"Que se sustente, meu deus....Uma coisinha de nada, mas com estilo" Francis Ponge
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Eu vou torcer
Fernada Abreu - Eu vou torcer
Evelyn Castro e Zé Ricardo - Dançando com a vida
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
com o tempo foram perguntando o que fazer com bilhete sobre a mesa. a ordem sempre, "deixa onde está !". e ninguém mexia mesmo no bilhete. curto, delicado, triste. um bilhete com poucas palavras. com uma decisão na letra firme e bonita. o tempo passando o papel ficando amarelo. o azul da esferográfica se decompondo. quando ventava de levantar papel, colocavam qualquer coisa que pudesse sutentetá-lo ali na mesa, no mesmo lugar onde foi deixado no primeiro dia que foi lido. depois da chuva. o sol. o ciciar das cigarras no jardim.
The Magic Numbers - She's leaving home
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Londrina copa Paraná 2008 -Campeão
O time do londrina desde 1972 recuperou o alvi-celeste. Deixou de ser alvi-rubro, que homenageava as cores da bandeira da cidade.
a última vez que o time foi campeão paranaense foi em 1992. Teve o título paranaense da série b de 1999.
na última vez que foi campeão, foi difícil para sintonizar no rádio a transmissão, fiquei andando com rádio pela casa. Na última quarta, assim como nesta sexta, ouvi a rádio Paiquerê, pela internet. Não deu para chegar na final da Recopa Sul-Brasileira. O time chegou na hora da partida. Devido a situação ainda complicda em Santa Catarina e o técnico Nei Cesar resolveu escalar a maioria dos juniores. Mas mesmo assim quase deu. No tempo normal foi 1 a 1 contra Brusque. Nos penais, quando estava 3 a 3 o atacante do Londrina Reverson desperdiçou a cobrança. Mas valeu. O ano que vem é serie d do brasileiro e 2010 copa do Brasil, fora o Paranaense de 2009 que promete. meio que um presente para cidade, que no próximo dia 10 comemora, 74 anos.
gosto de futebol quase sempre. ultimamente bem menos. vejo uma geração de gente que dá muita importãncia, para as "grandes vitórias", "grandes títulos", que assim que são conquistados, mudam a vida de quem esperou por elas. como minhas alegrias são simples. o básico basta. e mesmo esse básico, não vai mudar minha vida, nem minha relação. com amigos, família e trabalho.
um post um pouco dedicado a Iran Melo, que foi a primeira pessoa que me lembro que chamei de amigo, e cujos alunos, mais uma vez levam ao palco no Rio de Janeiro, parte do trabalho dirigido por ele no Time de Teatro. É este fim de semana e no próximo.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
sábado, 29 de novembro de 2008
fita cassete imaginária 4
vagas idéias
aleatórias - tentar encaixar Steely Dan, Donald Fagen.....
lado a
!. Marc Ronson e Candie Payne - Sunny
2. Judy Garland - Get Happy
3. Elizeth Cardoso - Todo Sentimento
4. Carlos Malta - Intuitiva
5. Yo-yo-Ma e Bobby Mcferrin - Hush little baby
6. Jacqueline du Pré, Barenboim, Zukerman, Perlman - Schubert, The Trout
lado b
1. Aretha Franklin - I say a little prayer
2. Bidu Sayão - Casinha Pequenina
3. Doris Day - Everywhere you go
4. Chicas - O que eu não sou
5. Guilherme Arantes - Cuide-se bem
6. leitura do poema "Estrelas" de Murilo Mendes
Estrelas - Murilo Mendes
Há estrelas brancas, azuis, verdes,
vermelhas
Há estrelas-peixes, estrelas-piano,
estrelas-meninas.
Estrelas-voadoras, estrelas-flores,
Estrelas-sábias
há estrelas, que vêem, que ouvem,
Outras surdas, outras cegas,
há muitos mais estrelas que máquinas,
burgueses e operários;
Quase que só há estrelas.
O dia que não deu para salvar meu amigo
Ela não tinha nome na fala dele. Era "tem uma menina lá !!", "uma garota lá !", expressões que quase sempre terminavam com, "cê precisa ver !". O que demorou um pouco. Mas, quando vi, percebi que não dava para salvar meu amigo. O dia que o exército dela, tomou de vez as tropas combalidas dele, ele ainda se debatia em areia movediça, negando o inegável, era um domingo, meio outono,meio inverno. e "aquela menina lá", mostrou a força do sorriso de quebrar muralhas, e da simpatia, beleza e inteligência, marca de todas, e digo todas, porque são todas mesmo, as mulheres que sempre nos cercam. mexendo em velhos papéis achei uma carta dela com uma letra do legião urbana para mim, num envelope amarelo. tentei achar um texto dedicado a ela, que fala dela e de ellla fitzgerald, das coisas que escrevi na vida, aquele texto é um dos melhores. tânia é o nome que ele demorou para colocar na conversa. entrou pelos flancos como outros que tatuamos na alma ao longo dos anos. para certas pessoas não adianta fosso repletos de jacarés. invadem mesmo. e além do mais ela assistiu o mesmo filme que eu, que tem uma menina chamada "cedo", que mora com avó que fabrica uisque em suas terras. pois é, acho que o meu exercito também sucumbiu. caspite!!!
instruções para o envio
poema num envelope separado/recheado com flores confeccionadas em papel de seda/garrafa de vinho.
Marc Ronson e Candie Payne - Sunny
vale o lembrete. é só uma homenagem, uma lembrança, um carinho, uma brincadeira desse pseudo blogueiro, com gente muito fina que circulam e circularam por minha vida.
ah, parabéns !!!
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Culinárias e mais música
Faço umas comidinhas, gosto de cozinhar. Nada muito sério, não me atrevo na nouvelle cuisine (rs). Gosto mais das receitas simples, sem muito atropelos na cozinha e na pia com louças para serem lavadas depois ou o desperdício de ingredientes, fato que me deprime.
Tenho um pé atrás com o mundo da gastronomia, embora assista à muitos programas, tenha comprado alguns livros e leia receitas avulsas. Mas tem algumas coisas que deixam para mim um ar de pedantismo. O mesmo que sinto em relação ao apreciadores de vinho. Parece um universo a parte, um mundo inalcansável, não gosto disso. Também não gosto de receitas, que de repente me pedem um ingrediente, que só aldeões de montanhas próximas ao Himalaia plantam. Aí toca correr atrás de um similar.
Não estou sózinho nessa pequena avaliação. O jornalista do The Guardian, Julian Barnes, descreve as mesmas situações no seu livro, "Um pedante na cozinha"(Ed. Rocco). Descreve também como um prato, fica diferente a cada instante. O gosto nunca é igual. Se formos fazer aquele prato que saboreamos num restaurante, ou até num boteco, o sabor difere. As medidas é outra luta na cozinha. Nem sempre temos ferramentas suficientes, nem sempre nossos talheres tem o formato necessário. Outra briga é a adaptação de nosso prato aos outros. Recentemente, submeti parte de minha família ao meu molho madeira, que diga-se, só ficou pronto depois de uma intervenção final de dona Benê, minha mãe. Mas devia ter perguntado se a turma gosta de vinho em molhos, coisa que nem todos gostam. O molho sobrou mais do que devia, embora tenha havido elogios (mais risos aqui). Sei.
Aí estava de bobeira uma madrugada dessas, quando sintonizei o Canal Brasil, por assinatura Net. e me deparo com o programa "Larica Total". Pondo abaixo todos os dogmas dos programas de culinária. Paulo Tiefenthaler, apresentador, alerta que é um programa para solteiros ou quem está de bobeira em casa e com fome. Ensina uma culinária simples, de arroz, frangos e sanduíches, com pouco ingredientes, encontrados na casa de qualquer mortal. Cheio de humor e descompromissado e com um mote que tem muito com esse blog aqui. "Viva amigo !", "Faça !". "Desencane !". dizem que a preparação de uma comida deve ser feita com prazer, sem contaminações, com a alma descansada. Se assim for, os exemplos citados dão boas dicas.
