, liguei o rádio para ouvir os comentários. Perda de tempo, o que meu pai tinha me dito batia e de forma melhor com que os caras diziam. Quem precisa deles?
Outro Pitaco familiar. Não somos racistas ou Não há africanos em Sampa
As seleções africanas continuam em baixa, meio culpa delas também, que não apresentam futebol Mas a má vontade é enorme também por parte de comentaristas brasileiros. Elas parecem nem existir, só os adversários estão jogando em muito dos comentários.
E em todo meio tempo, como notado pelo Mano Ruy Sérgio, as emissoras paulistanas, rádios e tvs, acham um naco de comunidades de imigrantes . Não há africanos em São Paulo. Eles não andam pela cidade e nem conhecem a cidade. Ponto para a Tv Cultura, que achou marfinenses torcendo para a seleção de seu país. Da Globo nem falo nada, falar o quê de uma emissora que tem um diretor de jornalista como Ali Kamel. Explica-se.
E em todo meio tempo, como notado pelo Mano Ruy Sérgio, as emissoras paulistanas, rádios e tvs, acham um naco de comunidades de imigrantes . Não há africanos em São Paulo. Eles não andam pela cidade e nem conhecem a cidade. Ponto para a Tv Cultura, que achou marfinenses torcendo para a seleção de seu país. Da Globo nem falo nada, falar o quê de uma emissora que tem um diretor de jornalista como Ali Kamel. Explica-se.
Hoje foi feriado na África do Sul. É o Dia da Juventude. Em 16 de junho de 1976 estudantes negros prostestavam contra as diretrizes de ensino. E foram "reprimidos "em Soweto pela polícia do apartheid. Pelo mesmo motivo e para lembrarem do massacre de 76, quatro anos depois e também com repressão e mortes os estudantes voltaram às ruas. E além de pedras, molotvs, cantavam essa música do Pink Floyd que ficou proibida no país durante um tempo.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Pitacos de Segunda
O grupo paulistano Premeditando o Breque tinha um personagem em uma de suas músicas que comprava uma kombi de um japonês. Pois a danada da kombi só fazia o mesmo trajeto mesmo na mão do novo dono: "É só Ceasa, é só Ceasa, tem mais de mês que não volto pra casa", versava a letra. Neste fim de semana, senão fosse a bendita internet, não saberia os resultados da NBA, Liga de Vôlei, torneios de tênis, com Hewitt, australiano voltando a vencer e em cima do Roger Federer, Sharapova, perdeu outro torneio para a chinesa NaLin. Esportes que não dão tanto audiência assim, apesar de serem caros e mais bem organizados. É só Copa, é só Copa.
eu quero ver gol
Para justificar os investimentos dos pais. A meninada do condômínio onde moro, resolveu torcer para seleção que aparecer à sua frente. É um festival de cornetas apitos e similares instrumentos de sopros em cada hino ou gol. Que beleza !
meus sais, por favor !
Renata Vasconcelos, Patricia Poeta, Fabiana Scaranzi e Cátia Fonseca ainda não se manifestaram por aqui. Quem promete seguir a promessa de Maradona e também ficar nua, caso a seleção de seu país ganhe a Copa, é a apresentadora da televisão chilena, Cláudia Conserva. Seremos obrigados à torcer para o Chile ?
um passarinho, verde e amarelo, claro, me informou que o cantor americano John Legend, resgatou lá dos 70, um dos hits de Harold Melvin, Wake up everybody, no show de abertura da Copa na última quinta. Bem um aviso para um país, que apesar dos comentários dos "analistas", que por lá estão, precisa acordar e muito. A música pede que se levantem, professores, doutores, para um novo caminho, uma nova terra. Rememorar pode ser doloroso. Mas trabalhar para o restauro da história e da dignidade abre feridas e fere poderosos. Mas é preciso é a ação necessária.
Wake up ! Aquela Corrente Prá Frente e Boa Semana !!!
eu quero ver gol
Para justificar os investimentos dos pais. A meninada do condômínio onde moro, resolveu torcer para seleção que aparecer à sua frente. É um festival de cornetas apitos e similares instrumentos de sopros em cada hino ou gol. Que beleza !
meus sais, por favor !
