sábado, 31 de dezembro de 2011

Que as coisas boas se repitam




Não me lembro de ver algum mistério no Papai Noel. Misteriosa para mim sempre foi a passagem de ano. A colocava entre os três grandes expectativas de minha infância, ao lado da chance de escrever com caneta esferográfica no terceiro ano e a resposta da Denise ao meu bilhete.
Certo é que perdendo a passagem do ano, no dia seguinte eu ficava com a impressão, olhando os rostos das pessoas, que havia perdido um grande evento, uma grande revelação e eu tinha ficado com parte do rescaldo.
Para mim o espetáculo era uma mistura do divino com ficção científica. De formação católica e temente a Deus, eu achava que ELE, abria os céus, fazia um pronunciamento, raios celestiais dizimavam malefícios, um portal se abria e quem estava acordado o atravessava, havia uma mudança corpórea e espiritual, que me faria por exemplo, enfrentar as tarefas da Dona Esmeralda lá do grupo escolar e então seria ano novo do outro lado.
Não sei se não me era permitido ficar acordado ou se eu não aguentava e dormia. Certo é que me lembro da noite em que consegui suportar a passagem e o sentimento que me tomou desde então.
Encarei como todo mundo, aquela euforia, aquela tensão, pressa. Me lembro nitidamente do forno da cozinha lá em casa, sempre quente com assados. Da mesa com seus enfeites, doces coloridos, da minha irmã demorando no banho, minha mãe nos preparos. verificando minhas unhas e orelhas e recomendações, afinal haveria convidados. "Não ponha o dedo no bolo", "Não coma de boca aberta", "Não corra", "Não suje a roupa" e "Não dê petelecos nos seus primos".
Como eu achava que a "coisa" se daria nos céus, fiquei com um pé dentro de casa e outro no quintal com os olhos no céu da noite londrinense. Não queria perder nada.
No momento, a tensão aumentando, fiquei meio dentro e meio fora da casa. Ouvi os gritos de dentro da casa, dos vizinhos, de outras casas, os cães latindo, um galo sei lá e não me lembro de fogos de artifícios. E mais nada. Nada mesmo. Nenhuma ação no céu, nenhum pronunciamento, nenhuma mudança corpórea, nenhuma dizimação por raios celestiais e eu com o mesmo espírito que teria que enfrentar as aulas da Dona Esmeraldo lá no grupo escolar. Fui entrando de novo para a casa, precisava falar com a pessoa que eu achava que teria as respostas para aquele momento, minha mãe.
Fui vencendo os abraços, os cumprimentos, os beijos, vi minha mãe. Ela veio em minha direção com seu sorriso mais aberto. Me deu um abraço caloroso, confortável. Eu queria dizer para ela que tínhamos sido enganados, não tinha acontecido nada. Ela me abraçava forte.
_Pedro Geraldo, filho, Feliz ano Novo.
Eu tinha que contar para ela.
_Mãe, é só isso?
Ela se agachou para ficar na altura dos meus olhos.
_Você gostou? e me abraçou de novo. Quente, confortável.
Aí aconteceu uma coisa. Uma corrente elétrica pelo meu corpo. Eu sabia do que se tratava, era a beleza que me sufoca chegando. Ela entáo falou ao meu ouvido.
_Seja um bom menino!
O pronunciamento Divino tinha chegado através de uma porta-voz.
Não tem pronunciamentos, raios celestiais dizimando malefícios. Sejam Bons Meninos, Boas Meninas, sempre. E tenham força para enfrentarem as Donas Esmeraldas da vida de Vocês.

Um Bom Ano a Todos Vocês , Raros Leitores !!!!!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O destino que se cumpriu


ou L'Adieux





os pássaros no poema dele voavam sobre uma praça. voavam sem incômodo, observando a vida em volta. ele lembra de uma pergunta dela. ela lembra da resposta dele. ele tem emprego agora. ela tem outras leituras, piaget, pierce, paulo freire, emília ferreiro, beth brait, lúcia santaella. ele lembra dela na sessão da uma da tarde de domingo no cineclube do bixiga. ela ainda mistura os três perfumes. depois que se separaram ele mandou seis cartas para ela, ela respondeu três. o "Rua de Lazer" era carta?. se encontraram cinco vezes, ela marcou duas como especiais no caderno dela. ele comprou um disco do beto guedes para ela. logo ela que duvidava da existência dele em outros tempos. dentro ele colocou o texto dos pássaros que ela só lerá em casa, chorando e mostrará tempos depois numa sala de aula. A Dona Benê ainda faz bolinhos? ela agora sabe onde fica algumas casas de chá, becos e cineclubes e sebos. ele escreveu em algum lugar que ela era o amor de índio e sol de primavera na vida dele, o fazendo levantar a cabeça. ele era o cavaleiro que errava e ela a princesa colegial com dote prometido. ela pegou aquela mania dele de não gostar de ver as costas de quem parte. se beijaram. ele desceu a coronel jordão para pegar a chico pontes. ela atravessou a praça oscar e pegou a urbano marcondes. ele terá saudade daquela vulnerabilidade dos seios e da pele macia. ela falou que gostava da boca dele. ela vai casar. e falou pela última vez o nome dele no aumentativo.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ouvi em 2011 2

emicida e criolo salvando o hip-hop, o samba paulistanos


criolo demorou mais de 20 anos para o primeiro disco. enquanto isto somos assolados pela variação mais nojenta do funk carioca onde quer que vamos. promete mais para 2012


luisa maita está entre as cantoras que merecem audição mais apurada. fzem parte deste time, andréia dias, karina buhr, tulipa ruiz, por exemplo


a internet salvando a carreira e o trabalho de alguns artistas. sem ela essa nunca chegaria aos nossos ouvidos se dependessemos de gravadora, rádio, programadores e locutores.


ainda gosto da versão de chrystyan & ralf, a dupla mais afinada. e descobri que maria bethania também gravou essa música. mas achei vercilo corajoso.


seu jorge não perdendo as chances.

é do ano passado. mas neste ano ouvi com mais atenção. delicadeza me ganha sempre e jeneci tem sobra.



outro trabalho delicado. a união de hamilton de holanda e andré mehmari executando egberto gismonti e hermeto paschoal.



por conta de um reencontro. desci quase todos os discos do pessoal do clube da esquina em casa. para me inspirar em alguns textos por aqui.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ouvi em 2011

lonely boy tem até vídeo engraçado no you tube e dan auerbach e patrick carney estão cada vez melhores.


alvy, nacho y rubin.nos lembrando que esquecemos a américa espanhola e seus talentos.



para os momentos de sacolejo em 2011 busquei ajuda de janelle moane.



pj harvey é uma das três mulheres no mundo que pode me pedir para largar minha vida assentada e fugir com ela. para ela compraria, pelo sistema minha casa minha vida, uma casa simples lá em ferraz de vasconcelos. e chegaria feliz em casa ao final do dia depois de passar pelas baldeações da linha 11 da cptm. let the england shake foi lançado durante os conflitos na inglaterra neste ano. disseram té que tinha uma relação com o fato. mentira. ela prepara o disco já alguns anos. baseou-se em poemas de yeats, t.s. elliot e nas campanhass bélicas inglesas. para muitos o melhor disco de 2011. ah, as outras duas? não digo, não falo, não conto.