Só o macarrão salva (chamada)
Bom apetite. Ah, e não pensem que vocês estão livres de um convite para o meu molho madeira. Bom fim de semana e o São Paulo hein ? Laaaaaaaaaaarrrrrgoooooooooooo!!! Mas, merece.
e funk-se quem puder !
Average White Band - Work to do
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Sobre um quase monólogo
No post anterior, antes de uma retirada forçada, os assuntos encavalados, se digladiavam, sobre e-mails, consciência negra, racismo e educação. Achei que tinha morrido aqui, ali, lá. Pois um outro parceiro na vida, O José Amaral, que como o Sidnei é um dos gurus desse que vos escreve, e que como o Sidnei, atualmente desenvolve carreira acadêmica pegou o post, reviveu uma parceira de anos em texto e o melhorou com mais informações e passou para frente. Como é colunista de economia do Jornal on line, Mundo Lusíada avisou que iria tentar publicar o texto na edição do jornal. Sem não antes passar para uma lista de gente, que reverberou em opiniões e casos e mais informações. Como estou egocêntrico essa semana, resolvi contar ao mundo à partir daqui.
Continuo monologando, mas tem gente no deserto comigo e com meus gurus. Gracias !!!!!
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
A vida não é cor de rosa
(representantes da "gente de bem" desse país)
Acho a Internet uma invenção interessante. Mas com ressalvas e, sinto muito do preconceito camuflado do cidadão nos muitos e-mails, que chegam à minha caixa de mensagens.
Por mais que seja de uma "gente de bem", em certas ocasiões, o mal gosto e a falta de decoro impera. Mas me parece ser também uma reação da população em sua grande parte, infelizmente. Continuo achando, que o problema desse país é mais de educação do que de governo. Aí tome-se emails contra o Lula, O PT, aliás, os grandes "culpados", das desgraças mundiais, desde o Exôdo bíblico, até a construção da ponte Estaiada na zona sul paulistana. Um dos alvos da vez, é a ex-candidata a prefeita da cidade de São Paulo, Marta Suplicy, "puta", foi uma das alcunhas, que "essa gente preparada e bem resolvida", resolveu dar a moça.
Mas um e-mail que me causou ânsia, foi um atribuído à Yves Granda Martins. Também diga-se, tenho desconfianças da maioria dos textos da internet. Há sempre uma modalidade nova de assalto, golpe, enfim, há sempre uma conspiração corrente, da qual precisamos estar atento.
Este texto atribuído ao jurista Yves Gandra, vai nessa linha da "conspiração", da qual precisamos tomar cuidado. E aqui faço uma pausa para explicar o "precisamos". O "precisamos" fala apenas de uma classe, que no momento sem querer, está sendo lesada em seus direitos. Por serem "brancos". Uma gente desfalcada de opções que dá dó.O título do texto é exatamente esse "SE VOCÊ É BRANCO, CUIDE-SE !".
E versa sobre como indígenas, desocupados sem teto, sem terras e negros, tem tomado espaço dos brancos, na sociedade perfeita, que é a sociedade brasileira. Até acho que o texto é mesmo do jurista, pois ele é uns dos signatários do manifesto anti-cotas, que circula no Congresso Nacional, querendo eliminar a questão da "raça", na inclusão universitária, entre outras coisas. É um texto com seus argumentos, diria meu avô.
O interessante, é a posição sempre reclamadora da sociedade e principalmente de gente, que sequer conhece metade das histórias e do drama que é, ser "não branco', numa sociedade, que prefere jogar tudo por debaixo do tapete. Se tem tantos argumentos que a vida anda dura é só dar uma olhada na pesquisa publicada na Folha de S. Paulo (19/11), atestando o já sabido. Que os negros ganham menos, mesmo com a mesma escolaridade que os brancos. A pesquisa diz, "os não brancos". Mas o quinhão é grande e tem muita gente de olho. Qualquer manifestação de melhora de "uns diferentes" deve ser rechaçada. Uma gente que deve tomar "seu lugar".
Sem paternalismo seria melhor. Mas me lembro também, quando caiu o muro de Berlim, e um sociólogo argumentou, que o Brasil, nem sempre experimenta as correntes sociais que regem o mundo. Para ter um Obama como presidente nos Eua, só foi possível muito por conta das tais, "ações afirmativas", que deram para alguns negros a chance para qual se achavam capazes. Aqui nem isso e já há uma grita geral. Como se fosse o fim do mundo, o progresso, a melhoria de vida de outras pessoas. Falta senso de cidadania, coisa que só se consegue mesmo com educação. Pior que argumentos desse tipo no país surgem camuflados em falas quase num chiste. Uma forma perigosa de repressão, uma doença mortal e silenciosa mesmo. Que toma conta quando menos se espera.
Falando nisso este texto me lembrou duas histórias. Uma da minha mãe, recebendo "a visita" de umas "vizinhas", quando nos mudamos para Vila Guilherme. "As senhoras distintas e boa gente", foram mostrar para minha mãe, indefesa e sem saída, como deveríamos nos portar no conjunto habitacional. E outro é do Chico Buarque. Quem teve o prazer de assistir ao documentários em dvds sobre a carreira dele, num certo momento fica triste com ele, se não tem o coração de pedra. Um Chico chorando conta como sua filha Carolina e seu marido Carlinhos Brown, foram expulsos de onde moravam. e pior, uma "gente de bem", escolada, esclarecida, que vive pedindo autógrafo para o cantor.Mas é tudo em nome do "bom andamento do status quo", e é também culpa do Lula, do Pt, da puta da Marta, viu Carolina Dieckman ?
Consciência Negra ? Who cares ? Mas todos adoraram o "feriadão".
No andar de cima
(O samba da consciência negra) - Nei Lopes
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador... Ele é social! (BIS)
A gente precisa ter gente no andar lá de cima
Mas não desse jeito sem jeito que a turma imagina.
A gente tem que ser modelo noutro figurino
As damas no salto e os valetes, no esporte fino
Passando da área de serviço pro meio da sala
Dizendo no pé e na mente, no gesto e na fala
E mesmo se for chamuscado ao por a mão no fogo
A gente precisa aprender toda a regra do jogo.
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador... Ele é social! (BIS)
A gente quer superestar sempre bem colocado
Mas nunca dando de bandeja ou levando recado
Bonito é um povo mostrar a sua resistência
Mas não de chofer ou de armário de S.Excelência.
Bacana é a gente gingar, mas no andar superior
Naquele passo de chefe, magistrado ou senador.
E não é no afrodisíaco rap do logro
Que a gente vai poder botar novas regras no jogo.
Mas pra quê tanto tambor?
Pra quê tanto berimbau?
Não cabe no elevador... Ele é social! (BIS - NA CABEÇA!)
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Um jardim à nossa espera
Bill Evans Waltz for Debby
sonhei com a velha casa e seu assoalho de madeira. acordei e fiquei de pés descalços. preparei sopinha de bolachas.remexi velhos desenhos e poemas.não sei em que curva te esqueci, nem sei se aconteceu isso que a minha memória traz. lembro de um graffiti no muro do colégio, da tua voz. mosaicos desconexos, uma dança que não aconteceu.alguém tinha um gato, alguém sabia dançar, alguém preparou doce de sidra, para esperar alguém.o cheiro de almíscar enebria, não te alcanço na estrada que vai dar não sei onde."você é táo triste que vai ficar sózinho". uma voz longe decreta. uma bruxa, uma fada, uma parteira, cada uma com seu decreto. aceno, procuro e não te alcanço na estrada de meu deus. quantas curvas, numa delas te esqueci. hoje você apareceu no meu sonho da casa velha com seu assoalho de madeira.remexi velhos desenhos e poemas, para saber se você existiu.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Paulinho da Viola
A razão porque mando um sorriso
e não corro
é que andei levando a vida
quase morto.
Quero fechar a ferida
quero estanar o sangue
e sepultar bem longe
o que restou da camisa
colorida que cobria minha dor.
Meu amor eu não me esqueço
não se esqueça por favor.
Que voltarei depressa
tão logo a noite acabe
tão logo esse tempo passe
para beijar você.