Tiago Leifert, aposta esportiva da hora da mída e global , chamando o cantor Latino de "gênio da MPB", eu podia ter ido para cama sem esse desastre de opinião. Quem mandou ?
Renata Vasconcelos, Patricia Poeta, Fabiana Scaranzi e Cátia Fonseca ainda não se manifestaram por aqui. Quem promete seguir a promessa de Maradona e também ficar nua, caso a seleção de seu país ganhe a Copa, é a apresentadora da televisão chilena, Cláudia Conserva. Seremos obrigados à torcer para o Chile ?
um passarinho, verde e amarelo, claro, me informou que o cantor americano John Legend, resgatou lá dos 70, um dos hits de Harold Melvin, Wake up everybody, no show de abertura da Copa na última quinta. Bem um aviso para um país, que apesar dos comentários dos "analistas", que por lá estão, precisa acordar e muito. A música pede que se levantem, professores, doutores, para um novo caminho, uma nova terra. Rememorar pode ser doloroso. Mas trabalhar para o restauro da história e da dignidade abre feridas e fere poderosos. Mas é preciso é a ação necessária.
Wake up ! Aquela Corrente Prá Frente e Boa Semana !!!
sábado, 12 de junho de 2010
A namorada ideal
Amor não é fácil de achar - Paulinho da Viola
A namorada ideal saberia que Amoroso é um título de àlbum do João Gilberto.
Saberia que o livro Fragmentos de um discurso amoroso do filósofo Roland Barthes era bem mais que um presente.
Saberia que a edição da cena com Ray Liotta em "Os Bons Companheiros" com a música "Sunshine of your love" com a gravação do Cream, é um dos muitos bons enquadramentos do cineasta Martin Scorsese.
Saberia que o nome da moça na capa do disco que ela manuseava, entre quatro homens é Chrissie Hynde do The Pretenders e saberia ao menos um verso de "Message of love".
Saberia que as peças de Gerald Thomas, algumas são longas e parecem um happenning e que as de Antunes Filho além de privilegiarem textos nacionais, são mais fáceis de serem assistidas.
Saberia que os visitantes no Pacaembu usam o canto das numeradas. E que perguntar, no meio da Gaviões por que eles estão pulando, no gol deles, é quase um insulto.
Saberia que o "Sujinho" é só um apelido carinhoso para um restaurante interessante na Consolação.
Saberia que aquela cantada na PUC era plágio de um filme com Robert Redford e Barbra Streisand
Mas talvez a namorada ideal não encantasse tanto as crianças ao redor.
Talvez não perguntasse quase dormindo se o filme de suspense é "filme de fantasma ?" e se aninharia para só esconder a cara.
Talvez não tivese adorado as panquecas do Jota's com suco de abacaxi e hortelã e os pratos do Almanara
Talvez não se esforçasse para fazer um prato.
Talvez não se esforçasse para tudo dar certo.
Talvez não cantasse alto quando desse vontade e pedisse uma dança vez em quando, uma música no ouvido.
Talvez não deixasse bilhetes carinhosos.
Talvez não tivesse tantos em volta.
Talvez não tivesse chorado quando confirmado que os filhos sonhados não viriam mesmo.
Talvez não fosse tão otimista com a vida.
Talvez nao ficasse no alto do poço com archote e palavras de incentivo toda vez que o escorpiniano ortodoxo resolvesse se instalar, por conta de suas manias, no fundo dele.
E talvez diante de um Juiz de Paz não aparecesse para confirmar a caminhada com alguém que nem é o namorado imaginado, sonhado, o ideal.
Roberto, por que não ?
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Pitacos na Sexta. Vai começar !
E se durante muitos anos você fosse impedido de sair de casa sem um passe, sequer para andar na calçada de casa ? E se você durante muitos anos não pudesse se reunir com seu amigos e até familiares. ? E se você durante anos fosse tratado não como humano, mas como um ser inanimado qualquer ? E se você nem pudesse receber visitas em sua casa que não fosse as monitoradas pelo Estado que tem total controle sobre sua vida ?