músicas de porto rico pelo saxofonista miguel zenon. depois que descobri alma adentro fui ouvir outros trabalhos dele. alma dentro tem aquela aura de buena vista social clube, velha guarda da portela, pelo respeito ao trabalho dos compositores mais velhos.



naquela minha obsessão por nome de banda, descobri essa. os arranjos se assemelham à algumas orquestras brasileiras.



snif. disco de despedida do r.e.m.. gosto da música, do título e amei o vídeo. como já escrevi. não canso de ver.kirsssteeen.



desculpe raro leitor. mas foi um pontapé na bunda que deu mote para as letras e canções de helpeless blues do bom grupo fleet foxes, que lembra, crosby stills & nash. Robin Pecknold, antes de se dar conta que somos mais de 6 bilhões sendo que boa parte do sexo feminino, se escondeu dos amigos. aí quando saiu de casa, sacudiu a poeira e fez como alguns, exorcizou via escrita, o incômodo. o disco é lindo.


falando em pontapé na bunda, desculpe, raro leitor. thurston moore do sonic youth deve ter sentido que o dele estava na reta. antes lançou um trabalho bonito.


sobre pontapé nos fundilhos. ela e dusty e amy winehouse saíram da mesma escola. dusty sumiu. amy subiu. adele resolveu cuidar da voz. fez bem. esperamos mais.



e cansei de ouvir os mais velhos. sem o menor constrangimento.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Filmes de Natal

trocando as bolas
eddie murphy e dan aykroyd em boa forma sob a direção de john landis


antes só do que mal acompanhado
da mesma turma acima. direção de john hughes. steve martin e john candy


papai noel às avessas
billy bob thorton fazendo um papai noel politicamente incorreto. um duende que planeja um assalto e lauren graham.


a felicidade nãos e compra
clássico é classico e vice-versa, como diz o anedotário futebolistico



um homem de família
e se tivéssemos dito sim para outras de nossas escolhas. se não tivéssemos desviado de nossas primeiras intenções. e tudo bem meninos, tem o nicolas cage. mas tem a tea leoni



anjo de vidro
aquelas histórias edificantes, superação, tristeza. susan saradon, como sempre mandando bem. e não avisa que a penelope cruz está no filme e nem que ela dança de lingerie.



simplesmente amor
não canso de assistir. e tem trilha bacana, falas engraçadas e cenas antológicas.



sábado, 24 de dezembro de 2011

Roda de Sábado - Feliz Natal



tenho página numa rede social. postei ao longo da semana alguns vídeos em alusão ao natal. todos com artistas americanos. até pensei em achar alguns brasileiros. mas nós, assim como acontece, nas canções infantis, mais assustamos que celebramos. uma das mais famosas das canções natalinas brasileiras a "Boas Festas"(eu pensei que todo mundo fosse filho de papai noel), foi composta por assis valente que tentara o suicídio algumas vezes e conseguido seu intento em plena praça, tomando formicida. a mais leve canção de natal talvez seja "O Velhinho"(seja rico ou seja pobre, o velhinho sempre vem) de otávio filho. mas a maioria são adaptações de canções estrangeiras.
outras adaptações não deram certos por aqui, fazemos chacota com elas. artista lançar discos natalinos. a produção americana nesta àrea é muito ampla. seja qual for o estilo, jazz, soul, country, os artistas teem trabalhos temáticos interessantes.
os ingleses por sua vez acham importante nesta época saber qual a música lançada neste período que mais foi vendida e tocada no reino unido. este ano a aposta é num coro de mulheres de soldados ingleses que estão fora do país e que lançaram uma música perguntando "where are you?". mas também times de futebol, artistas consagrados já passaram por esta experiência na terra da rainha.
as iniciativas brasileiras dos últimos tempos foram forradas de críticas e de brincadeiras de mal gosto. o disco de simone é um bom exemplo. o de ivan lins nem sequer é lembrado. durante a febre do pagode paulistano, netinho de paula reuniu seus amigos e lançaram um compacto e um ep que ficou preso ao gueto do pagode. em 2004 a gravadora movieplay lançou em cd chamado "cavaquinho natalino" com todas as canções natalinas mais conhecidas, foi a última iniciativa.
onde as "canções" natalinas estão a salvo é na propaganda. os jingles feitos para a varig (estrela brasileira brasileira n céu azul/iluminando de norte a sul), do antigo mappin(chegou natal e o ano novo logo vai chegar) e o clássico do banco nacional(quero ver você não chorar/não olhar prá trás nem se arrepender do que faz) nos redimiram. saíram de sua primeira intenção e alcançaram outra dimensão no nosso imaginário natalino. assim como os especiais de fim de ano do cantor roberto carlos, o único que conseguiu passar quase ileso pela maledicência. roberto só repete o que muitos cantores americanos, ingleses cansam de fazer, especiais de natal para tv. e quando escrevo que ele quase que escapa ileso é porque já se pode ouvir vozes que contrariam o desejo de se ter roberto nos acalentando com sua canções românticas nosso natal.



sintam a classe.


Raro Leitor, Feliz Natal!!!!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Aquela cançao do Roberto





o especial do roberto daquele ano foi no dia 23 de dezembro. ele reparou, quando eles entraram na rua maria candida, vindos à pé pela olavo egídio, que o cantor aparecia na tela colorida do bar na esquina com a ataliba leonel. eles andariam pela rua até a praça oscar. virariam quase ao fim dela para pegar a urbano marcondes. ele a deixaria na avenida angelina. desceria o caminho todo de volta, cortanfo caminho até a joaquina ramalho. eles conversavam sobre música, cinema, livros talvez. eles conversavam. ele se sentia bem mas queria fugir dali. não queria voltar mais.quase perto da praça oscar ele olhou novamente para a tela da tv de uma padaria.ele pensou que roberto tinha sido trilha daquela caminhada noturna. um caminho que conhecia. andando por aquele trecho foi lembrando de outros personagens na vida dele. e como algumas coisas interessantes da vida dele estavam ligados àquela paisagem. naquele momento ele estava atormentado. já sózinho, resolveu tomar uma cerveja na padaria. djavan dividia a tela com roberto. ele entendeu o recado na letra de djavan. pediu cerveja de garrafa. levantou o copo em cumprimento para outros dois clientes, que o devolveram, meneando cabeças e levantando os copos. olhou para a tela.djavan ainda dividia a tela com roberto e eles cantaram juntos a ilha. o atendente da padaria olhou para ele e perguntou se estava tudo bem. tinha notado algumas lágrimas no canto dos olhos dele. para aumentar o seu desassossego ele soube que ligaria para ela no dia seguinte. tinha comprado um presente de natal para ela.



olavo egídio, maria candida, urbano marccondes, avenida angelina, joaquina ramalho são ruas dos bairros paulistanos de carandiru e vila guilherme.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

My Valentine

ontem foi disponibilizada música nova do velho macca, com acompanhamento de eric clapton.
tem disco novo em 2012, de covers.
e hoje, justo hoje, a fileirinha de sagitarianas se encerra com chave de ouro.
bem a propósito, my valentine.
embora ELA não esteja nem aí para tudo isso aqui e nem goste de músicas com letras em inglês. mas vou cantar alguns versos de alguma outra canção popular, no ouvido dELA.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Roda de Sábado - Almas fatiadas

Alma Fatiada - Cruz e Sousa

Vê como a Dor te transcendentaliza!
Mas no fundo da Dor crê nobremente.
Transfigura o teu ser na força crente
Que tudo torna belo e diviniza.