Paulinho da Viola, Marisa Monte e Raphael Rabello - Para ver as meninas
Num samba curto (Paulinho da Viola)
Meu samba andou parado
até você aparecer
mudando tudo
lançando por terra o escudo
do meu coração
em repouso.
Ontem uma rocha fria
hoje assim exposto
deixando entrar sem medo a vida
aquilo que eu não via.
Só agora reparei
que não vi seu rosto
e que você partiu
sem deixar seu nome
Só me resta seguir
rumo ao futuro
certo do meu coração
mais puro.
Quem quiser que pense um pouco
eu não posso explicar meus encontros
ninguém pode explicar a vida
num samba curto.
curtos e delicados, letras de dois sambas, do mesmo autor, que disparou, " a vida não é só isso que se vê, é um pouco mais", versos, que um professor de filosofia da puc, iniciava suas aulas. paulinho da viola, nas ceu em 12 de novembro. para saborear.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Ego inflado
tenho orgulho de ser filho e irmão de quem sou. moro com a mulher que beijei, sem pedir, no pátio da cruz na puc paulistana. tenho sobrinhas lindinhas oficiais e sobrinhos lindinhos agregados. odeio quem maltrata criança, idoso, árvores e animais.tenho invejo dos meus amigos, e dos conhecidos. mas, eles são meus ídolos, meus heróis, pessoas para quem olho sempre e admiro. olho quando faço as coisas erradas que enchem minha existência, e fico pensando, em como eles, meus ídolos, se sairiam daquela situação.hoje escrevo pouco, já escrevi mais. não acredito em muita coisa. mas, acredito num "Deus", ou seja lá o que for, que nos pôs aqui nesse mundo, meio sem explicação, para depois nos levar de volta. tenho horror à morte, não trabalho bem com doenças. choro muito, em vitória alheia, em derrota idem e até show, chorei com dona ivone lara, por exemplo.já joguei botão, joguei bola, fui razoável volante, gostava mais de atacar,mas sei matar uma bola no peito com jeito, e sei olhar o jogo no todo, que dá uma certa qualidade ao jogador. admiro quem sabe matemática, tem o pensamento lógico e é mais perseverante. admiro as mulheres. fiquei viciado em sudoku em detrimento das palavras cruzadas. já fiz mais poesia. já fui mais corajoso. já viajei mais. ainda trago alguma coisa de londrina em mim. me lembro de muita coisa, o que me dá um ar de saudosista, coisa que eu não queria parecer. me lembro de dialógos inteiros com as pesssoas. namorei menos do que queria. gosto de cantar baixinho, já estudei piano e violão, cantei em corais e fiz backing vocals.gosto de música, qualquer música que me agrade. gosto de artes em geral.leio muito.já gravei fitas para amigos e amigas e pretendidas namoradas. fazia um jornalzinho com as próprias mãos. hoje tenho um blog. fiz jornal com amigos. publiquei um livro, escrevi outros, que engavetei, fiz programas de rádio.danço mal.não gosto do meu andar, do meu olhar. falo baixo com minha voz grave. rio às vezes. bebo moderadamente mas, fico acompanhando, ao lado. mais ouço que falo. não gosto de importunar. não sei me impor, deixo quieto. quase não discuto. mas, tenho uns cinco minutos e aí, ninguém segura. subir em árvore foi aula do meu irmão, o ruy. me lembro da minha mãe cantando pela casa. do meu pai imitando um som de trombone e da irmã falando de galãs italianos. sou escorpião e hoje é meu aniversário de 50. achei que não chegasse aqui. hoje vou fazer silêncio e rezar e ouvir música, muita música. hoje vou rir e chorar, porque sei que vou lembrar de muita gente, por quem tenho muita admiração,e parte de uma gente, para quem eu deva desculpas, por terem de alguma forma acreditado em mim. e quem teimosamente ainda acredita. não tenho nehuma riqueza. minha pequena nobreza é respeitar o ser humano, a vida orgânica do mundo, traçar meu caminho sem querer atropelar o caminho do outro. até queria agradecer quem queria festa, a rosa, a custódia e a duda e a cris. mas quero silêncio, tem sido um ano difícil. deve ter mais coisa. mas sou comum, como muitos dos heróis por quem torço. e por hoje é isso.agradecimento geral
algumas das 50 para sacolejar o corpo hoje
Wilson simonal - Não vem que não tem
Gilberto Gil - touche pas a mom pote
Jorge Ben - Balança Pema
Tokyo Ska Paradise Orchestra - Walk between the raindrops
Marvin Gaye e Tammi Terrel - Ain´t no mountain high enough
Wynton Marsalis - Happy birthday
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Obama é pop
com a esposa Michelle e as filhas, Malia e Sasha
mundo ideal não existe. democratas e republicanos, não são tão diferentes assim. mas é emblemática a eleição de Barack Obama. pelo que teve de inédito e de esperança. nunca o americano se interessou em ir às urnas. jovens, velhos, não se incomodaram com as longas filas. os jovens, por sinal, foram ao lado, das minorias étnicas, fator decisório na eleição do democrata, desbancando, os "caipiras", do meio oeste e do sul, uma gente mais centrada em si mesma. e cheia de rancores. no mundo ideal há menos rancores.
Yes We Can
Obama é pop
a moça na estação vila madalena do metrô paulistano, veste uma camiseta com a estampa do Obama, um item que virou sucesso, há até um site com mais de uma centena de estampas do democrata e artistas e aficcionados desfilam com maior orgulho com as camisetas, como se ele fosse um astro pop mesmo. fui puxando pela memória, ainda reparando na camiseta da moça na estação, quando que um presidente americano teve este status. me lembrei até do clinton na mangueira, com pelé e jamelão, feliz da vida mas, era pontual. só parei nos anos 60. quando a juventude dava frescor ao mundo, querendo quebrar tabus e kennedy apareceu para dar mais esperança para aquela causa. vale lembrar que as guerras que os estados unidos se enfurnaram sem saída, foi uma decisão de governo democrata e mesmo invadir o iraque teve aval do partido. há um quê de frescor aqui também. cansado do velho jeito de fazer política dos representantes dos "red necks", eleitores mais instruídos foram à luta. um exemplo que o rio de janeiro já podia ter dado. uma derrota por 50 mil votos, com um milhão de abstenções, é de doer.
só para constar. e para não dizer que não peguei no pé. para toda imprensa mundial, do jornal "destak", que é distribuído gratuitamente em são paulo, ao vetusto "washington post", barack obama é o primeiro presidente negro americano. menos para a globo, que na "poesia" de pedro ial, "não é nem branco, nem negro". mas, nem mesmo eles se entendem, porque para luis fernando silva pinto, barack é negro. durma-se.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Pítacos
Galvão Bueno, num dos treinos da F1, para mais uma vez, desclassificar Hamilton, saiu com essa, "Aí está a família do Felipe, esse tem " FAMÍLIA !". Nessa última semana, o interessado, que quisesse alguma informação, mais isenta do piloto britânico, teve que recorrer, às edições on-line dos jornais ingleses. A BBC News, por exemplo, tinha ontem um repórter ao vivo, de uma das curvas do autódromo, e depois, mostrou a festa familiar em Londres, com os avós, branquinhos, branquinhos, do piloto, em contrastes com os outros familiares negros, mas todos rindo, chorando e comemorando muito. Uma FAMÍlIA, como muitas. Como as de Galvão e Massa.
Quando começou a escrever a novela, A Próxima Vítima, o novelista Sílvio de Abreu, criou um núcleo familiar negro, um ineditismo na dramaturgia brasileira. Para se inteirar do cotidiano de uma família negra, foi convidado para um evento na casa do ator, Antonio Pitanga. Comeu, bebeu, se refastelou. Saiu encantado de lá e dizendo. "Não sabia que os negros se divertiam tanto!". além da falta de vínculo familiar, os negros podem ser vistos como tristes, ou bagunceiros, quando alegres. Sílvio de Abreu é consultor de autores de novelas na mesma emissora de Galvão. Emissora essa que atestou através de testes, que Neguinho da Beija-Flor e Milton Nascimento, são brancos.