Você não ficaria feliz se pudesse fazer uma festa, sair às ruas, chamar os amigos, a família e trazer alguns estrangeiros para sua festa ?
Você não ficaria feliz e mostraria sua casa, sua dança, sua alegria ?
Mesmo entre os crimes, a corrupção, os preconceitos que ainda há, você mesmo diante disso, não esqueceria, que aquilo, é só uma movimento de peças de um jogo do qual você não se interessa muito, mesmo assim você não ficaria feliz e mostraria isso ao mundo ?
Mais que o evento, a Copa que começa hoje na África do Sul, por conta da nova geopolítica ludopédica iniciada por João Havelange, pode contar outras histórias sobre o continente africano. Mesmo sobre o efeito desse opiáceo futebolístico. Compartilhar alegria e amizades e abrir veredas novas, para abrigar esses novos antigos habitantes do Planeta Terra. Vai começar !
Em Tempo: alguns jornalistas brasileiros estão surpreendidos pelo frio. Esperavam calor senegalês ou saariano. Faltaram às aulas de Geografia aquele tópico que ensina os movimentos de translação e rotação da Terra, estações do ano, matéria do Ensino Fundamental. Tivessem estudado saberiam, que a África do Sul está abaixo do Trópico de Capricórnio, esta linha imaginária que passa por São Paulo e que em Londrina, diziam que devíamos de nos orgulharmos, por estarmos sob o efeito da presença dele. Com isso o clima sul-africano está mais para Porto Alegre ou Buenos Aires, do que para Dacar. E são "formadores de opinião"
Você não ficaria feliz se pudesse fazer uma festa, sair às ruas, chamar os amigos, a família e trazer alguns estrangeiros para sua festa ?
Você não ficaria feliz e mostraria sua casa, sua dança, sua alegria ?
Mesmo entre os crimes, a corrupção, os preconceitos que ainda há, você mesmo diante disso, não esqueceria, que aquilo, é só uma movimento de peças de um jogo do qual você não se interessa muito, mesmo assim você não ficaria feliz e mostraria isso ao mundo ?
Mais que o evento, a Copa que começa hoje na África do Sul, por conta da nova geopolítica ludopédica iniciada por João Havelange, pode contar outras histórias sobre o continente africano. Mesmo sobre o efeito desse opiáceo futebolístico. Compartilhar alegria e amizades e abrir veredas novas, para abrigar esses novos antigos habitantes do Planeta Terra. Vai começar !
Em Tempo: alguns jornalistas brasileiros estão surpreendidos pelo frio. Esperavam calor senegalês ou saariano. Faltaram às aulas de Geografia aquele tópico que ensina os movimentos de translação e rotação da Terra, estações do ano, matéria do Ensino Fundamental. Tivessem estudado saberiam, que a África do Sul está abaixo do Trópico de Capricórnio, esta linha imaginária que passa por São Paulo e que em Londrina, diziam que devíamos de nos orgulharmos, por estarmos sob o efeito da presença dele. Com isso o clima sul-africano está mais para Porto Alegre ou Buenos Aires, do que para Dacar. E são "formadores de opinião"
quarta-feira, 9 de junho de 2010
terça-feira, 8 de junho de 2010
Música de Bailinho
Até as grandes equipes de baile, como Chic Show, começaram em bailes domésticos. Não me lembro quando migrei das garagens e salas das casas dos amigos e pretendidas namoradas, para
outros salões. Sei que ainda fui ao baile da casa da amiga de classe da Monica, que estudava no mesmo colégio que o meu, colega essa, tinha eu algum interesse, e a coisa estava naquela fase do "será ?".
Ninguém tirava a Monica para dançar nos bailes. Quase pouca gente falava com ela. O motivo era o namorado dela. Um casca grossa dizem da Vila Paiva, que era chegado à algumas violências junto com seus irmãos, que diziam somar uns cinco. Via o cara pelas ruas da Vila Guilherme. E ele até me "apoiou" numa quadra uma vez , quando fui defender um pirralho de uns caras maiores. A coisa só não ficou feia para mim e o pirrralho por conta da intervenção dele. A partir de então sempre que me encontrava dava um alô. E cá entre nós, o cara saia com uma outra menina do Casimiro de Abreu também.