Que seja a Crença uma celeste brisa
Inflando as velas dos batéis do Oriente
Do teu Sonho supremo, onipotente,
Que nos astros do céu se cristaliza.

Tua alma e coração fiquem mais graves,
Iluminados por carinhos suaves,
Na doçura imortal sorrindo e crendo...

Oh! Crê! Toda a alma humana necessita
De uma Esfera de cânticos, bendita,
Para andar crendo e para andar gemendo !


Diz aí Lupe!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mexendo nos Vinis-Captain Fantastic...





no bairro paulistano do carandiru tem uma viela que tanto dá acesso para a rua maria candida quanto para a rua chico pontes. roselene morava nela. roselene era uma loirinha de cabelo comprido, usando sempre a calça do uniforme escolar padrão do estado naquele momento. tinha repetido de ano e ao lado da fátima e da márcia me ajudavam a não me sentir tão velho naquela classe. ela durante uma aula de português, quando a professora eunice trabalhou uma letra do roberto carlos, "custe o que custar", chorou copiosamente. eu entendi. aquilo frequentemente acontecia comigo, a beleza sufocando e se transformando em choro.
numa tarde de primavera quase ao fim do ano letivo ela trazia um lp grudado ao peito, como fosse parte do material. vi a capa do disco. eu o conhecia. um exemplar do disco dormia em casa mas não era meu. era parte de minhas lições de inglês particulares, eu adorava as construções do letrista. enrolei a língua várias vezes para dizer;"it crackled on the speakers; and trickled down the sleepy subways trains; for heavy eyes could hardly hold us", da letra de "we all fall in love sometimes". o disco era de um amigo do residencial cujo pai trabalhava na bandeirantes, o toninho, zagueiro central do excelsior e com a feição do anthony kiedis do red hot chilli peppers. era o disco do elton john "Captain Fantastic and the Brown Dirty Cowboy".
roselene me disse que ia pedir para a professora de inglês substituta a tradução de uma música. a professora de inglês titular tinha viajado junto com aquela professora hours councors, que estava demorando para voltar, diga-se. a professora de inglês substituta era uma loirinha elétrica, de olhos azuis muito vivos e cheia de história para contar. a roselene, que era amiga de duas meninas que três anos depois iriam circular comigo e com aquele meu novo amigo em outro colégio do bairro, insistiu para que a professora traduzisse uma música. as emissoras de rádio tocavam, "we all fall in love sometimes", hélio ribeiro a tinha traduzido no seu programa "o poder da mensagem", ferreira martins a tinha dedicado para a "feia" dele. mas roselene queria a tradução de "someone saved my life tonight". do disco eu gostava da faixa título, de "better off dead" e "bitter fingers" e principalmente de "writing". a professora foi convencida e começou a contar histórias enquanto fazia a tradução. eu não sabia mas teria um deja vu quatro depois quando aquele meu novo amigo teve a mesma idéia da roselene, já com eu e ele andando com as amigas dela, a solange e a rosana. ele pediu a tradução de uma música, a dele era "something" dos beatles. e a professora marlene. de quem nós gostávamos de ouvir as histórias para o retardo das lições, traduziu como anos antes na maior alegria.

muitos que gostam dos trabalhos do elton john costumam afirmar que depois de Goodbye Yellow brick road, pode se esquecer o que ele fez. eu prolongo até o Captain Fantastic and the Brown Dirty Cowboy. os trabalhos seguintes terão faixas de boas qualidades e esparsadas. a parceria com bernie taupin sofre um hiato, eles se separam por um tempo. mas naquele período a carreira de elton estava no auge e profícua. só para se ter uma ideia, no ano do lançamento do citado disco, elton john estava circulando com john lennon. tinha gravado do cantor, one day at the time e lucy in the sky with diamonds". e nas andanças americanas tinha entrado em contato com músicos da filadélfia, da ala da música negra americana, reparem no arranjo para a faixa "Tell me when whistle blows", nos transportando para o mfsb, agrupamento de músicos liderados por kenny gamble e leon huff, e para a love unlimited orchestra de barry white .para eles elton dedicou, "philadelfia freedom'. todo este material resultou em compactos, que as rádios fizeram questão de executar e que não eclipsaram "captain fantastic.." que só foi perdendo a força de vendas porque dois petardos duplos iriam derrubá-lo sem chance de retorno ao topo das paradas. eram; "The songs of key of life", de stevie wonder e o trabalho de um loirinho com cabelo e cara de anjo, o "Frampton comes alive" do peter frampton. quem sai hoje à procura do cd, é premiado. as faixas daqueles compactos; "one day at the time", "philadelfia freedom" e "lucy in the sky with diamonds", estão como bônus. a rosele iria gostar e pode ser que ela mexendo nos vinis dela ainda encontre aquele velho e bom trabalho, tenha alguma boa recordação e chore como eu, pela beleza que sufoca às vezes nosso peito.

Disco Original

  1. "Captain Fantastic and the Brown Dirt Cowboy" - 5:46
  2. "Tower of Babel" - 4:28
  3. "Bitter Fingers" - 4:33
  4. "Tell Me When the Whistle Blows" - 4:20
  5. "Someone Saved My Life Tonight" - 6:45
  6. "(Gotta Get A) Meal Ticket" - 4:00
  7. "Better Off Dead" - 2:37
  8. "Writing" - 3:40
  9. "We All Fall in Love Sometimes" - 4:15
  10. "Curtains" - 6:15

]
Faixas bónus (reedição de 1996)

  1. "Lucy in the Sky With Diamonds" - 6:18
  2. "One Day (At a Time)" (Lennon) - 3:49
  3. "Philadelphia Freedom" - 5:23


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

domingo, 11 de dezembro de 2011

1978, ninguém saiu ileso



trilha sobre a cabeça do cavaleiro que errava




e isso. e o sair da hibernação, levantar a cabeça, e aqueles poemas; aqueles professores; aqueles encontros com violão; os novos caminhos; aquele novo amigo e aquela princesa colegial com dote prometido com seus perfumes misturados.


e eu já contei esta história algumas vezes. eu assitia ao festival de jazz daquele ano pela tv cultura ao lado do meu pai, apresentação da etta james. o velho se empolgou, senti. mrs. james manda então o hit dos stones, miss you. o velho se ajeita na cadeira. deve ter sentido aquela sensação na espinha que temos com certas músicas ou perfomances. e ele de lá; música boa, música boa. eu de cá; é do mick jagger e do keith richards. ele; o quê? daqueles branquelas magrelos!!!!rimos. e ele; mas a música é boa. e ala.....meu deus!!!

ninguém saiu ileso. ninguém.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Inventário


anexo de carta amarelada, guardada entre as páginas do livro a
Balada de John & Yoko dos editores da "Rolling Stone", recebida naquele Natal de 1980.