A arquitetura da Sala Adoniran Barbosa, do Centro Cultural São Paulo, não favorece nem o artista e nem o público. Dona Ivone Lara, soube disso nesse fim de semana. Andando com dificuldades e sentando numa poltrona, colocada no palco, em alguns momentos, ela desfilou alguns sucessos num show, errôneamente anunciado como dela, pela produção da casa. Na verdade era uma participação no show do grupo Samba Social Fino, o que frustrou a maior parte do público que lotou a sala, fazendo com que muitos fossem embora, assim que ela encerrou sua participação. Um público muito jovem, branquinho, branquinho, que cantou e dançou a beira do palco. Dona Ivone merecia um show só dela. E o público mais respeito.
Esportivo
Como já dizíamos, olha a pretensão!, os time de Grêmio e Cruzeiro, não são confiáveis. São Paulo e Palmeiras, parecem sempre mais assentados em seus objetivos e com elenco mais encorpado para a competição. Que título parece tricolor paulista, isso parece, mas que o São Paulo, fique esperto, a Lusa, "aniquiladora de favoritos", merecia mais no sábado e fez por onde, faltou capricho em algumas jogadas de contra ataque, a situação ainda é complicada. Mas há esperança.
O capitão William, do Corinthians, foi o entrevistado do programa Bola da Vez, da ESPN Brasil. Jogador diferenciado, largou a faculdade de Ciencias Econômicas no último ano, tem planos de morar na Europa para aprofundar seu inglês, investe em ações e fazendas, se vê como um "ET", em algumas concentrações, nem entende essa coisa do torcedor sentir alegria, pela tristeza do outro. Diz que ler livros de psicologia ainda não lhe deram caminho para essa compreensão. Escrito isso, afirmo. Alegrias particulares, pode ser, pequenas, insignificantes, para os olhos de outros. Ter visto alguns jogos do Corinthians esse ano, na "B", sem vergonha sim, ao lado de quem vi, reafirmo, não teve preço. A vida é muito mais que isso do que torcer para um time de futebol, campeão ou não. Está escrito.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Carlos Drummond de Andrade
Pois de tudo fica um pouco.
Fica um pouco de teu queixo no queixo de tua filha.
De teu áspero silêncio um pouco
ficou, um pouco nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Ficou um pouco de tudo
no pires de porcelana,dragão partido,
flor branca,
ficou um pouco de ruga na vossa testa,
retrato.
(...) E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção
e abafa o insuportável mau cheiro da memória.
Memória
Amar o perdido
deixa confundido este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Milton Nascimento - canção amiga (poema de Drummond)
a favorita do blogueiro aqui. com uma pequena história. conhecia o poema desde os tempos do chamado primeiro grau. aí o milton nascimento o musicou para o clube da esquina 2. ficou mais bonito ainda.o poema também foi tema de discussões em sala de aula e encontros com meu professor de português, o cardoso. aí quando fui fazer o vestibular da faap, quando abro o caderno da prova de português, lá estava o poema. o resto foi fácil.hoje é aniversário do poeta, o drummond. escorpião é fogo.
domingo, 26 de outubro de 2008
eleições e volta. reeleições
Falando em bola......com licença
Colegas palmeirenses, sãopaulinos, lusos e santistas desse blogueiro, que atreve a lhes escrever, me desculpem, não vou comentar a rodada da "A". Ali perto das 17:35hs de sábado, o mundo começou a ficar nublado diante dos meus olhos. O canto de "Ô ô ô o Coringão voltou", deu um certo arrepio, e a crise de labirintite ou sei lá o quê, deu uma trégua, para ver Felipe, o goleiro, cair nos braços da Fiel. Por isso não vi mais nada. Sei que estão entregando o título para o São Paulo na maior e que infelizmente a Lusa corre muitos riscos. Se eu me importei ? Nenhum pouco. Assim como não me importei com a humilhação da "B". Foi divertido e reencontrar alguns amigos e familiares na arquibancada do Pacaembu me deu muita alegria. Inclusive uma certa menina bonita, que chorou muito em dezembro passado, sorrindo de novo. Só isso já valeu. Ah e assistir alguns jogos ao lado do "seo" `Pedro, não teve preço.
Essa foto aí, é do dia que deu para ajuntar a fome com a vontade de comer. è parte da torcida corinthiana em Londrina, em foto de Felipe Adunbi.
gilberto gil - curintiá
detalhe: parte da torcida corinthiana, não gosta da expressão "curintiá", que virou insulto pejorativo dos adversários. mas era assim que os fundadores imigrantes do time o anunciavam.
Carlinhos Vergueiro - Nação Corinthiana
"Não existe série A ou B. Só um fora de série. Só um Corinthians" Mauro Betting
"Ser corinthiano é ir além, de ser ou não ser, o primeiro " Toquinho
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Post para um semana meio assim
Gabriel, com uns cinco ou seis anos, e que já teve algumas aulas de piano e hoje completa DEZ.
Jaco Pastorius - Jam in E
Arismar do Espirito Santo - Peixada da Lola
com uma pequena licença para Teca, Cris e Duda
"....Nem sempre é necessário falar
para dizer que a vida é incrível
que bem lá no fundo do olhar
tem algo inconfundível
a capacidade de falar
Sorrindo com os olhois brilhando
voce me mostrou o valor de um gesto
que vem de um lugar vivo e brando
do olhar de alguém tão modesto..." Sebastião José Alexandre Filho
P.S. com perspectivas ao fundo de Sonny Rollins no Ibirapuera e Corinthians no Pacaembu, "Hey você aí pode fazer festa qeu o Timão já vai subir"
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Barão de Itararé, cinema e música para sacolejo
Barão de Itararé
o cinema brasileiro está agora preocupado com o Oscar. De um tempo a essa parte, os cineastas, mais o clã Barreto, Globo Filmes, alguns críticos e parte do público, querem por querem uma estatueta dourada no panteão do cinema nacional. a arrogância é tanta, que muitas vezes se odeia os trabalhos que ganharam a estatueta no lugar do "nosso filme". esquecem-se que nosso cinema, não é tudo isso, embora seja muita coisa pelas condições que se apresentam para a realização de um filme nesse país.
para mim o calcanhar de Aquiles do cinema brasileiro, foi o fato dele sempre se concentrar em si. os filmes na sua maioria parecem feitos para meia dúzia de amigos, que vibram e bajulam o sujeito cineasta. aí aquele filme que pode ter um bom argumento, se perde na edição e na direção. os curtos metragens dos últimos tempos, deram um refresco para a produção nacional. é possível perceber neles o potencial de roteiristas, com histórias para lá de interessantes e argumentos bem realizados. mas existe uma turma mais interessante mesmo. laís bodanski faz parte do time."chega de saudade", seu mais recente trabalho é bem isso que tento colocar aqui. não é preciso querer conscientização da platéia, nenhuma teoria, só uma história, vindo de um argumento simples sendo bem realizado. um baile da terceira idade, com sua várias histórias desfilando diante dos olhos do espectador. discreto, saboroso e inteligente. não precisou subir nenhum morro, mostrar nenhuma violência e é um bom filme brasileiro.
(ainda ando de mal com as maiúsculas)
"Dizes-me com quem andas e eu te irei se vou contigo"
Barão de Itararé
Marku Ribas e Elza Soares são os crooners da banda que toca no filme "Chega de Saudade" de Laís Bodanski. Ribas é uma das melhores vozes desse país. Só os mais inteirados do samba rock, e de bailes de sambalanço se prontificam a ouvir o sujeito, uma pena. Essa é a terceira versão dessa música, que já foi gravada pelas bandas de neo-forró, Aviões do Forró e Saia Rodada.