A Monica era uma loirinha magrinha, como pareciam ser as meninas naquele começo de adolescência. Tinha um irmão menor que passeava com ela pela Mozelos, Imperador, ruas do bairro, via parte do movimento pela porta da banca do Gil.
No uniforme da escola, na camisa, estampávamos o distintivo da escola que estudávamos. O distintivo da camisa da Monica, estava preso à camisa por quatro botões de pressão, e ela usava umas sainhas cinzas bem curtinhas. Ela ficava linda e tinha um ar de ter mais idade do que a maioria das meninas e ela lia a Revista Pop comprada na banca do Gil. E também não me lembro quando aboliram os uniformes. E ninguém a tirava para dançar.
Para divulgar os jogos do campeonato interno de futebol, passei,`a mão mesmo, colocar resultados na parede da escola, perto da cantina. Além dos resultados, tinha minhas análises das partidas. Os meninos liam. Um dia publiquei um poema do Vinicícus de Moraes que ele tinha musicado. As meninas passaram também a ler, meus escritos. Saí do textos dos outros e publicava meus claudicantes textos. E passei a publicar dicas. Ouçam isso, leiam aquilo, ouçam She's gone de Daryl Hall e John Oates. Um dia antes do baile na casa da amiga da Monica, a vi lendo meus escritos. Ninguém tirava a Monica para dançar.
O baile é na Laurianos, uma rua com uma ladeira de matar em Vila Paiva. Monica está num canto, refrigerantes, salgados, música de vitrola, conversas, risos, os meninos de um lado, as meninas de outro. Monica num canto, o namorado não veio. Me atrevo. Ela topa. No meio da música ela me fala. Ouviu a música do Hall and Oates. Danço com ela, como vi um primo dançar uma vez. Abraçando-a só com o braço direito, deixando o esquerdo livre, para pontuar a conversa e de vez em quando pegar na mão dela. Uma, duas, várias músicas depois, já me esqueci que eu estava interessado na amiga dela.
Além de colocar meu pobres escritos na parede, ainda mandava um, "essa é para...". Naquela semana, publiquei na parede a tradução da música de Hall and Oates, e mandei "essa é para Monica".
Conhecia um menino da Caçador, outra rua do bairro. No sábado seguinte estou na porta da casa dele quando avisto o namorado da Monica e alguns dos seus em volta dele. Ele passou e nada de cumprimentos. Ele parou na esquina da Estrada da Conceição, hoje Avenida Conceição e lá ficou, olhando em nossa direção. A Caçador dá uma meia lua e sai de novo na Estrada da Conceição, fiquei imaginando por onde fugir, como chegar na segurança da Maria Candida, onde também conhecia uns caras. Me despeço do meu amigo. Olhando de soslaio, vejo os caras na Estrada da Conceição virem em boa passada na minha direção. Antes de chegar na Mozelos vejo na calçada, Monica, que me vê e começa a sorrir. Certas mortes devem ser belas mas não agora, penso. Falo um "oi" correndo e digo que o namorado dela está procurando por ela e é urgente. Se ela o segurar, dá tempo de pegar a Imperador, Lagoa Panema e descer a Joaquina. Deu. È preciso sobreviver para contar nossa versão da história. Monica ? Nos anos seguintes ainda a veria muitas vezes pelo bairro. Sorria, acenava. Não casou com o casca grossa, but She's Gone ! Mesmo porque no Casemiro...bem.....
outros salões. Sei que ainda fui ao baile da casa da amiga de classe da Monica, que estudava no mesmo colégio que o meu, colega essa, tinha eu algum interesse, e a coisa estava naquela fase do "será ?".
Ninguém tirava a Monica para dançar nos bailes. Quase pouca gente falava com ela. O motivo era o namorado dela. Um casca grossa dizem da Vila Paiva, que era chegado à algumas violências junto com seus irmãos, que diziam somar uns cinco. Via o cara pelas ruas da Vila Guilherme. E ele até me "apoiou" numa quadra uma vez , quando fui defender um pirralho de uns caras maiores. A coisa só não ficou feia para mim e o pirrralho por conta da intervenção dele. A partir de então sempre que me encontrava dava um alô. E cá entre nós, o cara saia com uma outra menina do Casimiro de Abreu também.