A última carta para John Lennon


"Sabe cara! eu devia ter seis ou sete anos quando ouvi pela primeira vez aquelas canções que hoje sei porquê disparavam nossos corações. E as ouvi por mais seis ou sete anos. E então, de repente; era o fim dos Beatles. Não sei porque mas, logo de ínicio, peguei amor por tudo que diziam, pelas coisas que faziam, pelas roupas que usavam e pelos cabelos longos. E aprendi a cantar "She loves you IêIê Iê". Também aprendi a definir muito bem cada um daqueles quatro, o sério Ringo Starr, o místco George Harrison, o bonitão e alegre Paul McCartney e o misterioso e realisa John Lennon. Acho mesmo que cresci com os quatros cabeludos de Liverpool. Da mesma forma que eles mudaram seus temas de "She loves you" para "A day in the life". E quando os Beatles se separaram acho que era a hora também de seguirmos nosso caminho individualmente. E todos eles seguiram, mais ou menos a risca, um tipo de caminho que visualizei antes. E, você John Lennon, também. Toda sua trajetória, ora inquieta, ora romântica, ora política, ora existencial, foi mais ou menos as coisas que fiz, pensei e sonhei nestes últimos anos. Lennon você gritou "Power to the people", sussurou "Oh my love", sonhou em "mind games" e parou em "Sometimes in New York City".É em "Mother", você parecia reclamar a falta de um lar, montado de uma maneira mais natural. Seu pai abandonou a família quando você ainda era bem pequeno, e só quis voltar quando você já era famoso. Você não o aceitou e não cedeu como sempre: expulsou-o de casa. Lennon, estou pasmado com a sua morte. Triste quando penso na forma como foi feita. Mas me consolo quando penso que você, como eu, tinha pressa e talvez tenha sido até, que olhando para o futuro, você conseguiu criar tanta coisa maravilhosa. Não sou o único. Muitos estão dizendo coisas semlehantes no mundo inteiro. Estou aqui à distância, mas sempre muito perto de tudo que você fez. E não gosto nenhum pouco deste louco chamado Mark David Chapman, de 25 anos, que te deu quatro tiros, cinc, seis, sei lá eu quantos tiros. Ele não tinha o direito de fazer o que fe. Talvez dentro da loucura dele, até tivesse. Mas não compreendo porque o mundo fica tão violento, a cada dia que passa, e como é que as pessoas podem se perder em tantos becos escurs, deixando de lado os princípios mais simples que poderiam levar suas vidas para uma existência mais sadia. Aqui em São Paulo por exemplo, na semana passada, Pedrinho sequestrou e matou seu amigo de infância Celso Satow para obter dinheiro. Acho que as coisas são parecidas: a violência fez as duas coisas. E não é só: crimes passionais, violência no trânsito, violência policial, ódio no olhar das pessoas, injustiça, tristeza, medo.....As coisas não deveriam ser assim. As pessoas precisam de novo encontrar algum motivo para sorrirem livremente, andarem pelas ruas sem medo de morrerem e amarem sem "preconceitos e limitações". E mais: esse seu matador não tinha direito nenhum de fazer isso. Ele tem 25 anos e eu tenho 24. Acredito que ele, como eu, deve ter crescido e aprendido muito com sua música. Mas loucura não tem explicação e, por isso, prá mim chega. Vou sentir saudade de você, John Lennon, e não gosto de sentir isso com coisa nenhuma. Tentarei ficar alegre, pensando que você fez tudo o que foi possível através de sua música, para melhorar o mundo em que vivemos, e que se deteriora mais e mais a cada dia que passa. O mesmo mundo violento que você sempre sentiu e denunciou; e que acabou por eliminar você da forma mais violenta possível.

John Lennon, Adeus "

São Paulo 9 de dezembro 1980
P.S. Não sei se o sonho acabou se ele
nunca começou ou se talvez tenha recomeçado.
Sei apenas que é preciso sonhar e por isso
Imagine all the people.

Texto Otávio Ceschi Jr.
Locutor e produtor
Bandeirantes-FM




e se você ouviu a música acima até o fim, ouviu a introdução dessa aqui

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Beijão e Obrigado


você, raro leitor, transporte esta cena abaixo para um dos corredores internos do prédio novo da puc-são paulo. largos, amploa, separando as classes. ela se esquivava de mim às vezes. uma noite ela fez como barbra streisand nesta cena sem conhecer o filme. e eu tinha ido pegar uma cerveja na lanchonete. minhas palavras não tinham dado certo. ao vê-la mudar de lado, cheia de livros na mão, indo mais para o outro canto do corredor me recordei dessa cena. resolvi usar a fala de robert redford, toda ela (n.r.: a primeira parte principalmente até o momento em que ela elogia o texto que ele havia escrito). e ela, sem conhecer o filme fez quase igual o personagem de barbra. deu no deu. me atura. espero que ela não leia o blog hoje. ela sempre achou a fala espirituosa e inteligente. se ela souber que é plágio......sem festa hoje. Teca, tinha caras melhores no Direito, em Economia,em Ciências Sociais, avisei. Beijão e Obrigado.





e uma das que gravei na primeira fita para ela.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O direito àquela Alegria fugaz



e nós que aqui ficamos, agradecendo a vida, temos que ir atrás de nossas conquistas. é assim que se faz.

Boa Semana a Todos!!!!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dr. Sócrates

inscrição da faixa: Ganhar ou Perder mas sempre com Democracia



só para lembrar aos mais "novinhos" e outros, que se expressam livremente hoje, inclusive contra o corinthians e os corinthianos. tinha que ter muito peito para levar uma faixa dessa à campo em plena ditadura militar. só isso.


e Cara, Descansa em Paz.





sábado, 3 de dezembro de 2011

Mezzo Cool Mezzo Funk


MEZZO COLL MEZZO FUNK


4 anos por aqui. escrevendo errado, errando o lugar das vírgulas, do mas, das locuções adversativas, silabas, das funções do "que".
mas carregando nas tintas para celebrar, olhares, caminhadas, encontros, gols feitos, gols perdidos, penteados presos com elásticos, perfumes, sorrisos, troca de idéias, partidas de botão, leituras de gibis, banhos de chuva, sorvetes derretidos, flores mandadas, bilhetes carinhosos, pentecostais, católicos,judeus, ateus, existencialista,marxista, petista, malufista, negão e brancão, línguas de sogra, picnics, cervejas em profusão, vinhos delicados, pernas seios e bocas, almondegas, kibes, macarrões com bom molho, fanta uva sem gelo, torresmo de boteco, pastel de feira, pingados com pão e manteiga, jantar em restaurante bacana, bailes de formaturas, bailinhos de quintal, macapá, curitiba, londrina new york, grandes autores, filmes bobinhos, buttman, cults, sessão da tarde, chaves, mandela, rock soul salsa funk, enfim um sacolejo de penduricalhos e quinquilharias de boas cepas. trafegando como um bom mascate. celebrando amigos, colegas, família, namoradas. pedindo, compreensão, alguns abraços e alguns beijos na boca.porque de ferro só o homem, nêgo.



