Passada a jornada do hoje, ensino fundamental e médio, tinha a escolha da carreira universitária. Sabia disso conversando com a mãe, a irmã, a prima, os amigos e principalmente pelos incentivos dos professores.
Mas tinha também o Projeto Rondom, que levava universitários para alguns rincões desassistidos deste país e a reunião anual da SBPC, Sociedade Para o Progresso da Ciência. Perguntei pelos dois no primeiro dia de aula na FAAP, claro, sem respostas e olhares enviesados, um ET perambulando por lá.
Tinham ainda outras opções. Viagem com o Trem da morte até a Bolívia, viagem de bicicleta até os Andes ou ainda caso a pegação e troca de olhares com "aquelas umas", não chegasse a lugar nenhum, a Legião Estrangeira ou clandestinidade do MR-8.
Semana passada li que o MR-8, está querendo se desvincular de vez do PMDB, nem me lembrava dessa mancha na história do grupo. Logo eles, que assim que a abertura chegou e mesmo assim, faziam uma reuniões meio esquisitas, com todo mundo com medo de sirene de ambulância e eu com camiseta preta do recém lançado PT preta com o oPTei em vermelho e branco, sendo olhado de soslaio e quase expulso. Mas pensando na minha mãe lá no apartamento da Vila Guilherme se preparando para levar algum embornal de comida, livros, revistas frutas numa cela qualquer, vai que aquela tal de Abertura fosse uma falácia. E eles ainda estão pensando se saem do feudo do Quércia.
E nesta semana começa a reunião anual da SBPC, Projeto Rondom acho que nem existe mais.
Nem sei mais sobre ideais e diretrizes ideológicas. Mas lendo as intenções de voto do último fim-de-semana, me desgastei, como tenho me desgastado com a política e com os políticos de forma geral, Brasil principalmente e com seu eleitores também.
Tenho ido votar obrigado, vou arrastado e com raiva. Mas depois no fim do dia eleitoral ao assistir ao telejornais me sinto culpado. Tem sempre aquelas locuções oficiais, sobre a "festa democrática", tem sempre na pauta, observem, uma velhinha de 97 anos, que não precisa mais votar, que saí lá de Aboio dos Macucos, navega em rios de canoa, atravessa picadas, e chega ao seu local de votação em Pilares do Norte com seu título de leitor surrado, que ela usou pela primiera vez na eleição de Prudente de Morais, sei lá, para me deixar envergonhado aqui na cosmopolita e moderna São Paulo, que vota no PMDB e no seu filhote PSDB, desde 1982.
E depois começam as reclamações por pedágios, enchentes, escolas, hospitais e começam as especulações no mesmo dia das eleições sobre, "aquele melhor", que não foi votado, esse sim, quando chegar lá, "vai resolver". Cáspite, se era bom, porque já não foi escolhido e eleito ? O bom está sempre de fora. As coisas boas estão sempre com os não escolhidos. O próximo é sempre melhor. As coisas boas de A ou B são sempre descartadas. O que saiu vira especialista e critica o substituto mostrando as soluções que antes ele não teve. E aí nas intenções de voto, sempre os mesmos nomes, as mesmas desculpas, promessas. Desgaste.
Se o voto não fosse obrigatório, um daqueles olhares que deu certo, tomariam parte do meu dia de eleição. Isso sim, uma "festa democrática".
Do que jeito que vai e olhando essas intenções de votos me pergunto se não sumiram juntos há muito tempo o Projeto Rondom, a SBPC, o MR-8 e nossas antigas ideologias. Fico pensando se valeu a pena aquele cagaço dos olhares e das sirenes, mesmo que fosse as das ambulâncias.
Mas tinha também o Projeto Rondom, que levava universitários para alguns rincões desassistidos deste país e a reunião anual da SBPC, Sociedade Para o Progresso da Ciência. Perguntei pelos dois no primeiro dia de aula na FAAP, claro, sem respostas e olhares enviesados, um ET perambulando por lá.
Tinham ainda outras opções. Viagem com o Trem da morte até a Bolívia, viagem de bicicleta até os Andes ou ainda caso a pegação e troca de olhares com "aquelas umas", não chegasse a lugar nenhum, a Legião Estrangeira ou clandestinidade do MR-8.
Semana passada li que o MR-8, está querendo se desvincular de vez do PMDB, nem me lembrava dessa mancha na história do grupo. Logo eles, que assim que a abertura chegou e mesmo assim, faziam uma reuniões meio esquisitas, com todo mundo com medo de sirene de ambulância e eu com camiseta preta do recém lançado PT preta com o oPTei em vermelho e branco, sendo olhado de soslaio e quase expulso. Mas pensando na minha mãe lá no apartamento da Vila Guilherme se preparando para levar algum embornal de comida, livros, revistas frutas numa cela qualquer, vai que aquela tal de Abertura fosse uma falácia. E eles ainda estão pensando se saem do feudo do Quércia.
E nesta semana começa a reunião anual da SBPC, Projeto Rondom acho que nem existe mais.
Nem sei mais sobre ideais e diretrizes ideológicas. Mas lendo as intenções de voto do último fim-de-semana, me desgastei, como tenho me desgastado com a política e com os políticos de forma geral, Brasil principalmente e com seu eleitores também.
Tenho ido votar obrigado, vou arrastado e com raiva. Mas depois no fim do dia eleitoral ao assistir ao telejornais me sinto culpado. Tem sempre aquelas locuções oficiais, sobre a "festa democrática", tem sempre na pauta, observem, uma velhinha de 97 anos, que não precisa mais votar, que saí lá de Aboio dos Macucos, navega em rios de canoa, atravessa picadas, e chega ao seu local de votação em Pilares do Norte com seu título de leitor surrado, que ela usou pela primiera vez na eleição de Prudente de Morais, sei lá, para me deixar envergonhado aqui na cosmopolita e moderna São Paulo, que vota no PMDB e no seu filhote PSDB, desde 1982.
E depois começam as reclamações por pedágios, enchentes, escolas, hospitais e começam as especulações no mesmo dia das eleições sobre, "aquele melhor", que não foi votado, esse sim, quando chegar lá, "vai resolver". Cáspite, se era bom, porque já não foi escolhido e eleito ? O bom está sempre de fora. As coisas boas estão sempre com os não escolhidos. O próximo é sempre melhor. As coisas boas de A ou B são sempre descartadas. O que saiu vira especialista e critica o substituto mostrando as soluções que antes ele não teve. E aí nas intenções de voto, sempre os mesmos nomes, as mesmas desculpas, promessas. Desgaste.
Se o voto não fosse obrigatório, um daqueles olhares que deu certo, tomariam parte do meu dia de eleição. Isso sim, uma "festa democrática".
Do que jeito que vai e olhando essas intenções de votos me pergunto se não sumiram juntos há muito tempo o Projeto Rondom, a SBPC, o MR-8 e nossas antigas ideologias. Fico pensando se valeu a pena aquele cagaço dos olhares e das sirenes, mesmo que fosse as das ambulâncias.
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