Para fechar a semana amigavelmente. O primeiro, o Iran.
algumas histórias
Católico com todos os mandamentos na ponta da língua eu me preparava para uns dos sacramentos, a primeira comunhão. As aulas eram num anexo da Catedral de Londrina. Eu ia à pé.
Encontro o Iran pelo caminho. Ele me pergunta onde eu estava indo. Falei. Queria mais informações. Expliquei. Ele foi enfático: Quero fazer esse negócio aí de catecismo. Nunca tinha visto o cara numa missa. Ele me convenceu a pedir para mãe dele que deixasse ele ir comigo. Ela falou que ele teria que começar ir à missa. Convenceu a pelo cansaço. Tínhamos aula com uma freira linda do Colégio Mãe de Deus, da Congregação de Shoenstatt. Um dia ela apareceu com uma gravura do Paraíso, muitos animais na gravura. Tínhamos que elencar os bichos. Na minha explanação o cervo, virou veado. Acho que a risada mais alta foi a dele. A freira não gostou, fez cara de brava, e rebateu que era um cervo e fechou a cara. Mesmo de cara fechada era linda. Acho que foi ele, que me consolou depois. Você estava certo, era um "viadinho"!
Encontro o Iran pelo caminho. Ele me pergunta onde eu estava indo. Falei. Queria mais informações. Expliquei. Ele foi enfático: Quero fazer esse negócio aí de catecismo. Nunca tinha visto o cara numa missa. Ele me convenceu a pedir para mãe dele que deixasse ele ir comigo. Ela falou que ele teria que começar ir à missa. Convenceu a pelo cansaço. Tínhamos aula com uma freira linda do Colégio Mãe de Deus, da Congregação de Shoenstatt. Um dia ela apareceu com uma gravura do Paraíso, muitos animais na gravura. Tínhamos que elencar os bichos. Na minha explanação o cervo, virou veado. Acho que a risada mais alta foi a dele. A freira não gostou, fez cara de brava, e rebateu que era um cervo e fechou a cara. Mesmo de cara fechada era linda. Acho que foi ele, que me consolou depois. Você estava certo, era um "viadinho"!
As duas famílias dividiam o mesmo quintal. Eu achava, até começar a entender, alguma coisa de inglês, que todas as músicas bonitas dos Beatles, eram compostas para a irmã dele, a Iara, embora ainda hoje ache que era isso mesmo. E ele não podia ver minha irmã Rosa Maria. Saía cantando, Das Rosas de Dorival Caymmi. Minha irmã ficava desconcertada. Desconcertou também a filha de uma vizinha. Roberto tinha um sucesso, E que tudo mais vá para o inferno. A vizinha chamávamos de "crente", reclamou com a filha, ele eu, cantávamos o hit. A guria pediu. Se quiséssemos brincar com ela era para cantar, E que tudo mais vá para o céu. Vocês atenderam ? Nem ele.
O invejei.Tinha quebrado a perna. Eu nem o dedinho tinha. Fui visitar. Estava orgulhoso. Tinha quebrado a perna durante um tumulto no VGD o estádio do Londrina, no jogo contra o Coritiba. Saiu no jornal. Ele falava disso com orgulho. Invejei mais. Do lado da cama uma pilha de gibis.
Não o vejo desde que saí de Londrina. Nem sei qual família saiu de lá primeiro. Não houve despedidas. Retomanos o contato recentemente. Sempre que está em São Paulo há contratempos, desencontros. Vive me convidando para ir ao Rio. Me mandou um portfólio da carreira dele. Recentemente escrevi para ele para dizer que muitas vezes na minha adolescência ficava imaginando o que ele estava fazendo. Olhando o portfólio, estávamos tendo atividades próximas, cinema, música e poesia. Ele sempre mais ousado, eu sempre mais tímido. Vi quase todos os filmes, novelas, comerciais da qual ele participou, menos os da Xuxa, que amizade tem limites sim. Não o reconheci. Ainda lembrava dele com a cara de menino. O reencontro está próximo. Estão convidados, Rio ou Sampa. Ele mandando ver, eu mandando ouvir.
o som é horrível. a intenção é boa. e o vocalista convidado é legal.
mais sobre ele aqui iranpereiramelo e aqui time de teatro.
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