MEZZO COOL




MEZZO FUNK

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

+ Neil Young & Paul McCartney

esperança desbragada

só para lembrar. todo ano neil young reúne alguns "amigos", assim como paul, para um show beneficente para arrecadar fundos para pesquisas das entidades, escolas, que tratam dos filhos especiais do cantor. mais ou menos assim; se conseguirem achar alguma solução, não só os filhos dele serão beneficiados. como é mesmo? empatia?

ainda há aqueles que nos dão alguma esperança na raça humana.




atualizando: conhecem aquele ditado: mata a cobra etc, etc, etc.....

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Picnic no Jardim


Tânia,

vou me atrasar um pouquinho. Pode estender a toalha. cuidado com a grama e as flores. como o mezzo está numa semana francesa, estou aqui em montmartre, visitando outra sagitariana. Não se preocupe, já pego o trem. estou levando o gnocchi do dia 29, alguns pães e vinho. tire os sapatos, aproveite a vista. Parabéns, por enquanto.


Pedrão


Jardim de Giverny

em papo de boteco tempo atrás um amigo, músico e ator, me perguntou qual era o meu projeto naquele momento. por brincadeira peguei um guardanapo, desenhei como eu queria a banda, a roupa da minha parceira e a minha. nós iríamos, eu e ela, interpretar as músicas do disco Diana & Marvin.
e ele; como chama a cantora? e eu; Tãnia. e ele entusiasmado; nossa vai ser legal. me assustei com o entusiamo dele. então ele sumiu no mundo, eu também. e nunca convidei a Tânia. mesmo porque era só um dos "projetos musicais" guardados em que ela está inclusa. os outros são.

eu e ela para um: canções de amor rasgado

e ela como uma das três backing vocals daquela minha banda só de mulheres, como fizeram, barrry white e itamar assumpção.


Diana & Marvin - o disco

You are everything












para ela escrevi alguns contos, algumas poesias e tentei adaptar alguns para um roteiro de um curta.

e tem o fato dela apesar de não saber jogar gamão, saber outras coisas.

ela sabe quem é a "cedo"

e rimos bastante quando nos falamos ao telefone, geralmente no começo da madrugada.

a vendo, pela primeira vez tive uma epifania por conta do sorriso, dos dentes brancos e da brancura.

eu vou pensar bastante nela hoje







P.S. sem mais comentários, rs.

domingo, 27 de novembro de 2011

Semana de Festa

este blog vai completar 4 anos. semana que vem. nunca teve pretensão. era, é um exercício sobre o nada.
não sei para quem escrevo
vivo brincando que escrevo para alguns, algumas mus(o)as aqui. amigos, parentes, gurus.
sigo alguns blogs. alguns coloquei aí ao lado. os leio sempre. divertidos, inteligentes, compromissados.
poderia dar uma festa e tirar algumas pessoas para dançar. mas ando suscetível. estou fugindo de encontros. mas tive, de alguma forma, dois encontros na sexta.
dois presentes.
um e-mail desde paris. e outro de uma ligação telefônica, me informando que lê vez em quando este espacinho aqui.

inseguro, não abri espaços para seguidores. disse para minha terapeuta que se eu abrisse e ninguém me seguisse, carente, teria que ir a mais sessões. não olho a estatística de entradas por aqui. não sei quem me lê. vibro, como deve acontecer com quem tem blog, quando surge algum cometário. os mais recentes vieram da alcina e me fizeram querer andar descalço, tomar sorvete e que talvez eu tenha alguma salvação. e comecei a gostar de como a rosa lá na zumbi diz: mezzo cool. e que de vez em quando no trabalho marcello nunes dá uma olhada aqui. cometo erros, atropelo a digitação, escrevo mal, não coorderno as frases, orações subordinadas, crase, um horror e falo muito de mim. não me livro. memória, memória. queria um texto universal. virou terapia, e exorcismo.
às vezes, como sexta, alcanço alguém.

eu to ficando velhinho e bobinho e chorão e ainda me aparecem essas músicas.

blake shelton home aqui

e aqui a versão de michael buble.




ou palavras assim:

são deliciosos, para variar, seus textos. obrigado pelo presente. fiquei pensando na minha casa. pátria. infância. a casa onde mora a banca de jornal do seu pedro. puxa o seo pedro....tá velhinho? ele me deixava ler as revistas antes de levá-las. eu as lia na escada do restaurante rodeio, puxa....."sentimentos contraditórios"?, e and l've been keeping all the letters that l wrote to you, deste vídeo que mostra paris, diz muito.(...) t.c.

ou: é o único lugar onde meu nome aparece - luciana spegni - love u 4ever my friend.

então de novo, Lu, procura no google.

bem vou ali e vou precisar de lencinhos de papel.

antes. como é bonito encantar como esses dois fazem, parece fácil. e dá uma esperança desbragada.


Boa Semana a Todos!!!!!!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Duas cenas para um compacto simples



ele não esquece aquele dia. ele estava lendo uns gibis na banca de jornal do pai dele. quem do lado de fora olhasse só veria a parte alta da cabeça dele. ele achou simpática a conversa daquela menina com o pai dele. ela queria saber se o pai tinha conseguido as revistas desejadas, o pai tinha conseguido. ele levantou o olhar, ele só estava vendo parte do cabelo dela. Seo Pedro, quem é esse menino?, a menina perguntava. ele se escondeu atrás do corpo do pai dele. ah é meu filho, o do meio, o Pedro Geraldo, respondeu o pai. Oi menino filho do Seo Pedro. Meu nome é Teresa Cristina. ele levantou mais a cabeça. a beleza que deixa ele triste chegou. ela tinha o sorriso mais bonito que ele tinha visto. uns dentes muito brancos e uma brancura que o incomodava. nem ele, nem ela sabiam mas sentimentos contraditórios, alegres e muitos tristes ligariam a vida dos dois daquele dia em diante.


no quarto todo feminino dela stevie wonder na vitrola. ela quer saber qual é meu olho bom. mostro. cobre o olho ruim com uma das mãos. pelo olho bom a vejo chegando perto e sinto a textura da pele dos lábios dela. pré-púbere, já interessado, escorpiniano e pivete neguinho, acho que aqui devo fechar o olho bom.


outros esboços para; o dia em que a tirei para dançar






são paulo primavera. paris outono. novembro 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tiinaaa !!!


teresa cristina, nome de princesa da família real luso-brasileira, pegou seus pincéis, aquarelas, ensaios antropológicos, teses, cameras fotográficas, discos e livros, empacotou tudo e mudou de cidade novamente. vive agora em paris. longe daquela cidade do norte do paraná. junto levou os filhos, o joaquim e o pedro, que quer ser jogador do psg(paris saint germain). levou também a gata fortuna. é a segunda gata com o mesmo nome. a primeira sumiu, fugiu dela, sabe-se lá num passeio no central park, durante uma outra fuga daquela cidade com seu céu vermelho no fim de tarde. teresa cristina abre uma fileirinha de sagitarianas. pois é. teresa cristina sai pouco do apartamento. para evitar mais uma crítica para sarkosy, aquela que afirma, quando os parisienses a veem, de que ele escolheu a mulher errada.