A Monica era uma loirinha magrinha, como pareciam ser as meninas naquele começo de adolescência. Tinha um irmão menor que passeava com ela pela Mozelos, Imperador, ruas do bairro, via parte do movimento pela porta da banca do Gil.
No uniforme da escola, na camisa, estampávamos o distintivo da escola que estudávamos. O distintivo da camisa da Monica, estava preso à camisa por quatro botões de pressão, e ela usava umas sainhas cinzas bem curtinhas. Ela ficava linda e tinha um ar de ter mais idade do que a maioria das meninas e ela lia a Revista Pop comprada na banca do Gil. E também não me lembro quando aboliram os uniformes. E ninguém a tirava para dançar.
Para divulgar os jogos do campeonato interno de futebol, passei,`a mão mesmo, colocar resultados na parede da escola, perto da cantina. Além dos resultados, tinha minhas análises das partidas. Os meninos liam. Um dia publiquei um poema do Vinicícus de Moraes que ele tinha musicado. As meninas passaram também a ler, meus escritos. Saí do textos dos outros e publicava meus claudicantes textos. E passei a publicar dicas. Ouçam isso, leiam aquilo, ouçam She's gone de Daryl Hall e John Oates. Um dia antes do baile na casa da amiga da Monica, a vi lendo meus escritos. Ninguém tirava a Monica para dançar.
O baile é na Laurianos, uma rua com uma ladeira de matar em Vila Paiva. Monica está num canto, refrigerantes, salgados, música de vitrola, conversas, risos, os meninos de um lado, as meninas de outro. Monica num canto, o namorado não veio. Me atrevo. Ela topa. No meio da música ela me fala. Ouviu a música do Hall and Oates. Danço com ela, como vi um primo dançar uma vez. Abraçando-a só com o braço direito, deixando o esquerdo livre, para pontuar a conversa e de vez em quando pegar na mão dela. Uma, duas, várias músicas depois, já me esqueci que eu estava interessado na amiga dela.
Além de colocar meu pobres escritos na parede, ainda mandava um, "essa é para...". Naquela semana, publiquei na parede a tradução da música de Hall and Oates, e mandei "essa é para Monica".
Conhecia um menino da Caçador, outra rua do bairro. No sábado seguinte estou na porta da casa dele quando avisto o namorado da Monica e alguns dos seus em volta dele. Ele passou e nada de cumprimentos. Ele parou na esquina da Estrada da Conceição, hoje Avenida Conceição e lá ficou, olhando em nossa direção. A Caçador dá uma meia lua e sai de novo na Estrada da Conceição, fiquei imaginando por onde fugir, como chegar na segurança da Maria Candida, onde também conhecia uns caras. Me despeço do meu amigo. Olhando de soslaio, vejo os caras na Estrada da Conceição virem em boa passada na minha direção. Antes de chegar na Mozelos vejo na calçada, Monica, que me vê e começa a sorrir. Certas mortes devem ser belas mas não agora, penso. Falo um "oi" correndo e digo que o namorado dela está procurando por ela e é urgente. Se ela o segurar, dá tempo de pegar a Imperador, Lagoa Panema e descer a Joaquina. Deu. È preciso sobreviver para contar nossa versão da história. Monica ? Nos anos seguintes ainda a veria muitas vezes pelo bairro. Sorria, acenava. Não casou com o casca grossa, but She's Gone ! Mesmo porque no Casemiro...bem.....
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Pitacos Esportivos
O Brasília finalmente aprendeu e ganhou uma final de Liga do NBB do Flamengo 76 a 74 no quinto jogo da série, apesar da quase entregada de Nezinho.
Cuba aparece com uma geração rejuvenescida e ganha as duas primeiras da boa equipe de vôlei da Argentina por 3 sets a 2.