Marku Ribas - Você não vale nada mas eu gosto de você
"Os juros são o perfume do capital"
"Urçamento é uma conta que se faz para saveire como debemos aplicaire o dinheiro que já gastamos"
"Negociata é todo bom negócio para o qual não fomos convidados"
"Este mundo é redondo mas está ficando muito chato"
o sempre atual, Barão de Itararé
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Fita Cassete Imaginária 3
(anotações aleatórias)- internacional e nacional
Govt' mule
Elvis Presley -Bossa nova
Paulinho da Viola - Zumbido (a propósito), zumbido é nome de samba do paulinho
Burt Bacharach, Living together, growing together - essa música foi tema da segunda versão cinematográfica de "Horizonte Perdido nos anos 70, a melhor versão é com o 5th Dimension
Rolling Stones e Buddy Guy, você precisa ver
Nick Cave - Jesus met the woman at teh well, provocação
Velha guarda da Portela - Corri pra ver
Novos Baianos - a casca de banana que eu pisei
Monarco pensei em Ministério da economia, mas escolhi Lenço
Roberto Ribeiro Só chora quem ama
Johnny Cash - Hurt
AC/DC - ain't no fun (waiting round to be a millionaire
seleção para Marcello Nunes rocker bluseiro sambista
nome da fita - primeiro hope and joy
mudando para "amizade e esperança"
(marcar para entregar no bar do "seo" antônio, um boteco encravado nos jardins. entregar entre cervejas,porções, conversas e risadas.
Gov't Mule - Thorazine shuffle
Força "Véio" e abraços na Júlia, que vai ler primeiro que você e que neste mês completa dez anos. abraços para Joana e Eliana, família amigos, FORÇA!
looking for flying saucers in the sky
o certo que a bolsa da islândia foi para o espaço, ops, apesar das medidas tomadas pelos países do euro.pelos eua, cujo presidente está gostando de uma cadeia de tv e rádio que só. depois falam mal de castro e chaves. é que explicar o inexplicável, demora. e "neguinho" se atrapalha mesmo.
falando em explicar o inexplicável, lewis hamilton meu filho, não me envergonhe neném, não tenho mais idade para ficar madrugada adentro assistindo suas atrapalhadas, quer um copo de maracujina, sobrou um pouquinho, depois do jogo do corinthians, sobrou também uma vontade de esganar, que veio da rodada da série a.
por sinal se um marciano cair na terra e experimentar assistir ao jogo da seleção brasileira, vai xingar até sua última geração, como escreveu torero em sua coluna, "o amor acabou..."
com licença, deixa eu ficar arrumadinho para os "ets".
música para esperar visitante extraterrestre - Sting - Sister Moon
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Fita cassete imaginária
acho que gostar de jazz, música instrumental, tem o dedo dele.
futebol também
lado a
1. Paulo Moura - Ao velho Pedr0
2. Louis Armstrong qualquer uma
3. Etta James - Miss you
4. Altamiro Carrilho - Evocação
5. Pixinguinha - Um a zero
6. Ray Charles - Over the rainbow
lado b
1. Count Basie - One O'clock Jump
2. Severino Araújo e Orquestra Tabajara - Anos Dourados
3.alguma marcha de John Philip Sousa
4. Carlos Malta - Pipoca Moderna
5. J.J. Johnson - When the Saints go marching in
entregando um material desse para ele. ele agradeceria primeiro. abriria o embrulho. depois de aberto examinaria com cuidado e soltaria um " bacana !". Parabéns 84 é uma dádiva.
J.J. Johnson - When the Saints do marching in
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Pítaco eleitoral
Numa roda de gente letrada ela era espigaçada. E isso tinha acontecido também num encontro recente na PUC, onde ex-colegas de academia e departamento da candidata, ao ouvirem o nome dela, não se mostravam lá muito favoráveis. A comprovação veio dias depois, numa pesquisa informal da Revista da Folha, que consultou ex-colegas de universidade, dos três melhores postulantes ao cargo de prefeito de São Paulo. No caso de Marta Suplicy, só um ex-colega se dignificava a votar nela.
O quadro nos Jardins, região nobre paulistana, não é diferente, ela também não é benvinda. E mesmo o populacho, "por quem", os adversários dizem, ela governou, pegaram carona na frase infeliz, dita por ela como ministra, por ocasião do apagão aéreo. Vale lembrar que como prefeita, ela enfrentou ainda o descaso de jornalistas, quando ia para a periferia com seus modelitos de vestidos e sapatos de boa qualidade.
Para o segundo turno o PSDB, que apoiou veladamente, em alguns setores do partido, Gilberto Kassab, acredita que os mais de 20% de votos de Alckmin serão de Kassab. Contam ainda com os eleitores de Soninha Francine do PPS, cujo partido apoiará Kassab, e mesmo a candidata já deu declarações que se forçada, apóia mesmo. Tem ainda os renitentes malufistas, que são ainda mais de 300 mil declarados em urna. Fora os perdidos em outros candidatos. O que se pode configurar uma senhora tunda, no segundo turno, com Kassab podendo jogar com aquela "sutileza" de becão de Marília em "campinho" londrinense,embora eu de ciência política entenda tanto quanto de aceleração de partículas.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
sophisticated ladies
era um post também sobre a minha desconfiança em políticos, de qualquer sexo, e na política, na minha nenhuma aptidão para a coisa, discussão incluída. não deu certo. ou deu, não sei.
desembocava em musas desse blog, parceiras da vida e terminava com essas duas aí abaixo. cujos ingressos estão esgotados para suas apresentações no tim Festival. um post cheio de contradições. como o dono do texto.
Stacey Kent - The bet is yet to come
Esperanza Spalding - I know you Know
bom voto.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Fita cassete imaginária (anotações)
fita cassete imaginária - Seleção para Iran Melo
esboços
lado a
. O Terço - Hey amigo
. O Terço - Foi quando vi aquele lua passar
. Os Mutantes - Posso perder minha mulher, minha mãe desde que tenha o rock'n'roll
. Os Mutantes - Não vá se perder por aí
. Legião Urbana - Perfeição
. Gilberto Gil/ Cazuza - Um trem para as estrelas
. Gilberto Gil - Febril
possível inclusão de alguém do clube da esquina
lado b
ainda incerta
. Eric Clapton - Alberta
. Bachman turner Overdrive - You ain'nt seen nothing yet
. Dovanon Frankenreiter - Free
. Iron and Wine - Naked as we came
. Alo - Maria
talvez Ben Harper, B- 52's, Black Crowes
uma lista que parece mais para mim, do que para ele. setentista total.
enquanto selecionava a música do terço me lembrei dessa chamada "Amigos". datilografar e mandar com a fita.
"nos cinco dedos da mão
eu contei a minha legião de amigos
sendo que cada nome que eu lembrei
me lembrei que a muito tempo
eu não vejo essa gente
mas como eu queria saber
eu não sei se é possível...reviver amizades
não se cada amigo que me mescuta me entende,
não sei se ainda temos os mesmo defeitos,
não sei...." ( o autor da letra não está anotado na ficha)
....li uma matéria na Folha, no caderno Ilustrada, sobre a revitalização da fita cassete....que coisa, tanta modernidade...
me lembrei do tempo diante dos vinis e de um aparelho 3 em 1, tentando fazer a melhor seleção para amigos e amigas, claro...(hum), me lembrei do amaral, que acabou me mandando o link da matéria via email. e me lembrei de uma fita para a Teca, que sei lá porque cargas d'àgua, continha Muddy Waters e outros negões... e acontecia sempre isso, meu gosto, sobrepunha ao do presenteado...
isso é uma brincadeira com amigos por aí.....
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Pítacos, Machado de Assis
. "És do Brasil. o clube mais brasileiro", é um dos versos do hino corinthiano. Nos últimos tempos em vez de vociferar canções provocativas, a torcida, regida pela organizada Gaviões, redescobriu alguns hits da MPB. Primeiro foi a introdução da música "Amigo", de Roberto e Erasmo, que deu no "Não pára, não pára, não pára..". Depois foi "Não quero dinheiro" do Tim Maia, que foi adaptada com alguns versos citando o time. " A semana inteira fiquei esperando prá te ver Corinthians..". E agora é "Na frente do reto" do Grupo O Rappa, "O show tá começando....". É humilhante.Mas são divertidos os sábados de Série B. E sábado dá para unir o útil ao agradável. O jogo é em Londrina. Pegando carona no grupo Rumo, "Delírio meu, delírio".