é sob o estampado do dia

entre as insistentes palavras

que talvez nunca lhe caia aos pés

descendo dos céus das canções

que reconheço

a lua entrando em sagitário

o desejo querendo ser carne de abraço

sob um outro céu .



estrelas, estrela

leia o pessoa o bandeira

emily dickinson yeats

veja wenders allen

em alguma cinemateca

ouça stevie wonder

aquele disco do joão gilberto

dance como na tarde londrinense

afastando os móveis

tirando os sapatos

mascando os chiclés até a secura

do prazer

enfeite em flores

enfeixe em cores

o dia tua vida.












Joyeux anniversaire

manhã em são paulo. começo de tarde em paris.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Lua em sagitário

Porque eu sou tímido e teve um negócio

De você perguntar o meu signo quando não havia

Signo nenhum

Escorpião, sagitário, não sei que lá

Caetano Veloso - in Da maior importância





tarde em são paulo, primavera. começo de noite em paris, outono.

sábado, 19 de novembro de 2011

Roda de Sábado - Elas


leitora eventual, bissexta do blog pergunta; Por que sempre ELA? pego de calças curtas. agora é que são ELAS. evoquei o direito ao sigilo dELAS. me lembrei de uma dELAS, que ao ler texto dedicado perguntava; ELA sou eu? reproduzindo texto de comercial de cigarro feminino de antanho. tempo, tempo, tempo. havia propagandas de cigarros, cigarros para o público feminino e ELA, uma dELAS na minha vida.










já apareceu por aqui. o ELA que eu gostaria de ter escrito para uma dELAS.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SonhoEncontro Completo


ela disse que tinha sonhado comigo. me encontrava num determinado local. local de nossas lembranças. então com trilha na voz da tracey thorn, sonhei com ela chegando para um encontro comigo. o local era o mesmo do sonho dela da noite anterior. vai entender. alguém se atreve?



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Forever Young

ainda tem certas coisas que fazem, acreditar que tem música e vida por debaixo da fuligem dos novos tempos. dá para acreditar um pouquinho no ser humano e levar a vida em frente. não estamos sós. precisamos é nos ajuntarmos para executar a mesma boa ideia.












e o pedro gabriel, hein? também com esse nome, todas as portas do paraíso se abrem.
e aí, esse nome você não tinha pensando para o seu filho...né não?


sábado, 12 de novembro de 2011

Roda de Sábado - Paulinho da Viola

aniversariante do dia




e esses versos do pedro caetano;

se um beija-flor descobrisse/ a doçura e a meiguice que teus lábios/jamais roçaria as asas brejeiras/por entre roseiras em jardins de ninguém.

hein?


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Auto Retrato

eu invento coisas e não paro de sonhar - beto guedes




dedicado


aqui ali alhures.

às beleza sufocantes sentidas sob a poeira cinza.


delicados



na minha cabeça estava tudo certo com aquele meu plano. eu seria engenheiro agrônomo, ficaria em londrina paraná, ajudaria meu avô no sítio dele. procuraria sempre minha mãe quando houvesse uma palavra de difícil entendimento e ela estaria cantando em algum cõmodo. aos domingos à tarde iria a pé para o vgd(estádio vitorino gonçalves dias) com meu pai ver o lec(londrina esporte clube) jogar. seria bonito como meu irmão e minha irmã. casaria com a denise, depois prestaria concurso para o instituto rio branco, viraria diplomata, iria morar em londres. mas denise não sentiu meus apelos silenciosos. li nas revistas da banca de jornal do meu pai que na europa um time de futebol voava, o ajax da holanda. um amigo me disse que na europa as meninas não se importavam com a parte de cima do biquini. achei que para chegar lá, só sendo jogador de futebol, diplomata, cineasta. descobri o caminho do vestibular com a prima dulcineia e tinha que ter a inteligência do primo zé antônio. mudamos de cidade, para uma mais próxima das praias europeias, longe da denise, longe daquela outra menina com nome de princesa da família real luso-brasileira e com muito concreto e cinza. fiquei mais amigo dos filmes, das revistas, livros e dos discos que traziam meu pai, minha irmã, professores. fiquei mais íntimo do rádio. olhei o sol nascendo toda vez que uma professora entrava na sala e uma menina com sua saia curta de uniforme escolar, o cabelo amarrado em rabo de cavalo com uma mecha sempre solta e um cacoete passava pelo corredor do colégio. a cidade menos cinza. mais silencioso fui ajuntando as palavras. até ir percebendo um olhar interessado, uns perfumes misturados, e uma fala inteligente daquele novo amigo. por conta deles fui entendendo o verso de drummond; "aprendi novas palavras e tornei outras mais belas". sou isso aqui então. um ajuntador de palavras. ajuntadas para lembrar meus avós, meus tios, primos, amigos, agregados, sobrinhos, sobrinhas, mulher, irmão, irmã, pai, mãe.










terça-feira, 8 de novembro de 2011

Welcome to the party - Rua de Lazer



as palavras para ela estavam sufocadas. no chão espalhei caderno, jornais, revistas, lápis de cor, canetas, cola, entre outros materiais. minha vizinha ouvia blue eyes do elton john. e a música ficou sendo a única do elton john que não me lembra a alice. a carta de palavras sufocadas foi ficando grande. parecia um jornal, um jornalzinho, um pasquim escrito à mão. olhei em volta, "Rua de Lazer", pensei. sem saber que ela penduraria na parede do quarto dela, consagração de um escritor popular. pensando bem continuo escrevendo aquela carta, aquele jornalzinho, em parte para ela e ouvindo o elton john, embora ela não tenha, blue eyes, é cara dela na minha vida. coloquei na coluna de coisas boas. beleza sufocando, criando um nó na garganta e explodindo em choro. ainda suscetível.


escrevo para que eu não esqueça.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Welcome to the party



abrindo e descobrindo os presentes inesperados e silenciosos. a casa se enchendo de vozes. o pensamento nos avós, pais, família, amigos por aí. boas e más lembranças. reflexivo, pensativo analisando a vida até aqui. fazendo aquelas colunas, coisas boas, coisas ruins. teca, aquela que me atura, sorrindo lindinha pela casa como se estivesse para me aprontar alguma.
descobrindo kirsten dunst no vídeo de despedida do r.e.m.. ilustrando do que se trata muito por aqui. mordida no lábio, mexida no cabelo, sorriso de derrubar muralha. belezas explodindo em choro. ainda suscetível.