E o Corinthians parece mais equilibrado mesmo com alguns querendo ver catástrofes na eliminação na Libertadores. È porque não teve quebra-quebra, nem choro e nem debandada de jogadores e técnicos. O jogo mais pensado está começando a fluir. Falar em título é cedo e parada da Copa pode servir para melhoria de alguns pontos fracos. O Santos recuperou um pouco do seu jogo. Mas o Fluminense pode surpreender. E depois do Hexa, apesar de Dunga, tem o tetra do São Paulo na Libertadores. Promete.
E o Corinthians parece mais equilibrado mesmo com alguns querendo ver catástrofes na eliminação na Libertadores. È porque não teve quebra-quebra, nem choro e nem debandada de jogadores e técnicos. O jogo mais pensado está começando a fluir. Falar em título é cedo e parada da Copa pode servir para melhoria de alguns pontos fracos. O Santos recuperou um pouco do seu jogo. Mas o Fluminense pode surpreender. E depois do Hexa, apesar de Dunga, tem o tetra do São Paulo na Libertadores. Promete.
Se tem uma coisa que me encanta é sorriso de mulher. Francesca Schiavone exibiu alguns dos seus em suas exibições em Roland Garros, fez história. Aos 29 anos, corajosa foi a primeira tenista italiana a ganhar um torneio de Grand Slam. Não há segurança diante de um sorriso desse.
E vem aí a Copa na Àfrica e o mezzo anda molto africano, com sotaque em italiano de personagem de novela de Sílvio de Abreu em homenagem à Francesca,vai que cola. Orchestre Poly-Rythmo do Benin.
E vem aí a Copa na Àfrica e o mezzo anda molto africano, com sotaque em italiano de personagem de novela de Sílvio de Abreu em homenagem à Francesca,vai que cola. Orchestre Poly-Rythmo do Benin.
Foto : Raymond Depardon
Que os horizontes avistados sejam possíveis e Boa Semana !
domingo, 6 de junho de 2010
Velha Guarda da Portela no CCJ
Só conhecia de vista o CCJ no Bairro da Cachoeirinha na zona norte paulistana. Neste sábado adentrei ao espaço cultural, que leva o nome da socióloga Ruth Cardoso. Até achei que só eu e parte da minha família se aventuraria ao evento.
Integrantes das Velhas Guardas de escolas paulistanas, ritmistas, interessados de bom gosto, confirmaram meu ledo engano. Que bom.
Trazendo como mestre de cerimônia o compositor Monarco, a Velha Guarda da Portela, que completa 40 anos desde o lançamento do disco Portela Passado de Glória, fez show na Arena, um pouco desconfortável, e com som horrível, causando um certo desconforto com alguns integrantes do grupo, que além do compositor vieram com a Tia Surica, Anna Maria, Timbira, David do Pandeiro. Casquinha está doente e não veio.
Mas isso e o frio da região um pouco mais alta que outras partes da cidade não arrefeceram o ânimo dos mais de quinhentos espectadores, fora os que viram o show por um telão instalado no saguão do centro.
Do começo ao fim foi um desfile de hits, só comparados aos mais populares cantores, acompanhados por muitos espectadores entusiamados, que faziam coro ao grupo. Não teve como não se emocionar ao vê-los, homenagear, Clara Nunes, Paulinho da Viola, Manacéia, e claro a Portela. E tudo termina com " Foi um rio que passou em minha vida", que quase vira desfile pelo centro, só não se concretizando porque como disse Monarco, "estamos ficando velhos, precisamos ir embora", mas isso dito com aquela simpatia impar e um sorriso matador. Mas como versa a música que abre o show, "Estamos velhos mas não estamos mortos !". Não estão mesmo. E de quebra, mostrando meu lado tiete, ganhei alguns autógrafos no meu livro de receitas das tias da Portela o Batuque na cozinha de autoria de Alexandre Medeiros. Um luxo só para a Cachoeirinha.
aí como um certo vídeo gravado por uma certa pessoa, cujo nome não será citado para evitar sanções jurídicas e para evitar que eu durma as primeiras noites de inverno paulistano acompanhado da minha manta e do meu travesseiro preferido no sofá da sala, rss..cáspite.,não chegou até nossa redação. Esse aqui só para ilustrar o post.
