"Que se sustente, meu deus....Uma coisinha de nada, mas com estilo" Francis Ponge
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Duas medidas
Quando o Rio Taboão, na gestão de Marta Suplicy encheu, ela apareceu por lá. O rio inunda sempre mas, ela foi ironizada pelos jornalistas, por estar com roupas boas e um par de sapatos, caro. E ainda foi interpelada de forma até agressiva, na frente de todos, por uma moradora, que virou meio símbolo da "revolta da população".
Primo-irmão do Rio Cotia, o Rio Taboão, pois,encheu ontem também. Só que nem Prefeito, nem jornalistas, nem moradores revoltados, foram localizados ou vistos, ou ouvidos, nem uma brincadeirinha irônica sequer.
A ironia apareceu, meio sem graça, e sem muito aprofundamento jornalístico, na zona leste, na Mooca, onde um motoqueiro, não sabendo a profundidade do buraco à sua frente, se desequilibrou, e foi atropelado e morto por outro veículo. A Prefeitura, que segundo alguns moradores, já havia sido avisada, passou rapidinha pelo local, para um ajuste de gambiarra asfáltica, nem Prefeito, nem muitos jornalistas, nem "revolta" popular.
Lembrando que o Prefeito Kassab, é aquele que disse, que certos problemas, foram herdados do "antecessor", no que ele corrigiu depois,"antecessores". Então tá.
Enquanto isso, o "antecessor" de Kassab, assinava acordo para os professores estaduais, na parte da tarde, sem comentar, a aparição de livros didáticos, com os logos do governo estadual, ainda nos pacotes lacrados, em caçambas de lixos. Sem muito aprofundamento, sem perguntas, sem "revoltas". Até mesmo os telejornalismos sensacionalistas de fim de tarde, fizeram um malabarismo linguístico, antes de falarem o nome da Sabesp, aquela que tem que tomar conta dos Rios Cotia e Taboão, rios que inundaram ontem, sujaram casas na região, os sapatos de Martta Suplicy, quando ela apareceu por lá e a "imparcialidade" do jornalismo paulista e paulistano. E deve ter embaçado a "revolta popular".
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