não canso de ver e ouvir.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Um Compacto simples


envergar a camisa 5 do excelsior te deu mais respeito entre os meninos do colégio, até para os meninos da classe dela. você tem a mesma idade deles. até aqueles dois, jogadores do temido tom-tom da vila ede, te respeitam. e é por isso que eles te convidaram para esta festa de bolo, doces e sucos. com as cadeiras da classe dispostas em ferradura encostadas nas paredes, e cadeiras para a vitrolinha e os discos que cada um trouxe. daqui há alguns dias é seu aniversário também e ela vai embora do colégio. você repara que é único de classe diferente. e ela para variar está entre aquelas três. a professora rosana tambem repara que você é o único que não é da classe; você é querido. você enumera a fala dela como primeiro presente. você conversa trivialidades. e quando olha na direção dela ela está te olhando mas abaixa a cabeça, morde o lábio, coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha e volta a conversar com as amigas. olhando para você para se certificar que você continua olhando. a professra avisa; gente é uma festa e te pede; pedro coloca um disco. você seleciona um compacto. a música você ouviu no programa de rádio do ferreira martins. lá no canto dela, depois que a música começa as amigas a cercam. você já sentiu isso. a beleza sufocando e saindo num choro.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia D - Drummond

O Sobrevivente


Impossível compor um poema a essa altura da evolução da humanidade.
Impossível escrever um poema - uma linha que seja - de verdadeira poesia.
O último trovador morreu em 1914.
Tinha um nome de ninguém se lembra mais.
Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples.
Se quer fumar um charuto aperte um botão.
Paletós abotoam-se por eletricidade.
amor se faz pelo sem-fio.
Não precisa de estômago para digestão.

Um sábio declarou a O Jornal que ainda falta
muito para tingirmos um nível razoável de
cultura. Mas até lá, felizmente, estarei morto.

Os homens não melhoraram
e matam-se como percevejos.
Os percevejos heróicos renascem.
Inabitável, o mundo é cada vez mai habitado.
e se os olhos reaprendessem a chorar seria um segundo dilúvio.

(Desconfio que escrevi um poema)


escolhi com muita dúvida este poema acima para o post de hoje.
eram várias as opções. entre elas o poema abaixo.
dei uma passada lá na minha caixa de mensagens e li o presente que ganhei.
claro roubei a ideia na caruda, sem constrangimento.
alcina maria campos virou co-autora do post de hoje.
leiam a escolha dela.


ALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU

Além da terra, além do céu
no trampolim do sem-fim das estrelas,
no rastros dos astros,
na magnólia das nebulosas.
Além, muito além do sistema solar
até onde alcançam o pensamento e o coração,
vamos!
vamos conjugar
o verbo fudamental essencial
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar
o verbo pluriamar,
razão de ser e viver.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 30 de outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mexendo nos Vinis - Milton Nascimento












é sempre interessante imaginar o que essas crianças estão olhando do outro lado do muro. eu já quis fazer parte da turma. eu também queria "ver o sol atrás do muro" ou correr para pegar meu lugar no futuro.
clube da esquina 2 sucedeu dois discos de boas vendagens de milton nascimento, o minas(1975) e o geraes(1977). milton estava deixando a fama de "difícil" de lado e entrando de cabeça no gosto popular. tinha perdido parte da timidez e gravado duas músicas com chico buarque.
márcio borges, letrista de muitas músicas do cantor, confessa um certo ceticismo com o período, no seu livro "Os sonhos não envelhecem", mostra desconfiança ao ver tantas estrelas no estúdio e o pessol de minas perdendo a mão da produção dos seu trabalhos com tanta badalação. é só dar uma olhada no encarte, ver a foto central e os nomes do convidados só para fazer backing vocal.
o disco abre com uma música de milton que havia sido censurada, credo, com a incidental san vicente. as rádios que interessavam para a garotada em são paulo ainda tinham força na banda am, difusora, excelsior. as duas escolheram músicas diferentes para divulgação. a difusora ficou com canoa, canoa e a excelsior com ruas da cidade, com vocais do lo borges. a eldorado am ainda tocava faixas de um disco lançado no mercado americano, o milton(1976) e radicalizou mais uma vez, como havia feito com os discos anteriores, fêz de um tema do toninho horta, o beijo partido do minas, viver por amor do geraes, sua escolha para a programação e pinçou do disco, dona olímpia.
o maior sucesso do disco só seria apresentado ao público quase um ano e meio depois do lançamento do disco. já com a banda de fm aparecendo como preferência entre o público jovem, maria, maria, segunda faixa do lado b do segundo disco ganha força popular.
o presidente figueiredo prometeu e estava implantando a anistia ampla, geral e irrestrita, os partidos proscritos estavam aos poucos voltando e também estavam surgindo partidos novos.
no abc um metalúrgico chamou a atenção durante a greve da categoria. um partido político foi fundado ao redor daquele movimento e disseram que ele queria imitar o polonês lech walesa, que tinha enfrentado o partido comunista.
o certo é que num diretório do partido fundado em volta do metalúrgico, mulheres ligadas ao partido, intelectuais, artistas, ao final de uma reunião no palco começaram a entoar a música de milton dando ênfase ao "é preciso ter força, ter raça...". a música de milton ganhava a adesão das mulheres e definitivamente as ruas.


corte/memória. para um filme em super 8mm

dentro do disco do milton tinha um postal de uma foto do cafi, fotografo. um céu muito azul e nuvens.
numa noite de sexta daquele outubro fui premiado com um livro por participar do Torneio Literário do e.e.s.g. casimiro de abreu a.k.a ceca, do paulistano bairro de vila guilherme.
descendo as escadas pensando na vida, família, professores, amigos, no que se passava com minha vida.....
na porta principal, aquelas corrediças, parecida com as de elevador velho. uma menina de cabelo muito negro, amarrado numa trança caindo no ombro direito e sorriso me esperava com uma pergunta no rosto;"E?"
e depois de ler a dedicatória na grafia peculiar do professor cardoso me entregou o postal com a foto do cafi. aquele céu azul e suas nuvens.com aquela citação do livro "O Pequeno Príncipe", aquela que as meninas gostam mais; "Voce se torna responsável por aquilo que cativas".


_ Pedrão Pedrão, escritor poeta. Não vai me esquecer hein?"

mesmo que eu não fique mexendo nos vinis. não tem como esquecer um outubro desses.


quer ouvir a primeira gravação com o boca livre? ouça o coro.


em tempo: e quase ninguém reparou mesmo que abrindo o lado a do disco 2, milton musicou um poema de carlos drummond de andrade. talvez um pivete neguinho esteja entre estes observadores. mas aí é outra história.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

um joão outra maria



rascunho de palavra ajuntada


ingredientes: poema;balões de gás;gravador;fita-cassete com seleção pré gravada(elis regina, ray charles, david bowie, the beatles, boca livre, joni mitchel, debussy...), para servir como trilha durante a leitura.


happening: hora:12:00hs
local:alto do edifício zarzur
soltar a trilha
ler o poema em voz alta
amarrar cada palavra do poema a um balão de gás
esperar um vento mais ao norte
soltá-los depois de recitado o poema
execução:no dia do aniversário dela




um joão outra maria


Não

queremos acordar

o gigante no topo da árvore.