Integrantes das Velhas Guardas de escolas paulistanas, ritmistas, interessados de bom gosto, confirmaram meu ledo engano. Que bom.
Trazendo como mestre de cerimônia o compositor Monarco, a Velha Guarda da Portela, que completa 40 anos desde o lançamento do disco Portela Passado de Glória, fez show na Arena, um pouco desconfortável, e com som horrível, causando um certo desconforto com alguns integrantes do grupo, que além do compositor vieram com a Tia Surica, Anna Maria, Timbira, David do Pandeiro. Casquinha está doente e não veio.
Mas isso e o frio da região um pouco mais alta que outras partes da cidade não arrefeceram o ânimo dos mais de quinhentos espectadores, fora os que viram o show por um telão instalado no saguão do centro.
Do começo ao fim foi um desfile de hits, só comparados aos mais populares cantores, acompanhados por muitos espectadores entusiamados, que faziam coro ao grupo. Não teve como não se emocionar ao vê-los, homenagear, Clara Nunes, Paulinho da Viola, Manacéia, e claro a Portela. E tudo termina com " Foi um rio que passou em minha vida", que quase vira desfile pelo centro, só não se concretizando porque como disse Monarco, "estamos ficando velhos, precisamos ir embora", mas isso dito com aquela simpatia impar e um sorriso matador. Mas como versa a música que abre o show, "Estamos velhos mas não estamos mortos !". Não estão mesmo. E de quebra, mostrando meu lado tiete, ganhei alguns autógrafos no meu livro de receitas das tias da Portela o Batuque na cozinha de autoria de Alexandre Medeiros. Um luxo só para a Cachoeirinha.
aí como um certo vídeo gravado por uma certa pessoa, cujo nome não será citado para evitar sanções jurídicas e para evitar que eu durma as primeiras noites de inverno paulistano acompanhado da minha manta e do meu travesseiro preferido no sofá da sala, rss..cáspite.,não chegou até nossa redação. Esse aqui só para ilustrar o post.
sábado, 5 de junho de 2010
Suave coisa nenhuma
o mundo mais sem graça - Kazuo Ohno (1906-2010)
ela pede que eu leia trechos de livros e poemas em voz alta, com minha voz grave enquanto caminha pensativa, dançante às vezes, pela casa de poucos móveis, muitos livros e discos e desenhos feitos por ela.
ela pede que eu leia trechos de livros e poemas em voz alta, com minha voz grave enquanto caminha pensativa, dançante às vezes, pela casa de poucos móveis, muitos livros e discos e desenhos feitos por ela.
o sol bate na sala e mostra o contorno do corpo dela sob a bata. ela quase sempre faz macarrão ou omelete bem recheado de queijo e presunto. e tudo servido com laranjada, limonada ou um guaraná barato. ela namora um outro cara, eu a conheci lendo uns poemas num barzinho, das poucas vezes que fiz isso no anonimato. nos encontramos muitas vezes de madrugada, estação paraíso, último trem de metrô. na banca de frutas da minas gerais no fim da paulista. damos muita risada, ela gosta do chet baker do michael jackson e da gal costa. passamos uma tarde de inverno sob as cobertas brincando de flávio cavalcanti. um falava uma palavra e o outro tinha que cantar uma música que contivesse a palavra. ela sabia mais do que eu. ela chorou na sessão do filme a cor púrpura. ela brigou e chorou por minha causa. ela chorou por nós. ela chorou com as perfomances de kazuo ohno e por isso me lembrei dela. ela deve estar por aí.
o carrinho da saudade, aquele que ouço o apito antes de aparecer na curva fez das dele essa semana. tenho muito anos no lombo e muitos nomes, gratos e belos na minha história.
o carrinho da saudade, aquele que ouço o apito antes de aparecer na curva fez das dele essa semana. tenho muito anos no lombo e muitos nomes, gratos e belos na minha história.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Pitacos de Quinta Minimalista
SÓ LOVE
vem aí a nova versão de Umbabarauma O Ponta de Lança Africano
a primeira versão é essa do àlbum Àfrica Brasil do ainda Jorge Ben
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Clint Eastwood - 80 anos
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