O Rappa - Na frente do reto
trecho da letra..." O seu banco afundou/ foi demais/ tu rodou..", bem a propósito.
Frases de Machado de Assis
" A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre por mais vontade que tenha de as infringir deslavadamente"
"A injustiça da natureza acostuma a gente aos seus golpes "
"Ao vencedor as batatas !" -
sábado, 13 de setembro de 2008
Viúva de Paulo Freire responde à Revista Veja
Viúva de Paulo Freire Escreve carta de repúdio à Revista Veja
por CONCEIÇÃO LEMES
Na edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem O que estão ensinando a ele? De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira, ela foi baseada em pesquisa sobre qualidade do ensino no Brasil. Lá pelas tantas há o seguinte trecho:
"Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado".
Curiosamente, entre os especialistas consultados está o filósofo Roberto Romano, professor da Unicamp. Ele é o autor de um artigo publicado na Folha, em 1990, cujo título é Ceausescu no Ibirapuera. Sem citar o Paulo Freire, ele fala do Paulo Freire. É uma tática de agredir sem assumir. Na época Paulo, era secretário de Educação da prefeita Luiza Erundina.
Diante disso a viúva de Paulo Freire, Nita, escreveu a seguinte carta de repúdio:
"Como educadora, historiadora, ex-professora da PUC e da Cátedra Paulo Freire e viúva do maior educador brasileiro PAULO FREIRE -- e um dos maiores de toda a história da humanidade --, quero registrar minha mais profunda indignação e repúdio ao tipo de jornalismo, que, a cada semana a revista VEJA oferece às pessoas ingênuas ou mal intencionadas de nosso país. Não a leio por princípio, mas ouço comentários sobre sua postura danosa através do jornalismo crítico. Não proclama sua opção em favor dos poderosos e endinheirados da direita, mas , camufladamente, age em nome do reacionarismo desta.
Esta vem sendo a constante desta revista desde longa data: enodoar pessoas as quais todos nós brasileiros deveríamos nos orgulhar. Paulo, que dedicou seus 75 anos de vida lutando por um Brasil melhor, mais bonito e mais justo, não é o único alvo deles. Nem esta é a primeira vez que o atacam. Quando da morte de meu marido, em 1997, o obituário da revista em questão não lamentou a sua morte, como fizeram todos os outros órgãos da imprensa escrita, falada e televisiva do mundo, apenas reproduziu parte de críticas anteriores a ele feitas.
A matéria publicada no n. 2074, de 20/08/08, conta, lamentavelmente com o apoio do filósofo Roberto Romano que escreve sobre ética, certamente em favor da ética do mercado, contra a ética da vida criada por Paulo. Esta não é, aliás, sua primeira investida sobre alguém que é conhecido no mundo por sua conduta ética verdadeiramente humanista.
Inadmissivelmente, a matéria é elaborada por duas mulheres, que, certamente para se sentirem e serem parceiras do “filósofo” e aceitas pelos neoliberais desvirtuam o papel do feminino na sociedade brasileira atual. Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas se filiam à mesma linha de opção política do primeiro, falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário.
Superação realizada não só pela política federal de extinção da pobreza, mas , sobretudo pelo trabalho de meu marido – na qual esta política de distribuição da renda se baseou - que demonstrou ao mundo que todos e todas somos sujeitos da história e não apenas objeto dela. Nas 12 páginas, nas quais proliferam um civismo às avessas e a má apreensão da realidade, os participantes e as autoras da matéria dão continuidade às práticas autoritárias, fascistas, retrógradas da cata às bruxas dos anos 50 e da ótica de subversão encontrada em todo ato humanista no nefasto período da Ditadura Militar.
Para satisfazer parte da elite inescrupulosa e de uma classe média brasileira medíocre que tem a Veja como seu “Norte” e “Bíblia”, esta matéria revela quase tão somente temerem as idéias de um homem humilde, que conheceu a fome dos nordestinos, e que na sua altivez e dignidade restaurou a esperança no Brasil. Apavorada com o que Paulo plantou, com sacrifício e inteligência, a Veja quer torná-lo insignificante e os e as que a fazem vendendo a sua força de trabalho, pensam que podem a qualquer custo, eliminar do espaço escolar o que há de mais importante na educação das crianças, jovens e adultos: o pensar e a formação da cidadania de todas as pessoas de nosso país, independentemente de sua classe social, etnia, gênero, idade ou religião.
Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de concluir que os pais, alunos e educadores escutaram a voz de Paulo, a validando e praticando. Portanto, a sociedade brasileira está no caminho certo para a construção da autêntica democracia. Querendo diminuí-lo e ofendê-lo, contraditoriamente a revista Veja nos dá o direito de proclamar que Paulo Freire Vive!
São Paulo, 11 de setembro de 2008
Ana Maria Araújo Freire".
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Agruras no Mundo Corporativo
Pegar dois ônibus para uma entrevista não é fácil. Diante ainda de um calor senegalês, pior ainda. Um dos mandamentos do "Mundo Corporativo" é sua apresentação. Mas, se você tem que pegar dois ônibus, é porque em parte você já está fora do pretendido por essa gente "corporativa". Você devia ter aberto uma poupança no seu último emprego e chegar de carro na entrevista. Evitaria estar empado num ônibus que não sai do lugar, por conta de motoqueiro morto na pista mais veloz. Só resta fazer o sinal da cruz e pedir que Deus, qualquer Deus, o receba em sua graça. Mas, é preciso descer do ônibus. Você tem uma entrevista. Mesmo empado de suor. E não há, diante do calor senegalêe já citado, uma bendita sombra. E o calor vem de todas as frentes. De concreto e vidro, que transmitem ainda mais calor, a cidade não te ajuda. Mas cadê as árvores ? Aí você chega no local da entrevista. Suado empado. E na sala de espera repara que só você está suado. Esses caram vieram de onde ?
"Tudo bem sr. Pedro ? (porque agora você é um sr.), pergunta a recrutadora. Tudo bem, levando-se em conta que o suor que agora escorre, daqui há pouco dará lugar para as Cataratas do Iguaçu.
Mesmo com isso você terá que decidir em instantes e diante de gente desconhecida e não suada, quem você levaria para "repovoar" outro planeta, já que pela história na dinâmica, a Terra sifu...
Aí você pensa se leva o cientista tetraplégico, a puta em idade fértil, o padre, uma professora, um bombado burro em idade fértil, tudo isso tomando cuidado para que não haja prosmiscuidade no novo "planeta". E vê se seu ponto de vista não colide com algum já queridinho da coordenação da dinâmica. Acabada a seleção da nova civlização, você será convidado para uma brincadeira de "escravos de jó". Você lembra que não fez pré escola e enquanto pensa, a brincadeira muitas vezes termina em você. E repara ainda que tudo que você sabe ou fez na vida não serve para nada. Quando você cai de novo na rua e no calor de rachar mamona, te vem a lembrança os comentários de Heródoto Barbeiro, Gilberto Dimentein, Max Gehringer e Mauro Halfeld. Você quer viver no mundo "corporativo" e de "oportunidades" desses "Polianas". Não nesse mundo aqui. Haja !
Impressão da imprensa
Os jornalistas cariocas tiveram mais paciência com o espetáculo. Só nesta semana, se sentiu mais ofendido do que no primeiro instante, Jotabê Medeiros, via blog, começou `a responder. Sylvia ainda nada. Embora tenha trânsito sempre na imprensa brasileira, Caetano Veloso, está sempre às turras com parte dela. Mas muita gente de Veja, Folha, Estadão e uma nova e mais novíssima turma, vê nele, um dos totens da mpb, a ser despencado de sua altivez declarada.
Mas jornalistas paulistas/paulistanos tendem sempre à querer "um grande show", "o livro", "o filme", e até o primo pobre do jornalismo, a crônica esportiva, espera sempre, "um grande jogo", "o craque", "o time". Tudo tem que ser superlativo e moderno. A cara de São Paulo, esta terra diferente do restante do país.