Caçadores

querem nossos corações

vermelhos namorados.


Nem

distribuímos os miolos de pão

pelo caminho encantado

da floresta.


talvez

porque não queiramos

voltar do sonho.


saberão de nós

ao lerem

nas árvores feridas

por facas de bom gume

nossas iniciais.







quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O letrista do Milton, palavras para Mirna

para

mirna,

aquela hors councors

e hoje é aniversário do milton nascimento

no fim da rua que fui morar no bairro paulistano de vila guilherme, tinha um lixão. aos fins de tarde o cheiro chegava até o conjunto residencial da josé bernardo pinto, urubus sobrevoavam o local. no rádio um radialista de nome gil gomes contava o casos de crimes da cidade, na primeira semana vi um corpo na esquina da 12 de setembro, uns dias depois outro corpo no lixão, que estava se transformando em terreno mais inconstante, soltando bolhas de gás a cada passo que se dava e recuperando com líquido oriundo do lixo, a lagoa que era antes do precário aterramento. as relações de amizades ainda eram difíceis, a escola era muito longe, as pessoas pareciam mais individualistas e queriam briga por qualquer motivo, em disputas por espaço e afirmação. para quem tinha saído de uma cidade com cinco árvores para cada habitante, andando e sendo cumprimentado, com família e amigos em profusão, foi um choque. o silêncio que já era uma marca, se incorporou de vez. ainda sem vitrolinha mas com rádio soube que milton nascimento tinha sido censurado e minha mãe resolve me mudar de escola depois de uma pequena "rebelião" pessoal e uma repetência escolar por desgosto. a outra escola, as pessoas, as redações que chamaram a atenção dos professores, o colega que sabe-se lá me achou capaz de traduzir letras dos rollings stones, elton john, david bowie, a menina de nome alice, a rua com mais árvores, a maria candida, mais parecida com ruas londrinenses, aquela professora hors councors e aquela que me chamava a atenção, e os discos do milton. sóis de primavera sob a cabeça de um guri.

eles deixaram a minha vida menos cinza. penso assim.

deixando de querer ser jogador de futebol, engenheiro agrônomo, reparei nas letras dos discos dele.dava para ser diplomata, jornalista, cineasta e letrista dele se ele precisasse. estávamos aí

olhando para ela e para uma menina de outra classe de saia curta do uniforme, a cidade foi ficando menos cinza. fui ficando mais e mais silencioso é verdade, por vários motivos. devorando novas e comendo as poucas palavras que conhecia e que ainda não davam uma letra para um disco do milton.

então minha escrita é interesseira e platônica.

letrista do milton não sei mas de alguma forma espero que ela saiba que escrevo para que ela ainda me leia e certifique-se dos ramalhetes que monto, para que isso, seja uma primavera permanente.





terça-feira, 25 de outubro de 2011

Propria (Pa)Lavra



For S.



primavera blues.


outubro também é

um dos meses que ela gosta.

sob o céu de primavera

desfiando canções

uma saudade, uma paixão, uma dor,

inexplicáveis dentro dos dias longos.

cenas que surgem

sempre com música ao fundo

conjuntos de câmara

Johnny Hartman Helen Forest.

eu recitando poemas, trechos de livros

acompanhamento clarineta: Amaral.

um deserto dentro do dia

na história de Lalla,

acompanhamento aqui, cellos e violinos.

voz em off: um salmo de agradecimento

voz calma para beijar os anjos.

os dias lindos, os dias vindo. os findos

os que ficaram.

ela é bonita que dói.


primavera blues.

25/10/95

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Welcome to the Party




se eu desse uma festa para cada escorpiniano da semana, ficaria ainda mais rico das alegrias que em muitos momentos eles me deram.
como não é possível usamos este humílimo espaço.
e mesmo porque se eu desse uma festa, eu teria que levar em conta, o que uma escorpiniana que também aniversaria essa semana, me alertou sobre o fato de andarmos por aí; dois escorpiões juntos, a casa cai.


conselho? aquele roubado do título do livro de j.d. salinger:

Prá cima com a viga moçada!

ou

Tudo é uma questão de manter

a mente quieta

a espinha ereta

e o coração tranquilo
.

(Walter Franco)

sábado, 22 de outubro de 2011

Roda de Sábado - Miles Davis

vá à exposição de fotos da carreira de miles davis no sesc pinheiros, vai até janeiro. aproveita e já começa os pedidos para o Papai Nole



a primeira que ouvi dele



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Mexendo nos Vinis-James Taylor

Say I can stay for October, now, stay a while and play.












porque é outubro. porque é primavera. porque em outro outubro, outra primavera, um cavaleiro que errava, saiu de sua hibernação, levantou um pouco a cabeça e percebeu olhar e sorrisos tímidos de princesa colegial com dote prometido. recebeu dela, um tempo depois, foto que vinha encartada no novo disco de milton nascimento, com um céu azul muito claro e nuvens, com aquela citação que a meninas gostam  do livro "O Pequeno Príncipe", "Você se torna responsável por aquilo que cativas". eles andaram silenciosos por entre os corredores, sem fazer sombras ou barulho pelas ruas, aproveitando a curta duração do "reinado", que inventaram.



Eu fui esperá-la no ponto de ônibus da Santa Veloso para a primeira tarde de café com bolinhos dela lá no apartamento da José Bernardo. Ela levava dois discos do James Taylor e os olhos dela se apertavam mais ainda quando ela sorria.
No apartamento pareceu ainda mais criança com a novidade diante de brinquedos novos. Quando minha mãe disse que iria fazer os bolinhos, ajudou, queria aprender. Conversaram rindo sobre quantidades de ovos, farinha, açúcar, canela. Ria enquanto mexia a massa para o preparo.
Pediu permissão para mexer nos discos, pediu faixas para ser tocada no aparelho, percebeu que os discos de jazz eram em maior número. Reconheceu gibis comprados na banca do Gill. Folheou páginas de alguns livros, notou que os livros de poesia não eram em bom número.
No momento do café pediu guardanapo para comer os bolinhos. Com isso minha mãe passou a chamá-la de "aristocrática". Se despediu com promessa de volta. Olhou tudo como se quisesse decorar cada detalhe do apartamento.
Desistimos do ônibus e fomos em caminhada lenta. José Bernardo Pinto, Joaquina Ramalho, Chico Pontes. Na Chico Pontes, os dois: "Os discos do James Taylor!?!".



porque é outubro. porque algumas pessoas interessantes ao meu redor aniversariam neste mês, incluindo ela. porque estou ficando mais suscetível. porque é primavera. porque com ela, com aquele amigo novo e outras pessoas a minha vida se transformou em, Aêêê Pedrão. e porque sempre que mexendo nos vinis eu me deparo com os discos do James Taylor que nunca devolvi.



outubro.primavera. são paulo 2011


Dona Santa Veloso, José Bernardo Pinto, Joaquina Ramalho e Chico Pontes, são ruas do "Explosivo" bairro paulistano de Vila Guilherme. onde segundo um supra citado tinha um apartamento "quente".