Acho que o fato do Estado ter a USP, a Unicamp e a Puc daqui, aparentemente ser mais contundente do que a do Rio por exemplo, parece ter com o nível de exigência desse povo de jornais e "formadores de opinião", o mais ou menos é ruim. Não vale. Marta Suplicy, deve ter reparado nisso. Na atual campanha, declara, " que São Paulo quer sempre mais". Meia boca. meia sola, meio show, nem pensar.
Milena Ciribelli do Globo Esporte e Juliana Xavier do Spotv News, têm mais de 32 dentes. Eram ontem um sorriso só para falar de Seleção Brasileira, Robinho, Ronaldo no Flamengo. Aliás muita gente acampada na Granja Comary. Muito barulho por nada. Sobre a suposta armação na Copa de 2006, no jogo contra Gana, nada ainda. Por sinal, o jornalista canadense, Declan Hill, vai mais longe. Diz que os resultados fraudulentos, aparecem em Olimpíadas, Mundial Feminino e outros torneios. E tem gente que ainda sorri e dá trela mais do que a devida para essa gente.
Duas semanas atrás a Folha para não citar Marta Suplicy no primeiro lugar do seu instituto, na intenção de voto paulistano para a prefeitura, fez uma ginástica em sua manchete dominical. Anunciou em letras garrafais que Alckmin, perdia terreno para Kassab. Engenhoso.
Agora preucupada com escutas telefônicas e louca para pegar o vácuo dos factóides da revista Veja saiu com essa: "Agentes podem ter feito grampo, diz general ", aqui o que o homem, General Félix, disse:
" Não, certamente não. A Abin, como instituição, não fez e não faz essas coisas (grampos), mas quando digo que não descartamos nenhuma hipótese é porque trabalhamos com seres humanos. agora, se você me perguntar qual é probabilidade (de agentes terem realizado as escutas), eu diria que é baixa, porque os chefes têm controle dos seus funcionários".
Dá para levar a sério, o que se lê, vê e escuta ? Caetano tem certa razão.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Michael Jackson - 50 anos
chegava pelas frestas da vizinhança o colorido de um desenho que era festa só. na transição londrina são paulo, ficamos sem tv. o desenho do jackson five chegava em pedaços. pelas ondas do companheiro rádio, sabia-se que ele iniciava carreira solo. e seu primeiro sucesso já era tema de novela.
Jackson Five - ABC
ben, como saberíamos mais tarde, era um ratinho. não importava. em lp ou compacto simples, a música já tinha servido de pretexto para convite à danças nos bailinhos. e aquele neguinho podia ser um de nós "pretinhos" do terceiro mundo. em nossas salas tentanto imitá-lo em sua dança.
ben
a professora de inglês veio com uma aula diferente. tirou da bolsa um gravador e tocou uma música para a sala ouvir. enquanto a música tocava ela foi distribuindo a letra da música. resolveu perguntar quem sabia cantar a música. foi um show. rs. mais não conto.
one day in your life
ela já estava em carreira solo. quincy jones iria produzir dois dos melhores àlbuns do pop. "off the wall" e "thriller". mas ainda deu tempo de visitar os irmãos,nos seus últimos momentos de neguinho. esse vídeo foi exibido no ginásio do palmeiras, no evento da chic show, antes de "rock with you" .
blame it to the boogie
the boogie
bem aí deu no que deu. com momentos para lá de interessantes e perfomances de tirar o chapéu. crescemos. ele cresceu e se esqueceu.
off the wall
"michael jackson ainda resiste/ porque além de branco ficou triste" (gilberto gil)
man in the mirror
post dedidado para sujeitos que pelo menos uma vez na vida, ficaram em suas salas, ou diante de um aparelho de som tentando imitar seus ídolos.o que pela conta desse blogueiro é uma pá por aí e estão próximos. graças a Deus.
em especial para a Solange, a mãe da Amany, da Ayse e da Ainah.
"I wanna rock with you/all night/ rock night away"
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Paulo Leminski
pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando
paulo leminski
nasceu num 24 de agosto
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
a palavra é...
ouvindo e lendo nos últitimos dias a palavra, nada em comparação, me lembrei de um samba, chamado Orora analfabeta, do compositor Gordurinha, interpretada por Jackson do Pandeiro, Jards Macalé e até Exaltasamba, que começa assim. "eu conheci uma dona boa lá em Cascadura.." Orora e Ossétia, parecem irmãs. e com o devido respeito, duas irmãs feias.
e se você, caro leitor, se apaixonasse, pela dona boa do cáucaso, Ossétia. e se apaixonado por ela, atirasse primeiro, para valer o seu amor. no caso do revide da família, mais preparada que você, continuaria atirando ?
domingo, 17 de agosto de 2008
Dorival Caymmi
Jean-Jacques Rousseau sobre a preguiça
É inconcebível a que ponto o homem é naturalmente preguiçoso. Dir-se-ia que ele só vive para dormir, vegetar, ficar imóvel; ele mal consegue se dispor a fazer os movimentos necessários para se impedir de morrer de fome. Nada mantém tanto os selvagens no amor do seu estado que essa deliciosa indolência. As paixões que tornam o homem inquieto, previdente, ativo, só nascem na sociedade. Nada fazer é a primeira e a mais forte paixão do homem, depois da de se conservar. Olhando-se bem, vê-se que, mesmo entre nós, é para chegar ao repouso que cada qual trabalha; é a própria preguiça que nos torna laboriosos.De: ROUSSEAU, Jean-Jacques. Essai sur l'origine des langues. Paris: Aubier-Montaigne, 1974, p.129
é doce morrer no mar - monica salmaso
samba da mina terra - novos baianos
já escrevi sobre obituário aqui neste espaço. infelizmente, parte da vida. ah, e o homem era "preguiçoso". e é sim um dos quatro maiores compositores desse país.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
quinta-feira, 14 de agosto de 2008
Perdoar, esquecer
Os comuns tendem à esperar na próxima curva para os acertos de conta. Uma das máximas da molecada nas ruas é, "Quem bata esquece. Quem apanha não !".
O perdão vem acompanhado de uma atitude maior, o esquecimento. Esquecer é mais que perdoar. É passar branquinho e começar do zero.
De novo a discussão sobre a tortura no Brasil. Ela existiu de fato. Perdoar é possível. Esquecer jamais. Não teria sentido. O chato é que toda vez que essa discussão se apresenta, olha-se o que as Forças Armadas estão pensando. Como se elas fossem de novo tomar de roldão esse país como já fizeram. Apoio, simpatizantes da causa não faltam. Quantas vezes já não ouvimos, que antes, com os militares era melhor. Que não tinha tanta corrupção. A economia andava.Enfim uma maravilha.
Triste é saber que Lula pede calma na questão. Que se esqueça e bola prá frente, como se nada tivesse acontecido. Aconteceu e foi triste. Aconteceu com ele. E por ele também gritou-se. Gente importante e do povo, tomou partido, senão... Aconteceu e se a população, não pairasse sobre a vida, como se não fosse com ela, as punições aos torturadores teriam sido mais severas. A cidadania só existe quando o prejuízo bate a porta do cidadão. Aí é uma grita geral.
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Ronca Ronca e Nina Becker
(ainda de mal com as maiúsculas)
a primeira vez que ouvi a expressão, "mais feliz que pinto no lixo", foi no programa de rádio ronca ripa, do fotógrafo/dj/produtor, maurício valadares. jamelão, quando bill clinton, foi a mangueira, a usou, para falar da emoção do ex-presidente americano, por estar onde estava.
de forma claudicante, porque moro em são paulo, tenho acompanhado, a trajetória radialística do cara. tarefa facilitada nos últimos anos, pela internet. mas já conhecia o trabalho dele, desde a fluminense-fm, "a maldita", do rio de janeiro. além de seus trabalhos como fotográfo. depois da fluminense, vieram, panorama, globo e rádio cidade. e até desembocar agora na oi fm. certa ocasião ele perguntou se o programa dele daria certo em são paulo. com a chegada da oi-fm a são paulo os paulistas agora tem a chance de responder. o programa não tem roteiro. o que é legal. nada daquelas playlists de computadores. o cara toca o que lhe dá na telha. e o cara tem estofo. viaja, vê show, fotografa e escreve. além de dar festas prá lá de bacanas no rio de janeiro, ah, ainda gosto de futebol. é vascaíno, ninguém é perfeito, e admirador do liverpool, santa glória. ronca, oi-fm, em são paulo, 94.1, dez da noite.
nina becker - janela
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Isaac Hayes, um dos caras
aí, em caixa baixa mesmo. morgan freeman, bate na trave. e bernie mac. e cáspita, isaac hayes, não. e ontem foi dia dos pais. e ir ao cinema ter haver com a grana que o meu pai me dava, para ir às sessões de cinema em londrina, cidade onde nasci. e de tanto ir, fiquei conhecido, dos porteiros e bilheteiros. e em certas ocasiões eu perguntava se o filme exibido poderia ser assistido por mim. minha cara às vezes poderia parecer de choro, porque muitos filmes eram impróprios para a minha idade. foi assim com shaft. um filme que me pegou desde o primeiro momento. pela música, que me fez me mexer nas cadeiras, desde os primeiros acordes. e também por ter um homem negro no papel principal. o que me daria uma dimensão de beleza e orgulho, só experimentada mais tarde, quando observava meu irmão mais novo, o ruy, se preparando para os bailes de música negra em são paulo. saí do cinema me sentido poderoso e maior do que eu era. por conta do filme e principalmente da música. a música, daria ao seu autor, o oscar de melhor canção, respeito e outros prêmios. ultimamente, issac hayes era mais conhecido por emprestar seu vozeirão ao personagem, chef, do south park. e numa madrugada dessas, o revi num filme, onde ele faz um cupido negro, para nicolas cage e bridget fonda. pois é, numa semana em que revi e trevi, a cena de buddy guy com os rollings stones à exautão, fecha assim. rest in peace, broda.
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Ai que preguiça
banzando,banzando
um dos melhores momentos do filme Shine a light, dirigido Martin Scorsese.
Rolling Stones e Buddy Guy, Champagne and reefer
quarta-feira, 30 de julho de 2008
um poema - cecília meireles e meredith monk
Meredith Monk - Gotham Lullaby
andando pelas ruas, assoviando uns nomes. a possibilidade da delicadeza.
terça-feira, 29 de julho de 2008
Heródoto Barbeiro, quase quis esbravejar com Carlos Heitor Cony na CBN São Paulo. O motivo foi o comentário de Cony sobre a tal lista do "Ficha Suja". Para Cony tanto faz, se o nome do político candidato, está na lista ou não, seja condenado ou não. O eleitor vota no sujeito da mesma forma. Heródoto não queria acreditar no comentário. Só deu meia sossegada, quando Cony exemplificou o caso de Paulo Maluf. Condenado, com slogan comprometedor na boca do povo, o tal do "rouba mas faz !". E continua, apesar de tudo, sendo sistematicamente eleito, com boas votações. Tem aliados entre personalidades importantes, aparece pontuando nas pesquisas de intenção de voto. E fica tudo por isso mesmo. O eleitorado exige dos políticos, procedimentos, que também deveriam ser seu. Esquece-se de onde saiu o político. O fazer político, não é exclusividade de alguns eleitos, e o povo precisa se ater a isso, e agir com mais senso de cidadania.
Por falar em candidatos. Túlio, o alcunhado Maravilha, jogador de futebol, hoje no Vila Nova de Góias e artilheiro da Série B até aqui, sairá candidato em Goiania. Votar em jogador de futebol, artistas e assemelhados, personalidades de última hora, parece item obrigatório na história eleitoral brasileira. Pois Túlio, já se mostrou capacitado pelo menos no item dissimulação. Declarou como dono de uma renda de R$ 1, isso mesmo, UM REAL!. E vai ser eleito. Duvidam ?
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Pítacos Esportivos, nova voz
Os paulistas ao contrário, querem ser isentos. Parecem acima do bem e do mal. Se acham os mais letrados. Isentos eles podem desancar os times da cidade e do estado. A transmissão de Portuguesa e Flamengo,que foi um jogão, pode entrar como lição da má vontade. O gol anulado de Diogo, impedimento milimetricamente visto pelo bandeira,o pênalti de Amorim, as mãos de Amorim (de novo ?) no primeiro gol e de Tardelli, também duas mas, só uma conveniente foi vista. Não foram vista por J. Junior e Maurício Noriega, como lances relevantes na partida. Tudo caiu no bojo da "interpretação". Sendo que em muitas ocasiões, essas mesmas jogadas, são tratadas com vociferação, como falta de qualidade da arbitragem brasileira.Que a arbitragem brasileira precisa deixar de ser tão malandra como os jogadores em campo e os dirigentes fora, sabemos disso. A malandragem também atinge os "jornalistas esportivos". E a Lusa precisa de um meio campo melhor, um centroavante com mais qualidade. Edno, Preto, Diogo e Jonas, entrosados podem dar o que falar. O Cruzeiro que se cuide, é só nome. O Inter e o São Paulo, bem, são chatos de tão competentes. O campeonato, se não é um primor, tem melhorado.
Nova voz
Tempo atrás num show do João Donato, em trio com Arismar do Espírito Santo no baixo e Robertinho Silva na bateria, me perguntei, na facilidade na compra do ingresso, e em quanto os japoneses pagariam por aquele mesmo show, no qual eu desembolsaria, cinco reais. Também pensei na oportunidade, que muitos perdem, com shows interessantes que passam pela cidade, só pelo fato do artista não estar na mídia.
No último fim de semana, o Teatro do Senai, apresentou alguns artistas de bom nível, num rápido festival de jazz. O festival teve abertura de Raul de Barros, no sábado e no domingo, o blogueiro caiu da cadeira, Jose James estava na cidade. O guri com cara de cantor de rap, indumentária idem, com boa voz e nome de bandido latino em filme americano, se apresentaria. Ele tem somente um trabalho, chamado Dreamer, e participa de uma coletânea do dj e produtor da BBC, Gilles Peterson, onde por sinal, sorry, foi ouvido por este que vos escreve. E tudo isso por dez mangotes. O rapaz tem potencial. E os acompanhantes também.
Jose James - Park Bench People
O festival vai até o dia 27, com nomes como, Jean Jacques Milteau e Manu Galvin dia 24 e 25, Scott Henderson dia 26 e Egberto Gismonti mais Alexandre Gismont no dia 27i, lembrando que gismonti deu cano na Virada Cultural, revoltando a platéia. Aguardemos.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
O velho safado, a lolita e a falta de assunto
Uma palavrinha sobre os Escrevinhadores de Poemas Rápidos e Modernos
é muito fácil parecer
moderno
enquanto se é na
realidade o maior
idiota
jamais nascido;
eu sei: eu joguei fora
um material horrível
mas não tão horrível como o que leio nas revistas ;
eu tenho uma honestidade interior nascida de putas e
hospitais
que não me deixará fingir que sou
uma coisa que não sou -
o que seria um duplo fracasso: o fracasso de uma pessoa
na poesia
e o fracasso de uma pessoa na vida
e quando você falha na poesia
você erra a vida,
e quando você falha na vida
você nunca nasceu
nao importam o que dizem as estatísticas
nem qual nome sua mãe lhe deu
as arquibancadas estão cheias de mortos
aclamando um vencedor
esperando um número que os carregue de volta
para a vida.
mas não é tão fácil assim -
tal como no poema
se você está morto
você podia também ser enterrado
e jogar fora a máquina de escrever
e pára de se enganar com
poemas cavalos mulheres a vida
você está entulhando
a saída -
portanto saia logo
e desista das
poucas preciosas
páginas.
O velho sei lá me lembrou essa guria aí embaixo. Atual eleita de Woddy Allen, Scarlett Johasson , lançou um trabalho só músicas de Tom Waits, Anywhere i lead my head.
Talvez não seja, temas sérios, coisa que o momento pede. É só diversão afinal, e a vida anda cheia de tristeza. E os personagens desse post, são inspiradores desse blog.
Scarlett johasson - Falling down
ah, me lembrei de Vladimir Nabokov também.